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Enxaqueca: Quais são as principais características desse tipo de dor de cabeça

O QUE É ENXAQUECA

 

A enxaqueca, também conhecida como hemialgia ou migrânea, é uma doença crônica caracterizada por dor de cabeça forte ou moderada. Contudo, a dor não é igual à cefaleia comum, mas latejante (em um ou dois lados da cabeça) e acompanhada de outros sintomas.

 

Essa doença neurológica é hereditária e mais recorrente em adolescentes e adultos do sexo feminino. 

 

Mas, homens e mulheres de qualquer idade podem sofrer de enxaqueca. Esta condição atinge cerca de 1 bilhão de pessoas no mundo todo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). 

 

Quando as crises são quase diárias e duram em torno de 15 dias por mês, trata-se de enxaqueca crônica. No Brasil, 15% da população apresenta esse subtipo da doença.

 

No texto de hoje, você vai saber mais sobre essa enfermidade, a partir dos seguintes tópicos:

 

  • Como a doença ocorre;
  • Diferenças entre enxaqueca e dor de cabeça;
  • Causas e gatilhos;
  • Quais são os sintomas de enxaqueca;
  • Tratamento e prevenção.

 

Continue a leitura abaixo!

 

COMO A DOENÇA OCORRE 

 

A enxaqueca é causada por alterações químicas no cérebro de pessoas com o sistema nervoso mais sensível (devido à predisposição genética). 

 

Quando esses indivíduos entram em contato com algum gatilho (emoções, fatores ambientais, determinadas substâncias etc.), há uma reação das células nervosas cerebrais. O estímulo intenso delas produz atividade elétrica, que envia impulsos aos vasos sanguíneos do cérebro. 

 

O nervo que causa a cefaleia é o trigêmeo (5º nervo craniano). Quando estimulado, ele envia impulsos de partes da cabeça (olhos, testa, couro cabeludo, boca e mandíbula) para o cérebro. 

 

Nesse processo, os nervos podem liberar algumas substâncias no sistema neurológico, que afetam os vasos sanguíneos e as meninges. Isso causa uma inflamação dolorosa, responsável pela dor de cabeça e outros sintomas (sensibilidade à luz, som e movimento, tontura, náusea etc.).

 

DIFERENÇAS ENTRE ENXAQUECA E DOR DE CABEÇA

 

A enxaqueca é considerada um tipo de cefaleia primária (dor de cabeça que não é provocado por outras doenças). Ou seja, a enxaqueca é um tipo de dor de cabeça, mas existem cefaleias de outras naturezas também. Há mais de 200 tipos diferentes de dores de cabeça. 

 

Além disso, a enxaqueca é diferente da cefaleia comum de acordo com os sintomas, frequência e duração das crises. 

 

A dor da enxaqueca é pulsátil, de intensidade média ou forte, e pode atingir apenas um lado da cabeça por, no mínimo, 4 horas. Já a cefaleia tensional (o tipo mais comum de dor de cabeça) costuma ser bilateral, de intensidade fraca ou moderada. Ademais, a enxaqueca é acompanhada por outros sintomas e, às vezes, a cefaleia não é o mais intenso ou persistente deles.

 

CAUSAS E GATILHOS

 

Ainda não há precisão científica sobre o que causa enxaqueca em todos os casos. Entretanto, a predisposição genética é uma boa pista para a incidência da patologia. 

 

Dizer isso, contudo, não significa que todas as pessoas de uma mesma família terão a doença. Ou, que quando tiverem, apresentarão os mesmos sintomas. Cada organismo reagirá de uma forma diferente.

 

Além disso, existem muitas situações e agentes externos que provocam crises de enxaqueca. A doença é multifatorial, portanto, os gatilhos podem ser diversos (doenças, emoções, fatores ambientais, substâncias etc.). Alguns deles são:

 

  • Emoções: estresse, irritação, tensão;
  • Doenças psiquiátricas: depressão, ansiedade;
  • Alterações no sono: insônia ou sono prolongado;
  • Alterações hormonais relacionadas ao estrogênio: TPM, menstruação, endometriose, ovários policísticos, reposição hormonal, uso de contraceptivo oral, irregularidades menstruais;
  • Estimulação excessiva dos sentidos: odores fortes, luz intermitente, sons altos e agudos;
  • Mudanças climáticas e de pressão atmosférica drásticas;
  • Excesso de exposição ao sol;
  • Aglomerações;
  • Beber pouca água;
  • Jejum prolongado;
  • Alimentação incorreta (açúcar em excesso, embutidos, alimentos gordurosos, condimentados, ultra processados);
  • Alimentos muito gelados (sorvete);
  • Alimentos que contêm tiramina (queijos maturados, derivados de soja, peixes defumados, frutas secas), nitrato (embutidos) e glutamato monossódico (alguns temperos, carnes e queijos);
  • Excesso de cafeína (café, chá, refrigerante, chocolate). O consumo exagerado, ainda, causa abstinência quando a pessoa deixa de consumir a substância. Isso também provoca enxaqueca;
  • Excesso de álcool;
  • Tabagismo;
  • Sedentarismo ou esforço físico excessivo, pesado e/ou repentino;
  • Traumatismo cranioencefálico leve (TCE);
  • Disfunção da articulação temporomandibular (ATM) e dor orofacial;
  • Remédios vasodilatadores;
  • Uso exagerado de analgésicos.

 

As crises de enxaqueca podem estar associadas a um ou mais desses gatilhos. Porém, é importante dizer que a doença ainda tem causas que não foram completamente definidas pela ciência.

 

QUAIS SÃO OS SINTOMAS DE ENXAQUECA

 

A dor de cabeça, o sinal mais característico da enxaqueca não ocorre imediatamente para algumas pessoas. É porque a doença pode ser dividida em 4 etapa distintas, nas quais os sintomas surgem progressivamente.  

 

A primeira fase é a premonitória (pródromo) e funciona como um alerta de que uma crise de enxaqueca está chegando. Os seus sintomas são:

 

  • Dor no pescoço;
  • Mudanças de humor;
  • Desejo de comer alguns alimentos (chocolate, por exemplo) ou perda de apetite;
  • Náusea;
  • Cansaço, bocejo e letargia;
  • Retenção de líquidos;
  • Diurese;
  • Irritabilidade;
  • Alterações no sono.

 

Apesar de esses serem os sinais mais comuns, não significa que todos eles vão se manifestar em uma crise.

 

Após a etapa premonitória, pode vir a fase da aura. Cerca de 20% dos diagnósticos de enxaqueca correspondem a este subtipo específico. A enxaqueca com aura provoca sintomas na visão, audição, coordenação motora, fala e equilíbrio, como, por exemplo:

 

  • Visão escurecida, turva, borrada ou embaçada;
  • Aparecimento de pontos luminosos, trêmulos ou pulsáteis e linhas em ziguezague no campo visual; 
  • Dificuldade para mexer os olhos;
  • Visão dupla;
  • Fala embaralhada;
  • Dormência e formigamento no corpo (braços, mãos e pés) e na face (cabeça, lábios e língua);
  • Fraqueza nos braços ou pernas;
  • Vertigem;
  • Zumbidos e ruídos nos ouvidos;
  • Transpiração excessiva;
  • Sensação de estar caindo, mesmo quando não se está em movimento;
  • Náusea muito forte e vômitos;
  • Tontura.

 

Os sintomas de aura podem durar de 5 até 60 minutos. Após esse período, inicia-se a fase da cefaleia

 

A dor de cabeça da enxaqueca é latejante e pulsátil. A intensidade varia, podendo ser de moderada a forte. Uma característica importante para diferenciá-la da cefaleia comum é que, na enxaqueca, a dor piora quando a pessoa se movimenta. 

 

Além disso, a dor de cabeça só do lado esquerdo ou só do lado direito é uma das principais características dessa fase. Porém, há pessoas com cefaleia bilateral, mesmo na enxaqueca. 

 

Outros sintomas também acompanham a dor. Os mais comuns são:

 

  • Fotofobia (hipersensibilidade à luz), fonofobia (hipersensibilidade ao som) e osmofobia (hipersensibilidade a alguns odores). Estas características intensificam a cefaleia e podem durar de 4 até 72 horas. Também, pioram com movimento; 
  • Enjoo, náusea, vômito, dor abdominal e/ou diarreia;
  • Tontura;
  • Irritabilidade e agressividade;
  • Agitação;
  • Diurese e sudorese;

 

Cada pessoa vai ter uma crise de enxaqueca diferente, então, a prevalência dos sintomas é variável. Inclusive, para alguns indivíduos a dor de cabeça é menos intensa do que a sensibilidade dos sentidos, por exemplo. 

 

Depois da fase da cefaleia, a mais longa da doença, chega a etapa de resolução (ou pósdromo). O seu efeito é semelhante ao de uma ressaca e pode durar de 24 até 48 horas. Os sintomas mais comuns são:

 

  • Intolerância a alguns alimentos;
  • Dificuldade de concentração e memória;
  • Dor muscular (mialgia);
  • Fadiga; 
  • Sonolência;
  • Confusão mental.

 

TRATAMENTO E PREVENÇÃO

 

O diagnóstico de enxaqueca é feito por neurologista (se possível, com especialidade em cefaliatria), a partir da avaliação clínica do paciente. Alguns exames, como tomografia computadorizada e ressonância magnética, podem ser realizados, também.

 

Na Central de Consultas, você pode agendar o seu exame no dia e horário que você preferir. Realize a sua tomografia computadorizada de crânio ou ressonância magnética de crânio por um preço que cabe no seu bolso. Você também pode parcelar o exame em 6x. Agende pelo telefone (51) 3227-1515 ou pelo site centraldeconsultas.med.br.

 

Como dito anteriormente, a enxaqueca não tem cura, mas pode ser controlada. Caso você apresente, no mínimo, 3 ou 4 sintomas da doença, agende uma consulta neurológica

 

O tratamento escolhido pelo médico depende da intensidade e frequência das crises. Alguns medicamentos (como analgésicos, anti-inflamatórios, betabloqueadores, anticonvulsionantes e antidepressivos) podem ser utilizados para prevenção ou controle dos sintomas. Além da cefaleia, o médico pode prescrever remédios para náusea, vômito, tontura etc.

 

Mulheres com enxaqueca decorrente de alterações hormonais podem fazer acompanhamento com um neurologista em conjunto com um ginecologista. A mudança de medicação anticoncepcional ou de reposição hormonal pode ser recomendada.

 

Além dos remédios orais, a pessoa que sofre de enxaqueca pode recorrer a injeção de substância botulínica. O botox é aplicado na testa, couro cabeludo, lados da cabeça e pescoço para inibir a ação do nervo trigêmeo. A enxaqueca crônica também pode ser tratada com medicamentos preventivos injetáveis chamados anticorpos monoclonais.

 

Mas, em qualquer circunstância, é importante lembrar que a automedicação nunca é recomendada. Inclusive, o abuso no uso de analgésicos (4 a 5 comprimidos por semana) piora os sintomas a longo prazo. Apenas um profissional pode definir qual o remédio bom para a enxaqueca, de acordo com sua frequência e intensidade.

 

Além disso, manter hábitos saudáveis no cotidiano também ajuda a diminuir as crises e agressividade dos sintomas. Por isso, tenha uma dieta balanceada, rica em nutrientes, e evite fazer períodos de jejum prolongado. 

 

Ainda, faça exercícios físicos regularmente, reserve um tempo do seu dia para o descanso e durma, aproximadamente, 8 horas diárias. Abandonar o cigarro e diminuir o consumo de álcool também são medidas essenciais.

 

Para aliviar a enxaqueca e a dor de cabeça, o médico pode recomendar tratamentos não medicamentosos. Acupuntura, ioga e meditação mindfullness são alguns exemplos de práticas que melhoram a qualidade de vida dos pacientes. 

 

Se você tem alguns sintomas de enxaqueca, não perca mais tempo e agende uma consulta neurológica. Escolha a data e horário de sua preferência e ligue agora mesmo para a Central de Consultas, no telefone (51) 3227-1515. Você também pode fazer o agendamento pelo site centraldeconsultas.med.br.

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