A hepatite é uma inflamação no fígado que pode ser causada por diferentes razões (vírus, bactérias, medicamentos, álcool ou condição autoimune). A intensidade dos sintomas e possíveis complicações é variável, dependendo do agente etiológico e da gravidade da infecção. Hoje, vamos falar um pouco sobre hepatite A, hepatite B e hepatite C, as doenças […]
A hepatite é uma inflamação no fígado que pode ser causada por diferentes razões (vírus, bactérias, medicamentos, álcool ou condição autoimune). A intensidade dos sintomas e possíveis complicações é variável, dependendo do agente etiológico e da gravidade da infecção.
Hoje, vamos falar um pouco sobre hepatite A, hepatite B e hepatite C, as doenças hepáticas virais de maior circulação. Continuando a leitura, você vai saber mais sobre formas de transmissão, sintomas, prevenção e tratamento dessas infecções.
Se você esteve exposto aos vírus recentemente, faça os exames necessários. Confirmar o diagnóstico o mais cedo possível evita complicações, necessidade de transplante de fígado e morte.
Na Central de Consultas, você pode fazer testes para detectar as hepatites A, B e C. Agende seus exames pelo site centraldeconsultas.med.br ou telefone (51) 3227-1515.
A hepatite viral é contagiosa e há 4 formas de transmissão possíveis:
Os tipos de contágio variam de acordo com o tipo de hepatite.
As hepatites virais podem ser assintomáticas, em muitos casos. Entretanto, quando há sinais da doença, estes variam conforme o grau da infecção.
Os sintomas de hepatite aguda (infecção que dura menos de 6 meses) são:
A hepatite aguda pode evoluir para hepatite fulminante (falência hepática aguda), em alguns casos. Essa é uma condição que progride rapidamente, atinge o fígado e outros órgãos e sistemas.
Os sintomas de hepatite fulminante são semelhantes aos da hepatite aguda comum. Porém, algumas pessoas podem apresentar raciocínio lento, dificuldades na fala e problemas no sono também. As complicações de falência hepática aguda são encefalopatia hepática (perda da função cerebral) e síndrome hepatorrenal (insuficiência renal decorrente de doença hepática).
A hepatite aguda comum também pode sofrer cronificação. Na hepatite crônica (infecção que dura mais de 6 meses), alguns sinais de doença hepática se repetem. Por exemplo, icterícia, náusea, vômito, perda de apetite e dor abdominal. Febre baixa, fadiga e mal-estar também podem acontecer, mas de maneira constante.
Outros sintomas de hepatite crônica são:
A hepatite crônica pode causar complicações como encefalopatia hepática, cirrose e câncer de fígado.
Existem 5 tipos principais de hepatites virais:
As hepatites A, B e C são os subtipos em maior circulação no Brasil. A hepatite D pode ser encontrada na região Norte, mas não é tão recorrente nas outras regiões do país. Já diagnósticos de hepatite E são raros na população brasileira (apenas casos isolados da doença já foram registrados no Brasil).
Há também outros subtipos da patologia viral, chamados de hepatites não A-E. A hepatite G, causada pelo vírus HGV (também chamado de GBV-C) é o principal exemplo.
Abaixo, falaremos mais sobre os tipos mais recorrentes de doença hepática viral. Continue a leitura para conhecer as principais características das hepatites A, B e C.
Também chamada de hepatite infecciosa, a hepatite A é causada pelo vírus HAV. A transmissão viral acontece por via fecal-oral, na maioria das vezes. Ou seja, no contato das fezes (que possuem alta concentração do vírus) com a mucosa da boca. Isso ocorre no consumo de água e alimentos contaminados, principalmente. Também pode ser consequência da falta de higiene das mãos e de utensílios domésticos.
O contágio por HAV ainda acontece no contato com outros indivíduos contaminados. Essa forma de disseminação do vírus é mais comum para pessoas que moram na mesma casa ou para crianças em creches. A transmissão por via sexual também é possível, em práticas sexuais anais, contudo, é uma forma rara de disseminação viral.
As chances de contrair hepatite A de forma vertical (de mãe para filho) ou sanguínea são extremamente baixas. A razão disso é que a viremia do HAV é curta. Ou seja, o vírus não permanece tempo suficiente na corrente sanguínea para transmissão.
A hepatite infecciosa é assintomática, na maioria das vezes. Mas, quando há sintomas, estes surgem entre 15 e 50 dias após a infecção. O tempo que o vírus permanece no organismo costuma ser curto (3 meses, aproximadamente). Porém há casos de infecção prolongada ou infecção recorrente, ainda que sejam mais raros.
Os sintomas de hepatite A são mal-estar, fadiga, dor na parte superior direita do abdômen, náusea e vômito. Icterícia, colúria e hipocolia fecal podem ser observadas entre os pacientes sintomáticos. Porém, isso é mais comum nos indivíduos adultos do que nas crianças infectadas pelo HAV.
O HAV é um dos vírus hepáticos que não evoluem para doença crônica. Por isso, a hepatite A é sempre aguda e não causa complicações como cirrose ou câncer de fígado.
Contudo, a hepatite infeciosa pode evoluir para hepatite fulminante. A condição é rara em infecções pelo vírus HAV (menos de 0,1% dos casos), mas é quase sempre letal. Idosos são as pessoas mais vulneráveis à morte por hepatite fulminante.
No geral, não existe um tratamento específico para hepatite aguda. Portanto, na hepatite A, o objetivo é amenizar os sintomas das pessoas infectadas. Além disso, é recomendado interromper o consumo de bebidas alcoólicas por 6 meses, no mínimo. Afinal, o álcool pode lesionar ainda mais o fígado que está em processo de recuperação.
Entretanto, em caso de hepatite fulminante, o tratamento é emergencial e deve ser feito em ambiente hospitalar. Nessa situação, é necessário tratar as complicações no fígado, encefalopatias e coagulopatias causadas pela doença. Inclusive, o transplante de fígado pode ser necessário para alguns pacientes.
A hepatite A tem cura na maior parte dos casos (especialmente naqueles que não evoluem para falência hepática aguda).
A hepatite A pode ser prevenida com hábitos de higiene e saneamento básico adequado. Outra forma de prevenção é a vacina contra HAV. Pessoas com doenças hepáticas crônicas e receptores, doadores e candidatos a receber transplante de medula óssea são o público-alvo da vacinação.
A hepatite B é causada pelo vírus HBV, transmitido pelas secreções genitais e pelo sangue. Portanto, as principais formas de contágio da doença são manter relações sexuais sem camisinha e utilizar objetos perfurocortantes infectados na pele.
O HBV também tem transmissão vertical (durante a gestação, o parto e a amamentação). Contudo, o aleitamento materno deixa de apresentar riscos logo que o neonatal recebe tratamento com vacina e imunoglobulina humana.
O tempo de incubação do vírus é de 1 a 4 meses. Em alguns casos, a doença pode ser assintomática. Em casos sintomáticos, os sintomas surgem entre 30 e 180 dias.
Os principais sinais de hepatite B aguda são febre baixa, dor de cabeça, dor no corpo, náusea, vômito e alterações no paladar. Icterícia, colúria e hipocolia fecal também podem ser observadas em alguns casos.
Ao contrário da hepatite A, a hepatite B pode se tornar crônica. Os riscos são maiores para crianças, principalmente para menores de 1 ano (cerca de 90% de chances de cronificação). A patologia crônica também atinge adultos, mas a probabilidade é bem menor (de 5% a 10% do total de casos).
A hepatite B crônica é tratada com medicamentos antivirais, administrados conforme as diretrizes propostas pelo Ministério da Saúde. O tratamento deve ser conduzido em unidade especializada de média ou alta complexidade no SUS. Se não for tratada, a infecção crônica pelo vírus HBV causa complicações como cirrose e câncer de fígado. Inclusive, algumas pessoas podem ter o câncer hepático sem diagnóstico prévio de cirrose.
Por sua vez, a hepatite B aguda cura dentro de semanas em cerca de 95% dos casos envolvendo adultos. A hepatite fulminante por contágio de HBV é rara (menor do que 1%). Os riscos maiores estão relacionados às crianças e pessoas imunocomprometidas.
Uma das formas de prevenção da hepatite B é usar preservativos em todas as relações sexuais. Ademais, é importante evitar o compartilhamento de seringas, agulhas, objetos de manicure e pedicure, lâminas de barbear, depiladores e escovas de dentes.
Profissionais da saúde devem utilizar instrumentos cirúrgicos e odontológicos esterilizados para impedir a transmissão da doença entre os pacientes. O cuidado com a esterilização de equipamentos também deve ser adotado na realização de tatuagens e colocação de piercings.
Outro método preventivo é a vacinação, disponível no SUS. Crianças devem tomar 4 doses da vacina para hepatite B, ainda nos primeiros meses de vida, preferencialmente. A primeira aplicação é feita entre 12 e 72 horas após o nascimento. As outras doses são aplicadas aos 2, 4 e 6 meses de idade.
Para adultos não vacinados, são necessárias 3 doses. A segunda aplicação deve ser feita 1 mês após a primeira. Já a terceira dose é realizada 6 meses depois da segunda. A vacina para hepatite B é segura para crianças e adultos (incluindo, gestantes, lactantes e pessoas imunossuprimidas).
Além da vacinação, a imunoglobulina humana antivírus HBV pode ser usada como prevenção em casos específicos, como por exemplo:
Leia mais: Infecções sexualmente transmissíveis por vírus
Causada pelo vírus HCV, a principal forma de contágio da hepatite C é no contato com o sangue de pessoas infectadas. Ou seja, o risco também está em compartilhar materiais de manicure, aparelhos de barbear, seringas, agulhas e objetos similares.
A contaminação por via sexual pode acontecer, mas é menos comum. Nesse caso, as pessoas mais vulneráveis são as já infectadas por HIV ou outra IST ou indivíduos com alguma doença hepática crônica.
A transmissão vertical (de mãe para filho na gestação e no parto) também é menos recorrente (menos de 5% dos casos). Mas, os riscos dessa forma de disseminação viral aumentam para mulheres com HIV (aproximadamente 17% dos diagnósticos).
O HCV não é transmitido por aleitamento materno. Portanto, mulheres com hepatite C podem amamentar, desde que não tenham fissuras e sangramentos no seio.
Sintomas de hepatite C aguda são raros. Mas, quando há sinais da doença, os mais comuns são mal-estar, fadiga, dor abdominal, náusea e vômito. Os sintomas podem levar de 15 a 150 dias para aparecerem. A hepatite C crônica tem sinais semelhantes (quando a infecção não é assintomática) seguidos de icterícia, ascite e coagulopatia.
A hepatite C também pode ser aguda ou crônica. Inclusive, seu risco de cronificação (cerca de 80% do total de casos) é o mais elevado entre as hepatites virais. Além disso, o vírus HCV tem maiores chances de causar complicações como cirrose e câncer hepático, quando comparado aos outros vírus.
A hepatite C crônica é tratada com remédios antivirais pelo período de 8 a 12 semanas. O tratamento também segue as recomendações do Ministério da Saúde e deve ser realizado em unidade especializada de média ou alta complexidade no SUS. Ademais, é necessário suspender o consumo de álcool enquanto o vírus estiver ativo, pois isso aumenta as chances de cirrose. A infecção por HCV é curável em 50% a 80% dos casos.
As formas de prevenção da hepatite C são as mesmas da hepatite B. Isto é, não compartilhar agulhas, seringas, lâminas, alicates, cortadores de unhas, escovas de dentes etc. Outra medida importante é utilizar camisinha em todas as relações sexuais. Ainda não existe vacinação para o vírus HCV.
Se você esteve exposto aos vírus da hepatite recentemente, faça um teste laboratorial. Na Central de Consultas, é possível diagnosticar hepatites A, B e C com os seguintes exames:
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