Nos últimos anos o que mais se falou foi sobre a COVID-19, e o motivo é muito óbvio. Mas, agora, uma nova doença surge como uma preocupação ao redor do mundo: a Varíola dos macacos. Na pandemia, aprendemos a usar a higiene como uma arma poderosa contra o vírus. Entretanto, outra arma que precisamos levar como lição para usar nesse tipo de situação é muito importante – a informação. Pensando nisso, reunimos o que se sabe até o momento sobre essa variante da Varíola para você compreender o caso.
Continue lendo e entenda quais são seus sintomas, como ocorre o contágio e como se proteger da Varíola dos macacos.
O que é a Varíola dos macacos?
Essa variante da varíola normalmente é encontrada em países das Áfricas Central e Ocidental, principalmente em áreas de florestas tropicais. O primeiro caso dela foi identificado na República Democrática do Congo, em 1970, e desde então ela se tornou endêmica a uma série de países com clima semelhante ao Congo.
O quadro da doença no mundo vem sendo de surtos em diversos países. No Brasil, o primeiro caso surgiu no início de junho de 2022, em um homem de 41 anos que havia visitado Portugal e Espanha. Desde então, os médicos consideram como suspeita da doença qualquer pessoa, de qualquer idade, que apresente as bolhas características dessa varíola em países onde ela não é endêmica. Atualmente, em 21 de julho de 2022, já foram 592 casos confirmados no Brasil.
Como é o contágio
A Varíola dos macacos não é considerada uma doença com alto risco de contágio, ou seja, ela não é espalhada tão facilmente. Dessa maneira, o seu contágio ocorre através do contato com roupas ou tecidos contaminados por alguém que esteja com as lesões causadas pela infecção, ou com o contato com a tosse, espirro ou com as próprias feridas.
Até agora, não houve comprovação da possibilidade de que o vírus seja uma infecção sexualmente transmissível, mas provavelmente ocorra infecção na relação sexual devido à proximidade entre as pessoas na ocasião.
Sintomas da Varíola dos macacos
Na maioria dos casos os sintomas iniciais costumam ser febre, dor de cabeça, dores musculares e nas costas, gânglios inchados, calafrios, e exaustão. Em seguida, dentro de 3 a 20 dias após o começo da febre, há o aparecimento de bolhas na pele do paciente, normalmente pelo rosto e se espalhando para outras partes do corpo na sequência.
Essas lesões atravessam cinco estágios, que iniciam na coceira e depois formam feridas. Além disso, a doença dura em média de duas a três semanas.
Como se proteger
As medidas para a proteção contra essa doença incluem o uso de máscaras, a higienização das mãos e o distanciamento. Assim, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) reforçou essas medidas por suas eficácias também contra a COVID-19
Além disso, a OMS confirmou que a vacina para a Varíola tradicional também é eficaz contra a Varíola dos macacos. Entretanto, pessoas com 50 anos ou menos são mais suscetíveis, já que as campanhas de vacinação contra a doença estão interrompidas desde a sua erradicação que ocorreu em 1980.
Em função disso, está em pauta a discussão sobre o retorno dos reforços em campanhas para a vacinação contra a varíola, mesmo que a doença tradicional, que traz impactos muito mais severos do que essa variante, esteja erradicada.
Nos surtos atuais, a maioria das infecções têm sido leves. Entretanto, a doença pode ser mais grave em crianças pequenas, pessoas com sistema imune frágil e grávidas.
De modo geral, nos casos leves, a infecção passa por conta própria, o uso de antivirais pode ser positivo para os sintomas também.
Caso você apresente os sintomas da Varíola dos macacos, procure adotar o distanciamento social e faça o exame para conferir se possui a infecção.
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