A amamentação de recém-nascidos é uma medida essencial para diminuir a desnutrição infantil e a mortalidade de crianças. Essa prática melhora a saúde e qualidade de vida do bebê e da mãe e previne várias doenças.
Hoje, vamos citar quais são os benefícios do aleitamento materno. Lembrando que, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), as crianças devem ser amamentadas até os 6 meses de idade. Depois, até os 2 anos, o leite materno pode ser complementar a outros alimentos.
Neste texto, você vai ver que a amamentação previne:
- Doenças infecciosas e alérgicas;
- Doenças metabólicas;
- Leucemia infantil;
- Distúrbios odontológicos;
- Câncer de mama.
Continue lendo para conhecer as vantagens do aleitamento materno.
DADOS DA AMAMENTAÇÃO NO BRASIL
Segundo pesquisa da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), 96,2% das crianças brasileiras são amamentadas, pelo menos, uma vez. O estudo é de 2019, e, ainda que pareça otimista, mostra que o Brasil ainda encontra alguns desafios nessa pauta.
Por exemplo, foi observado que apenas 62,4% dos bebês do país mamam no peito na primeira hora de vida. Esse percentual não atinge a meta da OMS para 2030, de 70% de amamentação neonatal.
Ainda, os pesquisadores apontam que, no Brasil, metade das crianças de até 2 anos utilizam mamadeiras e chupetas. Esse hábito pode ser prejudicial ao aleitamento materno, promovendo o desmame precoce, além de trazer outros malefícios à saúde infantil.
Outro alerta está relacionado à amamentação cruzada, isto é, quando uma mulher que não é a mãe amamenta uma criança. O problema é que essa prática não é segura, pois tem alto risco de transmissão de ISTs (Infecções Sexualmente Transmissíveis).
A solução para mulheres que não conseguem completar os 6 meses de amamentação exclusiva é buscar bancos de leite.
O aleitamento até os 6 meses também é baixo no Brasil. São 45,8% de bebês recebendo leite materno nos meses iniciais de vida, muito aquém dos 70% recomendados pela OMS.
DOENÇAS PREVENIDAS PELA AMAMENTAÇÃO
Doenças infecciosas e alérgicas
O leite materno possui anticorpos que protegem o organismo do bebê contra infecções variadas e desenvolvem seu sistema imunológico.
Recém-nascidos são mais vulneráveis à contaminação por micro-organismos, vírus e alergênicos. Por isso, a amamentação até os 6 meses é tão importante. As propriedades anti-infecciosas do leite materno não são encontradas no leite de vaca ou em suplementos lácteos.
Além disso, outros alimentos e o aleitamento artificial podem causar alergias no bebê, exatamente porque seu organismo ainda é frágil. Ou seja, além de não oferecerem proteção, outros tipos de leite também podem trazer riscos nos primeiros meses de vida.
A amamentação exclusiva até os 6 meses ajuda a impedir quadros graves de infecção e alergia respiratória durante a infância. Algumas das doenças do sistema respiratório que o aleitamento materno pode prevenir e diminuir os sintomas são:
- Bronquite;
- Faringite;
- Gripe;
- Pneumonia;
- Asma.
Ainda, bebês que mamam no peito têm menos riscos de contraírem inflamações no ouvido, como a otite.
Além das infecções de nariz, ouvidos, garganta e pulmão, recém-nascidos com amamentação insuficiente têm chances maiores de desenvolverem doenças gastrointestinais. A mais comum nessa fase da vida é a diarreia, que pode levar a criança ao óbito, devido à desidratação.
Componentes nutricionais do leite materno ajudam a criar uma barreira contra a entrada e proliferação de micro-organismos no intestino. Outros tipos de leite não têm essas mesmas propriedades, e objetos como mamadeiras podem ter contaminação por fungos ou bactérias.
Até 2 anos, o sistema imune da criança é muito suscetível a ataques, que podem causar mortes ou sequelas permanentes. Assim, o leite materno é o único alimento com todos os anticorpos necessários para proteção nos meses iniciais de vida.
Doenças metabólicas
Amamentar os filhos até os 6 meses também previne doenças metabólicas.
Os alimentos substitutos ao leite materno (leite de vaca e fórmulas prontas) possuem mais gordura. Eles também aumentam os níveis de insulina no sangue. Isso pode resultar em ganho excessivo de peso nos primeiros meses de vida.
Além disso, bebês que mamam no peito naturalmente desenvolvem mecanismos de saciedade. Os recém-nascidos só consomem a quantidade de leite necessária por vez, parando a sucção quando a fome é saciada.
Isso não acontece no aleitamento artificial, pois a quantidade colocada nas mamadeiras pode ser muito maior do que a necessária. Nessas condições, a longo prazo, a criança pode ter sobrepeso ou, até mesmo, obesidade infantil.
O excesso de peso também traz uma série de outros problemas metabólicos, como:
- Hipertensão arterial;
- Colesterol alto;
- Triglicerídeos alto;
- Diabetes tipo 1.
Esses prejuízos à saúde podem persistir durante toda a infância e, ainda, permanecer na adolescência e fase adulta. A obesidade é capaz de causar problemas cardíacos também, incluindo o infarto.
Além de prevenir o ganho de peso excessivo, a amamentação ajuda a regular o metabolismo energético da criança.
Leucemia infantil
A leucemia representa 30% dos tipos de câncer infantil, por isso é uma doença que requer atenção e cuidado. Essa enfermidade pode ter causas variadas, mas, entre as principais estão os fatores imunológicos.
Como dito anteriormente, os anticorpos do leite materno ajudam a fortalecer o sistema imune dos recém-nascidos.
Então, crianças que tiveram amamentação exclusiva até os 6 meses têm 19% menos chances de desenvolverem esse câncer. É o que indica um estudo da Universidade de Haifa, em Israel.
Além disso, a leucemia em estágio avançado enfraquece ainda mais o sistema imunológico, resultando em outras infecções virais, bacterianas etc. Por isso, manter o aleitamento materno é a melhor prevenção para uma série de patologias graves na infância.
Distúrbios odontológicos
A amamentação influencia no crescimento saudável do bebê em todos os sentidos, incluindo na formação dos dentes.
O leite materno possui cálcio e outros nutrientes que fortalecem os tecidos dentários. Também, é um alimento natural, sem excesso de açúcar, ao contrário de fórmulas prontas e ultraprocessadas. Portanto, reduz o risco de cáries nas crianças que já apresentam dentição.
É importante dizer que, além das substâncias do leite, o desenvolvimento dental saudável é estimulado, também, pela sucção da mama. Quando o recém-nascido mama no peito, desenvolve os músculos da face e da articulação da mandíbula.
O movimento dos lábios e da cavidade bucal são importantes para evitar a má oclusão dentária. Ou seja, quando a mordida é feita com os dentes desalinhados e o encaixe inadequado da mandíbula.
O aleitamento materno estimula o crescimento dos ossos maxilares, nos quais a arcada dentária será formada. Dessa forma, as chances de os dentes nascerem e crescerem no lugar correto são maiores.
Enquanto isso, chupetas e mamadeiras interferem no posicionamento dos dentes e trazem prejuízos que só serão consertados com aparelho ortodôntico.
Por fim, a amamentação estimula a respiração correta, pelo nariz e com a língua elevada ao céu da boca. Esses benefícios permitem o desenvolvimento orofacial saudável na infância e impactam no desenvolvimento da fala e na troca de dentição.
Câncer de mama
Além dos benefícios ao bebê, amamentar também melhora a saúde da mãe. Entre as doenças que o aleitamento materno exclusivo até os 6 meses ajuda a prevenir está o câncer de mama.
Isso acontece por dois motivos primordiais. O primeiro é a diminuição do estrogênio no organismo feminino durante a gravidez. Esse hormônio favorece o crescimento das células do tumor maligno, quando a mulher já tem a doença.
Também, durante a amamentação, há uma maturação celular nos ductos mamários. Ou seja, células normais são renovadas e ficam mais resistentes a mutações que levam ao cancro.
Mas, o câncer de mama não é a única doença que o aleitamento materno previne. Outros problemas de saúde que essa prática pode impedir são:
- Câncer de ovário: a redução do estrogênio e o interrompimento da ovulação (que, geralmente, acontece em lactantes) diminuem os riscos para essa patologia;
- Obesidade e doenças metabólicas: a amamentação ajuda na perda de peso no período pós-gestacional, evitando quadros de obesidade. Consequentemente, doenças metabólicas como diabetes, colesterol alto e hipertensão são prevenidas;
- Sangramento pós-parto: o aleitamento materno estimula a produção de ocitocina, hormônio responsável pela contração uterina. Isso, também, reduz o sangramento após o parto e faz com que o útero volte ao tamanho normal mais rapidamente.
Além de prevenir doenças, a amamentação estimula a criação de vínculo entre mãe e filho nos primeiros meses de vida.
Agora que você já conhece a importância do aleitamento materno, é hora de ficar preparada para a chegada do bebê. Para isso, o acompanhamento médico na gestação é fundamental.
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