A Síndrome do Ovário Policístico (SOP) é um distúrbio endócrino que atinge mulheres na idade reprodutiva (especialmente entre 20 e 40 anos). A condição causa desequilíbrio nos níveis hormonais. Isso resulta em aumento dos ovários e no surgimento de micro cistos no exterior do órgão. Os cistos são pequenas bolsas cheias de líquido ou […]
A Síndrome do Ovário Policístico (SOP) é um distúrbio endócrino que atinge mulheres na idade reprodutiva (especialmente entre 20 e 40 anos).
A condição causa desequilíbrio nos níveis hormonais. Isso resulta em aumento dos ovários e no surgimento de micro cistos no exterior do órgão. Os cistos são pequenas bolsas cheias de líquido ou conteúdo semissólido, que podem ser múltiplas e afetar um ou dois ovários.
Existem vários tipos de cistos ovarianos, nem todos eles estão relacionados à SOP. Por exemplo, eles podem ser consequência do ciclo menstrual, menopausa, gravidez molar, gravidez de gêmeos ou endometriose. Por isso, é bom ficar atento aos outros sinais de SOP, que têm relação com as mudanças nos hormônios.
Leia mais: Cisto no ovário: quais tipos existem e quando pode ser câncer?
No artigo de hoje, citaremos as principais características da síndrome do ovário policístico. Continuando a leitura, você vai saber sobre:
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Geralmente, os primeiros sintomas de síndrome do ovário policístico surgem na puberdade, ainda na primeira menstruação.
Mas, é possível que algumas mulheres só comecem a sentir os sinais do distúrbio na fase adulta. A explicação para isso é que pode haver um gatilho hormonal que provoca a síndrome. Os principais exemplos de gatilhos são ganho significativo de peso e aumento da produção de insulina.
Em todo caso, os sintomas de SOP são:
A síndrome do ovário policístico causa falta crônica ou deficiência de ovulação. Por isso, o clico menstrual é afetado. É mais comum que mulheres com diagnóstico de SOP sofram de oligomenorreia. Isto é, intervalos muito longos entre uma menstruação e outra (em torno de 35 dias). Assim, quem tem a síndrome costuma menstruar poucas vezes ao ano.
Também, há casos mais severos em que a menstruação é completamente interrompida (amenorreia). Contudo, em outras mulheres, o desequilíbrio hormonal pode resultar em sintomas opostos, como o aumento do fluxo menstrual.
Outro sinal importante da SOP é o aumento de peso. O ovário policístico engorda e, em alguns casos, pode ser difícil de controlar, levando a paciente a uma obesidade leve. Uma característica importante sobre ganho de peso é que ele é um sintoma e, igualmente, um gatilho para piorar a síndrome.
Uma das consequências mais comuns da síndrome do ovário policístico é o hiperandrogenismo. Isto é, o aumento de andrógenos (hormônios masculinos, como a testosterona) no corpo da mulher. Grande parte dos sintomas de SOP estão relacionadas a esse desequilíbrio hormonal.
O hiperandrogenismo aumenta a oleosidade da pele, o que provoca o surgimento de cravos e acne adulta.
Outra característica da elevação dos níveis de testosterona é o hirsutismo, o aumento anormal de pelos no rosto e no corpo. Nessa condição, os pelos crescem com padrão masculino, mais grossos. No rosto, o crescimento ocorre acima do lábio e no queixo, principalmente. Já no corpo, os pelos surgem ao redor dos mamilos, na parte inferior do abdômen, nas costas, nos polegares e nos dedos dos pés.
A queda de cabelo e afinamento capilar também são consequências do hiperandrogenismo. Inclusive, a mulher com SOP pode apresentar calvície de padrão masculino. Em casos mais raros, o aumento de testosterona provoca até mudanças na voz, deixando-a mais grave.
Outro sinal de síndrome do ovário policístico que merece atenção é a acantose nigricans, ou seja, o espessamento e escurecimento da pele. As regiões afetadas são axilas, parte de trás do pescoço, cotovelos, articulações dos dedos e dobras da pele.
A dor não é um dos sintomas mais comuns de ovário policístico. Muitas mulheres podem ter o distúrbio e não sofrer desse desconforto. Porém, outras podem sentir dor pélvica, na forma de cólica intensa.
Sem tratamento, os sintomas de síndrome do ovário policístico costumam piorar com o tempo.
Ao surgir qualquer sinal da patologia, é importante procurar um médico. Na Central de Consultas, você marca um atendimento ginecológico pelo site centraldeconsultas.med.br ou telefone e Whatsapp (51) 3227-1515. Cuide de sua saúde íntima e acabe com o desconforto da síndrome do ovário policístico.
A síndrome do ovário policístico pode ser responsável pela adrenarca precoce. A adrenarca corresponde a elevação dos níveis de hormônios andrógenos (testosterona) que ocorre na puberdade em ambos os sexos.
Em meninas, a adrenarca é considerada precoce quando ocorre antes dos 8 anos de idade. O distúrbio provoca crescimento de pelos pubianos e axilares, odor corporal, acne e cravos ainda na infância. É diferente da puberdade precoce que, em meninas, causa crescimento das mamas e menstruação também (devido ao aumento de hormônios femininos).
As causas da síndrome do ovário policístico ainda não são totalmente conhecidas, mas existem três fatores de risco principais.
O primeiro é a predisposição genética. Estima-se que irmãs ou filhas de mulheres com SOP têm 50% de chances de desenvolverem o distúrbio também. Outra possível explicação para a síndrome é a alteração na produção de insulina (principalmente, resistência ao hormônio).
Por fim, problemas na hipófise, hipotálamo e adrenais é outra razão possível para a SOP. Isso porque alterações nessas glândulas podem causar o aumento da produção de hormônios masculinos, que resulta em hiperandrogenismo.
Outros fatores de risco para a síndrome do ovário policístico são:
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A complicação de síndrome do ovário policístico mais recorrente é a infertilidade. Esta é considerada quando a mulher está há um ano tentando engravidar, com relações sexuais regulares, mas não consegue.
Todavia, nem todas as mulheres diagnosticadas com a doença ficam inférteis. Quem tem SOP pode engravidar, porém, neste caso, é preciso redobrar os cuidados. Isso porque a síndrome do ovário policístico pode causar diabetes gestacional, pré-eclâmpsia e parto prematuro.
A SOP também aumenta os riscos para diabetes tipo 2. Ademais, o ganho de peso é um risco para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares. Outras complicações que a síndrome do ovário policístico pode sofrer são distúrbios do sono (incluindo apneia) e sangramento uterino anormal.
Além disso, câncer de endométrio é uma das consequências de SOP mais graves. Este é um tumor maligno que, mais frequentemente, acomete mulheres na pós-menopausa (acima dos 60 anos). Para tratar o câncer de endométrio, pode ser necessário remover útero e ovários.
Ao apresentar algum dos sintomas de síndrome do ovário policístico, é necessário procurar um médico ginecologista. O diagnóstico é feito com exame de sangue (medição de TSH e T4 livre) e de imagem (ecografia pélvica ou ecografia transvaginal).
A SOP não tem cura, pois é uma doença crônica. Contudo, é possível diminuir os sintomas e impedir complicações.
O tratamento de SOP é feito com medicamentos para controlar a produção de testosterona. O objetivo dessa terapia é reduzir o hirsutismo e a oleosidade da pele, além de regular o ciclo menstrual. Geralmente, são usadas pílulas anticoncepcionais de progesterona e estrogênio.
Porém, como resistência à insulina é um fator de risco para a síndrome, remédios orais para diabetes (antidiabetogênicos) podem ser uma alternativa de tratamento também.
Para tratar a acne grave, é necessário consultar um dermatologista e iniciar tratamento com alguma medicação específica. Enquanto isso, para remover os pelos, é possível fazer depilação a laser ou por eletrólise.
Caso a mulher apresente problemas como hipertensão e colesterol alto, além de remédios, é preciso mudar alguns hábitos. Manter dieta equilibrada e praticar exercícios é essencial para controlar o ganho de peso e evitar obesidade e diabetes, gatilhos para a síndrome.
Já a infertilidade pode ser tratada com técnicas de reprodução assistida para mulheres que desejam engravidar. A começar pela indução da ovulação, que é feita com o uso de medicamentos específicos. Depois disso, a mulher pode recorrer à inseminação artificial, fertilização in vitro ou relação sexual programada.
Como a predisposição genética é um dos principais fatores de risco, prevenir a SOP completamente pode não ser possível. Entretanto, o que pode ser feito é reduzir as chances de desenvolvimento da doença, com a adoção de hábitos saudáveis.
Evitar a obesidade é uma medida muito importante. Para isso, é necessário manter uma dieta equilibrada e praticar atividade física. Realizar exames de sangue regularmente, para verificar taxas de colesterol e glicose, e aferir a pressão frequentemente também são essenciais.
Fazer consultas de rotina com ginecologista e estar atenta aos sintomas é outra recomendação. Mesmo que os sinais ainda sejam leves, só o acompanhamento médico pode confirmar a gravidade do problema.
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