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Câncer do colo do útero: HPV, exames preventivos e tratamento

Você conhece os sintomas, fatores de risco, medidas de prevenção e tratamento do câncer do colo do útero?

 

Hoje, vamos falar mais sobre essa doença para ajudar você a cuidar melhor da sua saúde. 

 

Continuando a leitura, você vai saber mais sobre:

 

  • O que é câncer do colo do útero;
  • HPV e câncer do colo do útero;
  • Sintomas;
  • Papanicolau e outros exames;
  • Vacina contra o HPV;
  • Tratamento.

 

O QUE É CÂNCER DO COLO DO ÚTERO

 

O câncer do colo do útero (ou câncer cervical) é o quarto tumor maligno mais comum em mulheres brasileiras. Está atrás apenas dos cânceres de pele não melanoma, de mama e colorretal. Segundo o INCA, 16.710 novos casos são estimados para 2022 em todo o país.

 

O cancro do colo uterino também é o quarto maior em mortalidade na população feminina do Brasil.

 

Essa doença atinge mulheres acima dos 25 anos, geralmente. Sua principal causa é a infecção persistente de alguns tipos de HPV (Vírus do Papiloma Humano).

 

O HPV é transmitido sexualmente, pela corrente sanguínea (por objetos contaminados), pela saliva ou de mãe para filho (transmissão vertical). Contudo, o contágio através de relações sexuais é o mais comum.

 

O câncer cervical tem evolução lenta, pois o tumor demora para tornar-se maligno. Antes disso, ele passa por uma fase de pré-malignidade, dividida em 4 graus: I, II, III e IV. Esses níveis medem a gravidade da doença, em ordem crescente. 

 

Existem dois tipos mais recorrentes de câncer cervical, de acordo com a infecção pelo HPV. São eles:

 

  • Carcinoma epidermoide: tipo mais comum, que atinge o epitélio escamoso. É responsável por 80% a 85% dos casos da doença;
  • Adenocarcinomas: É mais raro e afeta o epitélio glandular. Pode representar de 10% a 25% dos diagnósticos.

 

HPV E CÂNCER DO COLO DO ÚTERO 

 

A infecção pelo vírus do HPV é o principal fator de risco para o câncer do colo do útero

 

Esse vírus possui mais de 150 variações, mas só algumas delas são cancerígenas. Além do câncer do colo do útero, o HPV pode causar câncer de orofaringe, ânus, vulva, vagina e pênis. Contudo, o tumor cervical maligno é o mais comum. 

 

O grau de periculosidade do vírus para câncer do colo uterino é dividido em:

 

  • Risco baixo: tipos 6, 11, 41, 42 e 44;
  • Risco médio: tipos 31, 33, 35, 45, 51, 52 e 56;
  • Risco alto: tipos 16 e 18.

 

O subtipo com maior incidência de câncer cervical é o HPV16 (53% dos casos). Em seguida, aparecem as variações HPV18 (15%), HPV45 (9%), HPV31 (6%) e HPV33 (3%). Os dados são de levantamento do INCA, em 2021.

 

Além da infecção pelo vírus do HPV, outros fatores de risco para o câncer cervical são:

 

  • Histórico de ISTs;
  • Infecção simultânea por HPV e outra IST (herpes simples, clamídia ou gonorreia);
  • HIV;
  • Tabagismo e uso de drogas;
  • Duas ou mais gestações (multiparidade);
  • Primeiro parto ainda na adolescência;
  • Uso contínuo de pílula anticoncepcional por mais de 5 anos. Porém, esse risco cai rapidamente quando o medicamento para de ser utilizado.

 

SINTOMAS

 

No início, o tumor maligno é assintomático, pois a doença tem desenvolvimento lento. Mas, em estágios mais avançados, os sintomas de câncer do colo do útero são: 

 

  • Sangramento vaginal irregular e leve, fora da menstruação (pode ser após relações sexuais ou mesmo na pós-menopausa);
  • Leucorreia (corrimento vaginal) persistente, de cor escura (rosa ou amarelado) e com mau cheiro;
  • Obstrução das vivas urinárias e dos intestinos;
  • Dor lombar, abdominal ou pélvica;
  • Dor e inchaço (edema) em uma ou duas pernas;
  • Perda de apetite e de peso;
  • Fadiga;
  • Massa palpável no colo do útero.

 

Procure um ginecologista ao perceber um desses sinais no seu corpo. Os sintomas mais comuns de câncer do colo do útero são sangramento vaginal e leucorreia, portanto, fique atenta!

 

PAPANICOLAU E OUTROS EXAMES 

 

O exame ginecológico Papanicolau (exame citopatológico ou exame preventivo) é a principal forma de diagnosticar o câncer cervical ainda assintomático. Isso ocorre porque o teste de Papanicolau detecta lesões pré-malignas e células escamosas atípicas do colo do útero.

 

Portanto, o citopatológico é uma medida essencial para a prevenção do câncer do colo do útero.  

 

No exame, o ginecologista coleta secreção vaginal da paciente com uma espátula de madeira e uma escovinha. Essa amostra é posta em uma lâmina para análise laboratorial. 

 

Mulheres com vida sexual ativa, entre os 25 e os 59 anos de idade, devem fazer o exame preventivo Papanicolau. Gestantes também podem realizar o citopatológico, pois ele é indolor e seguro. 

 

Nos dois primeiros anos, o teste precisa ser anual. Mas, a partir do segundo exame, se o resultado for normal, o preventivo pode ser feito a cada três anos. 

 

Além de câncer cervical, o Papanicolau é o exame que detecta HPV e outros tipos de IST (Infecção Sexualmente Transmissível). São elas: candidíase, sífilis, gonorreia, clamídia e tricomoníase. 

 

Outros exames que o ginecologista realiza para o diagnóstico do câncer do colo do útero são:

 

  • Colposcopia: inspeção do útero, vagina e vulva com um colposcópio (aparelho semelhante a um microscópio);
  • Ultrassom transvaginal: exame de imagem que avalia colo do útero, útero, vagina, ovários e trompas de Falópio;
  • Curetagem uterina: cirurgia de raspagem do endométrio, sem cortes e com anestesia geral, feita por via transvaginal;
  • Histeroscopia: dividida em histeroscopia diagnóstica e histeroscopia cirúrgica. Um tubo com câmera é introduzido via canal vaginal para análise do útero e colo do útero. No tipo cirúrgico, é feita uma biópsia, retirando algum tumor encontrado.

 

VACINA CONTRA O HPV

 

Além do Papanicolau, uma medida de prevenção contra esse câncer é a vacinação. A vacina para HPV é aplicada em meninas, meninos e adultos com determinadas características e pode ser feita no SUS. 

 

A idade para vacina do HPV varia, dependendo do grupo ao qual ela é destinada. Então, essa campanha de vacinação no SUS é indicada a:

 

  • Meninas, dos 9 aos 14 anos;
  • Meninos, dos 11 aos 14 anos;
  • Pessoas com HIV, AIDS, transplantadas ou em tratamento de câncer, entre 9 e 45 anos (desde que com acompanhamento médico).

 

Em clínicas particulares, a vacina do HPV quadrivalente (Gardasil) é destinada às pessoas de 9 até 45 anos. A mesma indicação serve para a nonavalente (Gardasil 9). Já a vacina bivalente (Cervarix) não tem idade máxima de aplicação, contemplando pessoas acima dos 9 anos.

 

Geralmente, a vacinação é completa em duas ou três doses, no intervalo de 6 meses, mas varia conforme a vacina. Para a bivalente, no esquema de três doses, a segunda aplicação ocorre um mês após a primeira. Por sua vez, a terceira é realizada depois de 5 meses da segunda dose.

 

Já quadrivalente e nonavalente têm intervalo de 2 meses entre as duas primeiras aplicações. Depois, são mais 4 meses entre a segunda e a última dose da vacina. 

 

No esquema vacinal de duas doses, a quadrivalente é completada dentro de 6 a 12 meses. Mas, bivalente e nonavalente podem levar de 5 a 13 meses entre a primeira e a segunda aplicação. A vacinação em duas doses é feita somente em pessoas de 9 a 14 anos.  

 

Como o HPV é uma IST, outra medida preventiva é a utilização de camisinha (masculina ou feminina) nas relações sexuais. 

 

Mas, não esqueça que, mesmo com cobertura vacinal e preservativos, é importante continuar fazendo o exame Papanicolau. A vacina não combate dois subtipos do vírus (que podem causar câncer) e a camisinha não impede 100% a infecção. 

 

TRATAMENTO

 

O tratamento de câncer do colo do útero é feito com quimioterapia, radioterapia ou cirurgia de retirada do tumor

 

Quando a neoplasia está no estágio 0 (pré-câncer, chamado de carcinoma in situ) o processo cirúrgico é recomendado. O método de remoção pode ser laser, excisão elotrocirúrgica, histerectomia ou biópsia em cone.

 

Em graus mais avançados (estágios IA, IB e IIA), o tratamento do câncer cervical é escolhido considerando dois fatores:

 

  • Espalhamento do cancro para os vasos sanguíneos e linfáticos;
  • Desejo da paciente de manter a fertilidade.

 

Para mulheres (com tumor sem metástase) que querem ser mães, os procedimentos são mais conservadores, como a biópsia em cone. Para tumor metástico, a traquelectomia radical ainda preserva a fertilidade, mesmo com remoção de parte do colo do útero. 

 

Se a paciente não quiser manter a fertilidade, o ginecologista pode optar por histerectomia radical (remoção total do útero). Caso a neoplasia invada outros órgãos, são feitos tratamentos com radioterapia, quimioterapia ou com os dois juntos (quimiorradiação).

 

Esse último método é usado quando o câncer cervical está mais avançado (estágios IIB, III, IVA e IVB). Apesar disso, o cancro grau IVB não é curável, mas pode ter sintomas amenizados pela quimiorradiação aliada a medicamentos específicos.

 

É importante dizer que o câncer cervical tem cura, quando em fase inicial (de 80% a 90% de chances). 

 

Ele é curável também em alguns estágios posteriores, mas a probabilidade vai diminuindo conforme aumenta a gravidade da doença. Sem tratamento, esse tumor maligno é quase sempre fatal. Por isso, consulte-se com um ginecologista e faça sempre o exame preventivo.

 

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