Principais Complicações e Doenças Durante a Gravidez

A gravidez é um período de intensas transformações no corpo da mulher, exigindo atenção especial à saúde para garantir o bem-estar da mãe e do bebê. Durante essa fase, é fundamental estar ciente dos possíveis problemas que podem surgir, desde desconfortos comuns até complicações mais graves. Neste artigo, abordaremos os principais problemas e doenças que podem ocorrer durante a gestação, destacando a importância do acompanhamento pré-natal e dos exames recomendados.

Problemas Mais Comuns na Gravidez

Durante a gestação, o corpo da mulher passa por uma série de mudanças hormonais, físicas e emocionais. Essas transformações podem ocasionar desconfortos, que apesar de comuns, exigem atenção e cuidados específicos. Saber identificar esses sintomas e entender quando eles ultrapassam o que é esperado durante uma gravidez saudável é fundamental para garantir o bem-estar da gestante e do bebê.

A maioria desses incômodos pode ser controlada com mudanças simples de hábitos e orientação médica adequada. No entanto, o acompanhamento pré-natal é indispensável para avaliar a evolução de cada sintoma e prevenir possíveis complicações. Na Central de Consultas, oferecemos o check-up pré-natal completo, com exames e acompanhamento especializado para garantir mais segurança e tranquilidade durante toda a gestação. Mantenha seus cuidados em dia e conte com uma equipe acolhedora e preparada para cuidar de você e do seu bebê.

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Náuseas e Vômitos

As náuseas e os vômitos são um dos primeiros sinais perceptíveis da gravidez, acometendo cerca de 70% das gestantes, especialmente durante o primeiro trimestre. Esse sintoma é geralmente provocado pela elevação do hormônio gonadotrofina coriônica humana (hCG) e pode ser intensificado por odores fortes, calor e estômago vazio. Embora sejam incômodos, esses sintomas são considerados normais e indicam o funcionamento adequado da placenta.

No entanto, em casos mais graves, pode-se desenvolver a hiperêmese gravídica, uma condição caracterizada por vômitos persistentes e severos, que levam à desidratação, perda de peso e desequilíbrio eletrolítico. Essa condição requer acompanhamento médico rigoroso e, em algumas situações, internação hospitalar para hidratação intravenosa e administração de medicamentos. Manter uma alimentação fracionada, evitar cheiros fortes e repousar são medidas que podem ajudar a controlar os enjoos mais leves.

Azia e Refluxo

A azia é outro sintoma frequente na gravidez, especialmente a partir do segundo trimestre. O aumento dos níveis de progesterona relaxa a musculatura lisa do corpo, incluindo o esfíncter esofágico inferior – estrutura responsável por impedir o retorno do conteúdo gástrico para o esôfago. Com isso, é comum que o ácido do estômago suba, provocando a sensação de queimação, principalmente após as refeições.

Além disso, à medida que o útero cresce, ele pressiona os órgãos abdominais, intensificando o refluxo gástrico. Para minimizar o desconforto, é recomendado evitar refeições volumosas, alimentos muito gordurosos ou condimentados, e não deitar imediatamente após comer. Em casos persistentes, o médico pode indicar o uso de antiácidos seguros para gestantes. A boa notícia é que, geralmente, esse sintoma desaparece após o parto, quando os níveis hormonais se normalizam.

Constipação e Hemorroidas

A progesterona reduz os movimentos peristálticos do intestino e, com isso, provoca constipação intestinal em grande parte das gestantes. A redução da atividade física, o uso de suplementos de ferro e o aumento da pressão exercida pelo útero também contribuem para esse quadro. Os sintomas incluem dificuldade para evacuar, fezes ressecadas e sensação de evacuação incompleta.

Com a constipação frequente e o aumento da pressão nas veias da região pélvica, muitas mulheres desenvolvem hemorroidas, que são veias dilatadas e inflamadas no reto ou ânus. Elas podem causar dor, sangramento e coceira. Para prevenir e tratar essas condições, recomenda-se uma dieta rica em fibras, ingestão adequada de líquidos, caminhadas leves e, em alguns casos, pomadas específicas orientadas pelo obstetra. O alívio desses sintomas melhora significativamente a qualidade de vida da gestante.

Dores nas Costas e na Região Pélvica

As dores nas costas, especialmente na região lombar, são bastante comuns na gravidez e afetam até 70% das gestantes, principalmente no segundo e terceiro trimestres. O principal motivo é o aumento do peso abdominal e a mudança no centro de gravidade, que causam sobrecarga na coluna e nas articulações. Além disso, o hormônio relaxina promove o amolecimento dos ligamentos pélvicos para facilitar o parto, o que também pode causar instabilidade e dor.

Na região pélvica, muitas mulheres sentem desconforto semelhante à dor de cólica, que pode se estender para as pernas ou costas. Em alguns casos, essas dores podem estar relacionadas à síndrome da dor pélvica da gravidez, que ocorre quando há desalinhamento das articulações sacroilíacas ou da sínfise púbica. O médico pode indicar exercícios específicos, fisioterapia obstétrica, almofadas de suporte e cintas pélvicas para aliviar o desconforto. É fundamental que a gestante evite levantar peso, mantenha a postura correta e respeite seus limites físicos.

Principais Riscos Durante a Gravidez

Além dos desconfortos comuns, algumas condições representam riscos significativos para a saúde da mãe e do bebê. O reconhecimento precoce e o tratamento adequado são essenciais para minimizar complicações.

Hipertensão Gestacional e Pré-eclâmpsia

A pressão arterial aumenta após a 20ª semana de gestação, caracterizando a hipertensão gestacional. Quando associada à presença de proteínas na urina e outros sintomas, pode evoluir para pré-eclâmpsia, uma condição grave que pode afetar diversos órgãos e levar à eclâmpsia, caracterizada por convulsões. O acompanhamento pré-natal regular é crucial para monitorar a pressão arterial e detectar sinais precoces dessas condições.

Saiba mais em: Pré-eclâmpsia: O Que É, Sintomas, Diagnóstico e Tratamento

Diabetes Gestacional

O diabetes gestacional ocorre quando há aumento dos níveis de glicose no sangue durante a gravidez. Essa condição pode aumentar o risco de parto prematuro, macrossomia fetal (bebê com peso elevado) e complicações no parto. A gestante pode controlar a glicemia com uma dieta equilibrada, a prática de exercícios físicos e, em alguns casos, o uso de insulina.

Infecções Urinárias

As infecções do trato urinário são comuns na gravidez devido às alterações hormonais e anatômicas. Se não tratadas adequadamente, podem evoluir para pielonefrite, uma infecção renal grave que aumenta o risco de parto prematuro. Sintomas como dor ao urinar, urgência urinária e febre devem ser comunicados ao médico imediatamente.

Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs)

A mãe pode transmitir infecções como sífilis, HIV, herpes genital e hepatites B e C ao bebê durante a gestação ou o parto. O diagnóstico e tratamento precoces são fundamentais para reduzir os riscos de transmissão vertical e complicações neonatais.

Saiba mais em: Infecções sexualmente transmissíveis por bactérias e Infecções sexualmente transmissíveis por vírus

Doenças Mais Comuns Durante a Gravidez

Durante a gestação, algumas doenças podem surgir ou se agravar, exigindo cuidados específicos para proteger a saúde materna e fetal.

Anemia

A gravidez aumenta a demanda por ferro e, por isso, torna frequente a anemia por deficiência desse mineral. Pode causar fadiga, palidez e aumento do risco de parto prematuro. A suplementação de ferro, conforme orientação médica, é essencial para prevenir e tratar a anemia.

Infecções Virais

Infecções como rubéola, citomegalovírus e toxoplasmose podem causar malformações congênitas se adquiridas durante a gestação. A vacinação prévia, quando disponível, e medidas de prevenção, como evitar o consumo de alimentos crus e o contato com fezes de gatos, são importantes para reduzir o risco de infecção.

Doenças Autoimunes

Condições autoimunes, como lúpus eritematoso sistêmico e síndrome antifosfolípide, podem aumentar o risco de complicações na gravidez, incluindo aborto espontâneo e restrição de crescimento fetal. Uma equipe multidisciplinar deve acompanhar a gestante para manejar adequadamente essas doenças durante a gravidez.

Complicações Durante a Gravidez

Embora muitas gestações transcorram sem intercorrências, é importante estar atento a complicações que podem surgir ao longo dos nove meses. Essas condições, quando diagnosticadas precocemente e tratadas de forma adequada, podem ter desfechos positivos tanto para a mãe quanto para o bebê. Por isso, o acompanhamento pré-natal regular é essencial, assim como o reconhecimento de sintomas de alerta.

A seguir, explicamos algumas das principais complicações obstétricas que podem ocorrer durante a gravidez. Esses quadros exigem atenção médica imediata e, em muitos casos, intervenção hospitalar. Conhecer os sinais de risco e os tratamentos disponíveis ajuda a reduzir a mortalidade materna e fetal, além de proporcionar mais segurança durante a gestação.

Descolamento Prematuro da Placenta

O descolamento prematuro da placenta é uma das emergências obstétricas mais graves. Ele ocorre quando a placenta se desprende parcial ou totalmente da parede interna do útero antes do parto. Isso interrompe a troca de oxigênio e nutrientes entre a mãe e o bebê, podendo levar a sofrimento fetal, parto prematuro ou até mesmo óbito. As causas podem incluir hipertensão arterial, trauma abdominal, consumo de substâncias ilícitas, tabagismo ou histórico de descolamento em gestações anteriores.

Os sintomas mais comuns são sangramento vaginal repentino (geralmente escuro), dor abdominal intensa, rigidez uterina e contrações frequentes. A intensidade do quadro varia, e nem sempre o sangramento está presente. O diagnóstico é feito por exame clínico e ultrassonografia. O tratamento depende da gravidade do descolamento e da idade gestacional, podendo incluir repouso hospitalar, monitoramento fetal ou parto de emergência, geralmente por cesariana. É fundamental agir rapidamente para preservar a vida da mãe e do bebê.

Placenta Prévia

A placenta prévia é outra condição que exige cuidados especiais durante a gestação. Ela ocorre quando a placenta se implanta na parte inferior do útero, cobrindo parcial ou totalmente o colo do útero. Isso impede que o bebê nasça por via vaginal e aumenta o risco de hemorragias graves, especialmente no terceiro trimestre. Estima-se que a condição afete cerca de 0,5% das gestações, sendo mais comum em mulheres com cesarianas anteriores, gestações múltiplas ou idade materna avançada.

O principal sintoma é sangramento vaginal indolor e de repetição, geralmente no final da gestação. O médico realiza o diagnóstico por ultrassonografia e define o tratamento conforme o tipo de placenta prévia e o tempo de gestação. Em casos leves, pode-se indicar repouso e abstinência sexual, com monitoramento constante. Nos casos mais graves, é necessário o agendamento de uma cesariana, geralmente entre a 36ª e 38ª semana, para evitar complicações. O controle adequado da condição pode garantir um parto seguro para ambos.

Trabalho de Parto Prematuro

O trabalho de parto prematuro é definido como a ocorrência de contrações uterinas regulares e dilatação do colo do útero antes da 37ª semana de gravidez. É uma das principais causas de nascimento prematuro, o que aumenta o risco de complicações neonatais como dificuldades respiratórias, infecções, imaturidade neurológica e necessidade de internação em UTI neonatal. Fatores como infecções geniturinárias, ruptura prematura da bolsa, distensão uterina (como em gêmeos), tabagismo e estresse intenso estão associados ao problema.

Os sinais de alerta incluem contrações rítmicas, dor lombar, aumento de secreção vaginal ou sangramento leve. Quando identificado precocemente, o tratamento pode incluir o uso de medicamentos tocolíticos para inibir as contrações, corticosteroides para amadurecer os pulmões do feto e antibióticos, caso haja infecção. A hospitalização pode ser necessária para observação. Com os avanços na neonatologia, muitos bebês prematuros têm boas chances de sobrevivência, desde que recebam cuidados adequados após o nascimento.

Síndrome de HELLP

A síndrome de HELLP é uma condição rara, mas extremamente grave, que ocorre em cerca de 0,5% a 0,9% das gestações. Está geralmente associada à pré-eclâmpsia grave, sendo caracterizada por hemólise (destruição de glóbulos vermelhos), elevação das enzimas hepáticas e plaquetopenia (baixa contagem de plaquetas). Seus sintomas iniciais são inespecíficos e podem incluir dor no lado superior direito do abdômen, náuseas, vômitos, dor de cabeça intensa e visão turva.

O diagnóstico é feito com base em exames laboratoriais de sangue e função hepática. A síndrome de HELLP pode evoluir rapidamente e causar complicações como insuficiência hepática, insuficiência renal aguda, descolamento de placenta e coagulação intravascular disseminada (CID). O tratamento envolve a interrupção imediata da gestação, geralmente por cesariana, além de cuidados intensivos para estabilização da mãe. É uma das principais causas de morte materna em países em desenvolvimento, o que reforça a importância de um pré-natal de qualidade e vigilância ativa em casos de pré-eclâmpsia.

Quantidade de Ultrassonografias na Gravidez

A ultrassonografia é uma ferramenta essencial no acompanhamento pré-natal, permitindo avaliar o desenvolvimento fetal e detectar possíveis anomalias. No Brasil, o Ministério da Saúde recomenda a realização de, no mínimo, três ultrassonografias durante a gestação:

  1. Primeiro Trimestre (11 a 14 semanas): Avaliação da idade gestacional, número de fetos e translucência nucal.
  2. Segundo Trimestre (20 a 24 semanas): Ultrassonografia morfológica para detectar malformações fetais.
  3. Terceiro Trimestre (28 a 32 semanas): Avaliação do crescimento fetal, posição do feto e quantidade de líquido amniótico.

Em casos específicos, como gestação de alto risco ou presença de complicações, podem ser necessárias ultrassonografias adicionais conforme orientação médica. Na Central de Consultas, você realiza suas ecografias com qualidade, segurança e preços acessíveis, em todas as etapas da gestação. Garanta um pré-natal completo e tranquilo com a confiança de quem já cuidou de mais de 1 milhão de pacientes. Agende agora mesmo pelo nosso site ou envie uma mensagem pelo WhatsApp: (51) 3227-1515.

A gravidez é, sem dúvida, um período de grandes mudanças e, por isso, requer cuidados especiais para garantir a saúde da mãe e do bebê. Além disso, estar ciente dos problemas, riscos e doenças comuns durante a gestação permite uma abordagem proativa na prevenção e no tratamento de complicações. Portanto, o acompanhamento pré-natal regular, a adoção de hábitos saudáveis e a realização dos exames recomendados são fundamentais para uma gestação segura e tranquila.

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