Infertilidade: Causas, Diagnóstico e Tratamentos
A infertilidade é um desafio que afeta milhões de casais em todo o mundo, trazendo angústia e frustração. Se você e seu parceiro estão buscando engravidar há mais de um ano (ou seis meses se a mulher tiver mais de 35 anos) e não obtiveram sucesso, este guia completo foi feito para você.
Neste artigo, desvendaremos os sinais de infertilidade, suas principais causas (femininas e masculinas), o diagnóstico preciso e os tratamentos disponíveis, incluindo as técnicas de reprodução assistida mais eficazes.
Como é uma pessoa infértil?
Uma pessoa infértil é aquela que, após um ano de relações sexuais frequentes e sem uso de métodos contraceptivos, não consegue engravidar. No caso de mulheres acima de 35 anos, o prazo recomendado para buscar ajuda médica reduz-se para seis meses. A infertilidade pode ser primária, quando nunca houve gravidez, ou secundária, quando já ocorreu uma gestação anteriormente, mas há dificuldades em engravidar novamente.
Além do impacto físico, a infertilidade pode afetar a saúde emocional do casal, gerando ansiedade, frustração e até depressão. Por isso, o acompanhamento médico adequado é essencial.
Quais são os sinais de infertilidade?
Os sinais de infertilidade variam entre homens e mulheres. No caso feminino, os sintomas mais comuns incluem:
- Ciclos menstruais irregulares ou ausência de menstruação;
- Dor pélvica crônica;
- Histórico de infecções ginecológicas recorrentes;
- Endometriose ou Síndrome dos Ovários Policísticos (SOP);
- Dificuldade em identificar o período fértil.
Nos homens, os sinais podem ser mais sutis, mas podem incluir:
- Problemas de ereção ou ejaculação;
- Redução da libido;
- Dor ou inchaço na região testicular;
- Infecções urogenitais frequentes;
- Diminuição da quantidade ou qualidade do esperma.
Qual a diferença entre infértil e estéril?
A infertilidade refere-se à dificuldade de conceber, mas não significa que a gravidez seja impossível. Já a esterilidade é a impossibilidade biológica de gerar filhos, como nos casos de ausência de espermatozoides no sêmen ou retirada do útero.
Enquanto a infertilidade pode ser tratada com diferentes abordagens médicas, a esterilidade geralmente exige técnicas de reprodução assistida, como a fertilização in vitro (FIV) ou a doação de gametas.
Quais são as causas da infertilidade?
A infertilidade pode ser causada por uma série de fatores que afetam tanto homens quanto mulheres. Desde condições genéticas até hábitos de vida, por exemplo, diversas influências podem comprometer a fertilidade e dificultar a concepção. Portanto, conhecer as principais causas é essencial para buscar um diagnóstico precoce e um tratamento adequado.
Causas da Infertilidade Feminina
Conhecer as principais causas é essencial para buscar um diagnóstico precoce e um tratamento adequado.
Idade e reserva ovariana: A fertilidade da mulher diminui significativamente após os 35 anos, devido à redução da quantidade e qualidade dos óvulos. A menopausa precoce também pode ser um fator.
Alterações hormonais e distúrbios da ovulação: Síndrome dos Ovários Policísticos (SOP), insuficiência ovariana primária e disfunções na tireoide podem interferir na ovulação regular.
Endometriose: Doença inflamatória que pode causar aderências e obstruções nas trompas, dificultando a fecundação e a implantação do embrião.
Infecções e doenças sexualmente transmissíveis (DSTs): Infecções como clamídia e gonorreia podem levar à doença inflamatória pélvica (DIP), provocando danos irreversíveis às trompas de Falópio.
Miomas uterinos e anomalias do útero: Tumores benignos no útero podem alterar o ambiente uterino e dificultar a implantação do embrião.
Problemas nas trompas de Falópio: Obstruções nas trompas impedem o encontro do óvulo com o espermatozoide, sendo uma das principais causas de infertilidade tubária.
Estilo de vida: Estresse crônico, tabagismo, consumo excessivo de álcool, sedentarismo e obesidade afetam diretamente o equilíbrio hormonal e a função reprodutiva.
Causas da Infertilidade Masculina
Alterações na qualidade e quantidade do esperma: Baixa contagem de espermatozoides (oligospermia), ausência total de espermatozoides (azoospermia) ou baixa motilidade espermática são fatores decisivos para a fertilidade masculina.
Varicocele: Dilatação anormal das veias testiculares que aumenta a temperatura dos testículos e compromete a produção de espermatozoides saudáveis.
Desequilíbrios hormonais: Alterações nos níveis de testosterona, problemas na tireoide ou distúrbios da hipófise podem afetar a espermatogênese.
Infecções e doenças sexualmente transmissíveis: Infecções como orquite (inflamação dos testículos), clamídia e gonorreia podem prejudicar a produção e a condução dos espermatozoides.
Uso de substâncias tóxicas: Tabagismo, álcool, drogas ilícitas e até mesmo esteroides anabolizantes podem comprometer a produção espermática e reduzir a fertilidade.
Exposição a fatores ambientais: Substâncias químicas, pesticidas, metais pesados e radiação podem afetar negativamente a qualidade do esperma.
A infertilidade tem cura?
A infertilidade não é necessariamente uma condição irreversível. Na verdade, em muitos casos, ela pode ser tratada ou contornada por meio de abordagens médicas, mudanças no estilo de vida e técnicas avançadas de reprodução assistida. Contudo, a possibilidade de cura depende diretamente da causa do problema e da resposta do organismo ao tratamento.
Para casos de infertilidade causada por fatores hormonais, infecções ou hábitos prejudiciais, a adoção de medicamentos específicos, antibióticos, suplementação vitamínica e ajustes no estilo de vida pode restaurar a fertilidade. Por outro lado, quando há obstruções nas trompas, varicocele ou outras condições anatômicas, procedimentos cirúrgicos podem melhorar significativamente as chances de gravidez.
Portanto, embora nem todos os casos tenham uma “cura” definitiva, há uma ampla gama de tratamentos que podem viabilizar a gravidez, tornando a infertilidade uma condição tratável em muitos contextos. O acompanhamento médico especializado é essencial para avaliar as opções e definir a melhor estratégia para cada paciente.
Como é o tratamento da infertilidade?
Os tratamentos variam conforme o problema identificado. Entre as opções estão:
- Indução da ovulação: Uso de medicamentos hormonais para estimular a produção de óvulos;
- Correção cirúrgica: Remoção de miomas, endometriose ou varicocele;
- Inseminação artificial: Introdução de espermatozoides no útero para facilitar a fecundação;
- Fertilização in vitro (FIV): Óvulo e espermatozoide são fertilizados em laboratório e depois implantados no útero.
A infertilidade é genética?
Em alguns casos, a infertilidade pode ter uma origem genética. Alterações no DNA, por exemplo, podem comprometer a produção e a qualidade dos espermatozoides e óvulos, além de aumentar o risco de condições que dificultam a concepção.
Nas mulheres, por exemplo, mutações genéticas podem estar associadas à falência ovariana prematura, síndrome dos ovários policísticos (SOP), endometriose e outras disfunções hormonais que afetam a ovulação. Por outro lado, nos homens, alterações cromossômicas, como a síndrome de Klinefelter (presença de um cromossomo X extra), podem levar à baixa produção de esperma ou até mesmo à ausência total de espermatozoides no sêmen.
Além disso, algumas doenças hereditárias, como fibrose cística e distúrbios endócrinos congênitos, podem influenciar a fertilidade. Em muitos casos, testes genéticos podem ajudar a identificar essas predisposições, permitindo a adoção de estratégias para contornar possíveis dificuldades reprodutivas.
Portanto, embora nem toda infertilidade tenha um componente genético, a hereditariedade pode ser um fator importante em determinados casos. O aconselhamento genético e a avaliação médica são fundamentais para entender os riscos e buscar alternativas de tratamento ou reprodução assistida, quando necessário.
Fatores de risco para a infertilidade
- Idade avançada;
- Obesidade ou baixo peso extremo;
- Tabagismo e consumo excessivo de álcool;
- Estresse elevado;
- Exposição a substâncias tóxicas.
Exames para diagnóstico da infertilidade
- Ultrassonografia transvaginal: Avaliação do útero e ovários;
- Histerossalpingografia: Exame para verificar obstruções nas trompas;
- Espermograma: Avaliação da qualidade do sêmen masculino;
- Dosagem hormonal: Verificação dos níveis hormonais para diagnosticar distúrbios.
Opções de tratamento e reprodução assistida
O tratamento da infertilidade depende da causa identificada e pode envolver, portanto, desde mudanças no estilo de vida até procedimentos médicos e cirúrgicos. Quando as abordagens convencionais, como medicamentos para indução da ovulação ou correção de distúrbios hormonais, não são eficazes, a reprodução assistida, nesse caso, pode ser uma alternativa viável. A inseminação intrauterina (IIU) é uma opção menos invasiva, indicada para casos de infertilidade leve, enquanto a fertilização in vitro (FIV), que envolve a fecundação do óvulo em laboratório e a posterior transferência do embrião para o útero, é recomendada para casos mais complexos.
Para situações em que não há gametas viáveis, a doação de óvulos ou espermatozoides pode ser uma solução. Além disso, técnicas como a criopreservação de óvulos e embriões permitem que pessoas que desejam adiar a maternidade preservem sua fertilidade para o futuro. Em casos específicos, como quando a mulher não pode gestar, o útero de substituição (barriga solidária) é uma alternativa viável dentro das regulamentações médicas.
Em algumas situações, cirurgias podem ser necessárias para tratar condições que afetam a fertilidade, como a correção de varicocele em homens ou a remoção de lesões de endometriose em mulheres. Além disso, o acompanhamento médico é essencial para determinar a melhor abordagem para cada caso, o que, por sua vez, aumenta as chances de sucesso na concepção.
Portanto, cuide-se!
A infertilidade é um desafio complexo, mas não uma sentença. Com o diagnóstico correto e o tratamento adequado, o sonho de ter filhos pode se tornar realidade para muitos casais. Se você está enfrentando dificuldades para engravidar, não hesite em buscar ajuda especializada. O primeiro passo é fundamental.
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