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Glaucoma: tudo que você precisa saber sobre a doença

O Glaucoma é uma doença causada principalmente pela elevação da pressão do olho, que causa lesões no nervo óptico e por isso, acaba comprometendo a visão. 

 

Mais informações sobre a doença

Primeiramente, quando olhamos para um objeto, a imagem do olho vai para o cérebro através do nervo óptico. Ou seja, esse nervo funciona como um cabo elétrico, que tem cerca de um milhão de fios que levam a mensagem visual lateral ou periférica e também a visão central.

 

O glaucoma pode destruir aos poucos esses “fios elétricos”, causando pontos cegos na área de visão. Além disso, pode ou não provocar dor. Os pacientes normalmente só percebem sua existência quando os danos são graves e irreversíveis. Dessa forma, se todo o nervo for destruído, vai acontecer a cegueira. 

 

De modo geral, a doença aparece com mais frequência a partir dos 40 anos, mas pode acontecer em qualquer faixa de idade.

 

Sinais do glaucoma

Dois sinais merecem atenção: pressão intraocular acima da média e alterações no nervo, que podem ser vistas no exame de fundo de olho. Além disso, outros fatores podem ajudar a confirmar o diagnóstico.

 

Por ser uma doença silenciosa, muitas pessoas descobrem tarde, quando já perderam uma parte da visão. Dados do Conselho Brasileiro de Oftalmologia estimam que cerca de 3% da população brasileira tem a doença que se não for tratada corretamente pode levar a cegueira.

 

Leia mais: Oftalmologia: o que faz um médico oftalmologista?

 

Tipos de Glaucoma 

Existem quatro tipos de Glaucoma, são eles:

 

Glaucoma de ângulo aberto

O Glaucoma de ângulo aberto, está presente em 80% dos casos. O paciente não sente dor e perde lentamente a visão, percebendo a perda quando o nervo já está bastante machucado. Dessa forma, devido à ausência de sintomas, a melhor forma de diagnóstico desse tipo de glaucoma é consultar regularmente um oftalmologista e fazer exames oftalmológicos frequentemente.

 

Glaucoma de ângulo fechado

O Glaucoma de ângulo fechado, acontece quando o sistema de drenagem é bloqueado, geralmente, pela íris (a parte colorida do olho) e o líquido não consegue entrar para ser drenado. Com isso, o paciente apresenta fortes dores na cabeça e no olho, que podem causar vômitos e redução da visão. Além disso, a pressão intraocular se torna muito elevada e pode lesar o nervo de forma rápida e agressiva. Este é o quadro de uma crise de glaucoma agudo, uma emergência oftalmológica que, se não tratada rapidamente, causa a perda total da visão em questão de horas.

 

Glaucoma Congênito

O Glaucoma Congênito é uma má formação no sistema de drenagem, que acontece em recém nascidos e crianças. Ou seja, a criança apresenta lacrimejamento, dificuldade com a claridade, perda do brilho da região da íris – que tem uma coloração mais azulada e opaca – e aumento do volume do globo ocular.

 

Glaucoma Secundário

Por fim, o Glaucoma Secundário apresenta o aumento da pressão intraocular e acontece após doenças inflamatórias, como catarata avançada, alteração dos pigmentos naturais que existem dentro dos olhos, hemorragia e obstrução de vasos intraoculares. Além disso, outra importante causa dessa doença é o uso de colírios de corticoide por muito tempo sem indicação e/ou acompanhamento do médico oftalmologista.

 

Exames para Detectar o Glaucoma

 

A única forma de confirmar o diagnóstico de glaucoma é ir ao médico oftalmologista para fazer exames que podem identificar se a pressão dentro do olho está alta. Confira alguns exames mais comuns:

 

Tonometria (pressão do olho)

É um exame para avaliar a pressão dentro do olho que, em casos de glaucoma, normalmente é maior que 22 mmHg.

 

Dessa forma, o médico coloca um colírio para anestesiar o olho e depois usa um aparelho, para aplicar uma ligeira pressão sobre o olho para avaliar a pressão dentro do olho.

 

Oftalmoscopia (nervo óptico)

É um exame para avaliar o nervo, é um teste que examina a forma e cor do nervo do olho para ver se existem lesões que possam ter sido causadas por glaucoma.

 

O médico aplica um colírio para dilatar a pupila do olho. Depois usa uma pequena lanterna para iluminar e observar o nervo, para ver existem alterações.

 

Perimetria (campo visual)

É um exame para avaliar o campo visual, ajuda o médico a identificar se existem perdas do campo de visão provocadas pela doença, especialmente na visão lateral.

 

No caso do campo de confrontação, o médico pede para o paciente olhar para frente sem movimentar os olhos. Logo após, passa uma lanterna de um lado para o outro em frente dos olhos. Sendo que o paciente deve avisar sempre que deixar de ver a luz. 

 

Gonioscopia (tipo de glaucoma)

É um exame para avaliar o tipo de glaucoma que determina o ângulo entre a íris e a córnea, sendo que quando está aberto pode ser sinal de glaucoma crônico de ângulo aberto e quando está estreito pode ser sinal de glaucoma de ângulo fechado.

 

Primeiramente, o médico aplica um colírio anestésico no olho e depois coloca uma lente que contém um pequeno espelho. Ou seja, essa lente permite que seja possível observar o ângulo entre a íris e a córnea.

 

Paquimetria (espessura da córnea)

É um exame para avaliar a espessura da córnea, ajuda o médico a ver se a leitura da pressão intraocular está correta ou se é afetada por uma córnea muito espessa, por exemplo.

 

O médico coloca um pequeno aparelho em frente a cada olho que mede a espessura da córnea.

 

Tratamentos para o Glaucoma

Há três tipos de tratamentos para a doença: uso de colírios, aplicações de laser e cirurgia. 

 

Primeiramente, o uso de medicamentos é o tipo de tratamento mais frequente. O objetivo é diminuir a pressão intraocular, seja pela diminuição da produção do humor aquoso, ou pelo aumento da saída desse líquido do olho. Dessa forma, vai ter uma proteção do nervo e, em consequência, a manutenção da visão do paciente.

 

As aplicações de laser, aumentam a drenagem do humor aquoso, diminuindo a pressão intraocular. Além disso, nesse procedimento, o médico usa o laser para fazer pequenas queimaduras na rede e estimular o funcionamento do sistema de drenagem. O efeito do laser não é na hora. Por isso, o médico vai precisar de pelo menos quatro semanas para ter a redução da pressão intraocular. 

 

A cirurgia é chamada de Trabeculectomia, e funciona da seguinte forma: após a cirurgia, quando a pressão intraocular aumenta, o humor aquoso se desloca para um novo compartimento – parecido com uma bolha -, evitando que o nervo seja machucado. 

 

Informações importantes sobre o Glaucoma:

 

  • As doenças oculares que comprometem a visão crescem com o avanço da idade. As maiores taxas de cegueira e baixa visão são observadas com o aumento da vida média da população;
  • Asiáticos têm maior tendência a desenvolverem glaucoma de ângulo fechado;
  • Diabéticos e negros tem mais chance de desenvolver glaucoma de ângulo aberto;
  • Na população com mais de 50 anos de idade, as principais causas de cegueira são a catarata, o glaucoma, a retinopatia diabética e a degeneração macular (perda da visão no centro do campo visual, a mácula);
  • Pessoas com histórico familiar de glaucoma têm cerca de 6% de chance de desenvolver a doença.

 

Como em várias doenças graves, a melhor forma de prevenir o Glaucoma ou mesmo de remediar é a prevenção. Ou seja, o diagnóstico precoce traz melhores resultados e menos danos à saúde. Por isso, aqui na Central de Consultas temos médicos oftalmologistas especializados prontos para ajudar você. Confira também os exames oftalmológicos oferecidos. 

Por fim, entre em contato e agende uma consulta pelo telefone: (51) 3227.1515. Se preferir, você pode agendar a sua consulta médica diretamente pelo nosso site, através deste link: www.centraldeconsultas.med.br/agenda/ 

 

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