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Cisto no ovário: quais tipos existem e quando pode ser câncer?

O cisto no ovário é uma bolsa cheia de líquido ou sangue (mas também pode ter outras composições). Essa protuberância, geralmente, é unitária e atinge apenas um lado da região ovariana. 

 

Mas, há casos específicos em que os dois ovários apresentam nódulos e existem diagnósticos de múltiplos cistos.

 

Os sintomas de cisto no ovário são variáveis dependendo do tipo de lesão. Inclusive, algumas dessas alterações ovarianas podem ser até assintomáticas. 

 

Já o tratamento é de acordo com a origem, tamanho e evolução do cisto e, às vezes, nem é necessário. Afinal, a maioria dos cistos nos ovários são benignos.

 

Hoje, citaremos os tipos de nódulos existentes e, no final, vamos apontar as diferenças entre cisto e câncer de ovário

 

Leia agora!  

 

TIPOS DE CISTO NO OVÁRIO

 

Os cistos nos ovários podem ser de diferente natureza e definição. Eles são classificados em:

 

  • Cisto folicular;
  • Cisto funcional de corpo lúteo;
  • Cisto de teca-luteína;
  • Cisto hemorrágico;
  • Endometrioma ovariano;
  • Cisto dermoide;
  • Cistoadenoma seroso e mucinoso;
  • Ovários policísticos.

 

Abaixo, descrevemos as características de cada um deles, confira:

 

Cisto folicular

 

O cisto folicular é o tipo mais comum de cisto no ovário e é benigno. Ele é encontrado em mulheres em idade fértil, geralmente, dos 15 aos 40 anos de idade. 

 

Seu surgimento está relacionado ao ciclo menstrual e à ovulação, portanto, não afeta mulheres na menopausa ou que usam anticoncepcional. 

 

Quando o folículo ovariano não expele o óvulo durante o período fértil, há o acúmulo de líquido em seu interior. 

 

Na maioria das vezes, essa protuberância é pequena e some, naturalmente, entre 4 e 8 semanas. Mas, caso o folículo cresça de forma anormal (podendo chegar até a 10cm), necessita de intervenção cirúrgica. 

 

O cisto é assintomático, geralmente. Entretanto, se houver rompimento, a mulher pode sentir dor intensa na região pélvica durante o ciclo menstrual. Contudo, após o rompimento, a ovulação volta ao normal.

 

O diagnóstico do cisto folicular pode ser feito em exame de ultrassonografia.

 

Cisto funcional de corpo lúteo

 

Outro cisto benigno muito comum. Corpo lúteo é o tecido que se desenvolve no ovário após a ovulação e produz progesterona para preparar a fecundação.

 

Quando o óvulo não é fecundado, o corpo lúteo diminui até desaparecer para, então, retornar só na próxima menstruação. Quando ele não regride e fica cheio de líquido ou sangue, forma-se o nódulo.

 

Assim como o folicular, o cisto de corpo lúteo não acomete mulheres na menopausa ou que usam pílula anticoncepcional. A ovulação é o fator que provoca essa anormalidade. Inclusive, remédios para tratar a infertilidade aumentam os riscos de formação do cisto. 

 

Essa bolsa cheia de líquido costuma afetar apenas um dos ovários e pode ter de 3 a 4cm de diâmetro. É difícil que o cisto de corpo lúteo cause complicações, pois ele regride de modo espontâneo em 3 semanas, normalmente. 

 

Mas, se houver aumento atípico no seu tamanho (cisto no ovário medindo 5cm ou mais), causa dor intensa na pelve. Esse nódulo, também, pode romper durante relação sexual e causar sintomas como febre, baixa pressão e batimento cardíaco acelerado. Nesse caso, a cirurgia é recomendada.

 

Mas, normalmente, o cisto funcional de corpo lúteo é assintomático e não necessita de tratamento.

 

Cisto teca-luteína

 

O cisto teca-luteína é o tipo mais raro. Ele ocorre devido à alta estimulação dos ovários, por isso, é encontrado em gravidez de gêmeos e gravidez molar. Usar medicamentos para estimular a fecundação também pode ser fator de risco.

 

Assim como outros cistos, também desaparece sem tratamento.

 

Cisto hemorrágico

 

Chama-se cisto hemorrágico a lesão de origem diversa (folicular, corpo lúteo, endometrioma etc.), que sofre complicação nos vasos sanguíneos. 

 

Esse nódulo é benigno e, comumente, some durante o ciclo menstrual. Porém, se crescer muito (mais de 5cm) pode romper e causar dor pélvica intensa no lado do ovário atingido. Assim, o tratamento do cisto hemorrágico no ovário pode ser cirúrgico, ainda que raramente. 

 

Endometrioma ovariano

 

Também conhecido como cisto endométrico ou cisto de chocolate, pode representar um estado profundo de endometriose. Esses cistos surgem na superfície ovariana, devido ao crescimento atípico do endométrio nos ovários (enquanto ele deveria crescer no útero).

 

O nome “cisto de chocolate” faz analogia ao líquido amarronzado no interior do nódulo. 

 

O endometrioma ovariano atinge mulheres jovens, em idade fértil. O diagnóstico é feito por ultrassom transvaginal

 

Seu principal sinal é a dor pélvica, também um dos sintomas de endometriose. Esse desconforto crônico ocorre na menstruação ou no ato sexual (quando pode sofrer rompimento), e agrava com o tempo.

 

É necessário cirurgia (laparoscopia) ou uso de remédio para dissolver o cisto no ovário

 

Cisto dermoide

 

O cisto dermoide (ou teratoma cístico maduro) é benigno na maioria dos casos. Ainda assim, o tumor tem de 1 a 2% de chances de evoluir para câncer.

 

Apesar de comum, esse cisto tem formação complexa por células germinativas e crescimento lento. Ao invés de líquido e sangue, pode conter pelos, gordura, cartilagem, músculos, dentes, fragmentos ósseos e tecido tireoidiano.

 

Ademais, o cisto dermoide pode chegar a um tamanho grande (de 5 a 10cm de diâmentro) e sofrer torção. Essas características provocam dor abdominal intensa e problemas urinários e digestivos. Portanto, a cirurgia de remoção é essencial (e urgente, quando há torção). 

 

O diagnóstico dessa lesão é feito por ultrassonografia transvaginal, mas exames como ressonância magnética e tomografia também podem ser feitos. A maior incidência da enfermidade é em mulheres de 20 a 40 anos.

 

Fibroma ovariano

 

O fibroma ovariano é um cisto comum na menopausa, mas raro em mulheres jovens. Seu tamanho é variado: pode ser microscópico ou volumoso. Em qualquer caso, retirar o cisto cirurgicamente é necessário.

 

Cistoadenoma seroso e mucinoso

 

O cistoadenoma cresce na superfície do ovário de mulheres com idade entre 20 e 50 anos. Ele é benigno e composto por líquido seroso ou aquoso. Também, possui divisões no seu interior, por isso é chamado de cisto multilocular ou cisto complexo. 

 

Os nódulos são de fácil identificação em ultrassonografias, pois podem chegar a grandes dimensões (até 20cm). A regressão natural não costuma acontecer, restando à mulher fazer cirurgia ou aspiração do cisto com agulha

 

O procedimento cirúrgico depende se a paciente está em idade fértil ou não. Para quem já entrou na menopausa, é recomendada a remoção do(s) ovário(s) afetados(s). Já para mulheres jovens, que planejam engravidar, busca-se preservar os ovários o máximo possível.

 

Essa enfermidade pode ser assintomática ou caracterizada por dor, alterações nos ciclos menstruais, problemas urinários e/ou digestivos e inchaço abdominal. 

 

Ovários policísticos

 

Quando os ovários aumentam o dobro de tamanho e apresentam pequenos cistos externos de 5 a 10mm, são considerados policísticos. Entre os sintomas dessa condição, o principal é o ciclo menstrual atrasado em até 3 meses. 

 

É associado à Síndrome do Ovário Policístico, doença que atinge o metabolismo, a fertilidade e outros aspectos.  

 

DIFERENÇA ENTRE CISTO E CÂNCER DE OVÁRIO

 

Uma das maiores dúvidas das mulheres é saber se o cisto no ovário é perigoso e maligno. 

 

Então, é necessário esclarecer que ter cisto no ovário não significa câncer. A maioria dessas lesões são benignas e apenas cerca de 1% delas evolui para tumor cancerígeno. Ainda assim, é importante ir ao ginecologista quando o nódulo crescer demais e estiver dolorido. 

 

Às vezes, câncer de ovário pode ser diagnosticado só quando a doença já está em estágio avançado. Isso acontece porque a neoplasia costuma ser assintomática no início. 

 

Por isso, fazer exames ginecológicos de rotina, como a ultrassonografia transvaginal é imprescindível. Nela, o médico pode observar alterações ovarianas e, a partir disso, pedir testes complementares para confirmar a malignidade do nódulo.

 

Os exames que confirmam o câncer de ovário são o CA 125 (exame de sangue) e a biópsia. Quando a amostra sanguínea da paciente apresenta o marcador tumoral CA 125 em níveis elevados, pode ser sinal de malignidade. 

 

Mas, então, quais são os sintomas de câncer de ovário? Bem, essa patologia pode ter algumas semelhanças com os cistos, porém, é mais intensa. Os principais sinais do tumor maligno são:

 

  • Dor pélvica (pode acontecer durante relações íntimas);
  • Sangramento fora do período menstrual;
  • Dor, inchaço e ascite (acúmulo de líquido) na região abdominal;
  • Compressão do estômago após as refeições;
  • Desconforto gastrointestinal (inchaço, constipação, gases, enjoo e diarreia);
  • Perda de apetite;
  • Emagrecimento;
  • Cansaço;
  • Dor nas costas;
  • Alterações no sistema urinário (como pressa para urinar e mudanças no volume de urina).

 

Quando o cisto não some espontaneamente e cresce de forma contínua e acelerada é um sinal de alerta. Ter essas características não significa câncer de ovário 100% das vezes, mas isso só poderá ser confirmado por um ginecologista. 

 

Além disso, é bom ficar de olho nos fatores de risco do câncer de ovário. São eles:

 

  • Idade superior a 40 anos;
  • Obesidade;
  • Dieta pobre em nutrientes;
  • Tabagismo;
  • Alcoolismo;
  • Histórico familiar ou pessoal de câncer de mama, ovário ou colorretal;
  • Alterações genéticas hereditárias;
  • Síndrome de Lynch;
  • Uso de medicamentos para fertilidade;
  • Alta exposição a estrogênio e progesterona na reposição hormonal;
  • Primeira gestação após os 35 anos ou ausência de gestação;
  • Primeira menstrual precoce (antes dos 12 anos);
  • Menopausa tardia (após 55 anos);
  • Contaminação por alguns tipos de vírus do HPV.

 

Se você tiver um nódulo e apresentar um ou mais fatores de risco para a doença, faça um acompanhamento ginecológico.

 

Não existem evidências científicas suficientes de que a endometriose e a Síndrome do Ovário Policístico causem câncer de ovário. Na verdade, a SOP está mais relacionada ao câncer de corpo uterino (principalmente, ao câncer de endométrio).

 

O tratamento do câncer de ovário é feito com quimioterapia, radioterapia ou cirurgia. O procedimento cirúrgico varia, dependendo da gravidade da doença. Mas, pode ser necessária a remoção de um ou dois ovários, de uma ou duas tubas uterinas ou do útero. 

 

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