A pré-eclâmpsia é uma complicação grave da gravidez caracterizada pelo aumento da pressão arterial e sinais de danos em órgãos, geralmente nos rins e fígado. Essa condição pode surgir após a 20ª semana de gestação e, se não tratada adequadamente, pode evoluir para eclâmpsia, uma forma ainda mais severa que pode resultar em convulsões e outras complicações graves para a mãe e o bebê. A pré-eclâmpsia é uma das principais causas de morte materna e complicações neonatais no Brasil, tornando seu diagnóstico e tratamento essenciais para garantir a saúde da gestante e do feto.
O que é Pré-eclâmpsia?
A pré-eclâmpsia é uma síndrome hipertensiva específica da gravidez, caracterizada por pressão arterial elevada (acima de 140/90 mmHg) associada a disfunção de órgãos maternos. Além da hipertensão, podem surgir proteínas na urina (proteinúria) e danos em órgãos como rins, fígado e cérebro. Essa condição pode ser leve, moderada ou grave, dependendo da progressão dos sintomas e do impacto na saúde materno-fetal.
Estudos indicam que a pré-eclâmpsia tem origem em uma disfunção da placenta, levando a uma resposta inflamatória exacerbada no organismo da mulher. Esse processo compromete o fluxo sanguíneo para o útero, podendo causar restrição de crescimento fetal, descolamento prematuro da placenta e, em casos graves, morte materna e fetal.
Sintomas e Sinais de Alerta
Os primeiros sinais da pré-eclâmpsia nem sempre são perceptíveis, razão pela qual o acompanhamento pré-natal é indispensável. Alguns dos sintomas mais comuns incluem:
- Pressão arterial elevada persistente (acima de 140/90 mmHg);
- Inchaço repentino no rosto, mãos e pernas;
- Dores de cabeça intensas e persistentes;
- Alterações na visão, como visão turva ou sensibilidade à luz;
- Dor abdominal intensa, principalmente na região superior direita;
- Náuseas e vômitos em estágios avançados;
- Redução da quantidade de urina eliminada ao longo do dia;
- Falta de ar devido ao acúmulo de líquido nos pulmões.
Caso a gestante apresente algum desses sintomas, é fundamental buscar atendimento médico imediato, pois a progressão da doença pode ser rápida e colocar a vida da mãe e do bebê em risco.
Pré-eclâmpsia e Hipertensão: Qual a Diferença?
A hipertensão gestacional ocorre quando há aumento da pressão arterial após a 20ª semana, mas sem a presença de proteinúria ou danos a outros órgãos. Já na pré-eclâmpsia, a hipertensão vem acompanhada de complicações que podem afetar diferentes sistemas do corpo.
Além disso, mulheres que já têm hipertensão crônica antes da gravidez podem desenvolver pré-eclâmpsia sobreposta, uma condição que exige monitoramento rigoroso e cuidados específicos para evitar complicações.
Diagnóstico da Pré-eclâmpsia
É realizado por meio de uma combinação de sinais clínicos e exames laboratoriais. Como a condição pode se manifestar de forma silenciosa nos estágios iniciais, o acompanhamento pré-natal regular é fundamental para a detecção precoce e para evitar complicações graves tanto para a mãe quanto para o bebê.
Critérios clínicos e exames laboratoriais
O principal critério para o diagnóstico é a pressão arterial elevada (≥140/90 mmHg) após a 20ª semana de gestação, em mulheres que anteriormente tinham níveis normais. No entanto, a presença de outros sinais e sintomas é crucial para confirmar a doença e avaliar sua gravidade.
Os exames laboratoriais desempenham um papel essencial nesse processo e incluem:
- Exame de urina: Detecta a presença de proteinúria (proteína na urina), um dos sinais clássicos do diagnóstico. Valores acima de 300 mg em 24 horas são indicativos da doença.
- Hemograma completo: Avalia possíveis alterações nas plaquetas e glóbulos vermelhos, ajudando a identificar complicações, como a síndrome HELLP (uma variação grave que envolve hemólise, enzimas hepáticas elevadas e baixa contagem de plaquetas).
- Exames de função renal: Medem os níveis de creatinina e ureia no sangue para verificar se há comprometimento dos rins, um risco comum na pré-eclâmpsia severa.
- Exames de função hepática: Avaliam os níveis de enzimas hepáticas (TGO e TGP) para detectar possíveis danos no fígado, especialmente em casos mais graves.
- Doppler da artéria uterina: Esse exame de ultrassonografia com Doppler avalia o fluxo sanguíneo na placenta e pode indicar se há risco aumentado de restrição do crescimento fetal ou complicações vasculares maternas.
Avaliação da gravidade e conduta médica
Com base nos achados clínicos e laboratoriais, a pré-eclâmpsia pode ser classificada como leve ou grave. Nos casos mais leves, por exemplo, o tratamento pode envolver monitoramento rigoroso, repouso e controle da pressão arterial. Por outro lado, nos casos graves, a internação hospitalar pode ser necessária para um acompanhamento contínuo da mãe e do bebê. Além disso, pode-se considerar a antecipação do parto caso haja risco iminente de complicações.
Por isso, gestantes devem realizar todas as consultas do pré-natal e relatar qualquer sintoma incomum, pois o diagnóstico precoce é a chave para um desfecho mais seguro tanto para a mãe quanto para o bebê.
Como Evitar a Pré-eclâmpsia?
Embora não seja possível prevenir completamente a pré-eclâmpsia, algumas medidas podem reduzir o risco de desenvolvê-la:
- Manter um pré-natal regular para monitorar a pressão arterial e a saúde materno-fetal;
- Controlar o peso e manter uma alimentação equilibrada, rica em frutas, legumes e gorduras saudáveis;
- Praticar atividades físicas leves com orientação médica;
- Evitar o consumo excessivo de sal para não sobrecarregar a circulação;
- Monitorar doenças pré-existentes, como diabetes e hipertensão crônica.
Diferença entre Pré-eclâmpsia e Eclâmpsia
A pré-eclâmpsia é uma condição caracterizada pelo aumento da pressão arterial e pela presença de proteína na urina (proteinúria) após a 20ª semana de gestação. Se não for controlada, pode evoluir para eclâmpsia, um estágio mais grave da doença que inclui convulsões e aumenta o risco de complicações para a mãe e o bebê.
Enquanto a pré-eclâmpsia pode ser identificada e monitorada por meio do pré-natal, a eclâmpsia representa um quadro mais crítico, podendo levar a perda da consciência e outras complicações graves. Por isso, o acompanhamento médico regular é fundamental para detectar sinais precoces e evitar a progressão da doença. Se você está gestante, manter um pré-natal bem estruturado pode fazer toda a diferença. Agende um Check-Up Pré-Natal na Central de Consultas e cuide da sua saúde e do seu bebê!
Pré-eclâmpsia Afeta a Gravidez e o Pós-parto?
Sim, pode afetar tanto a gravidez quanto o período pós-parto. Durante a gestação, por exemplo, pode levar ao parto prematuro, restrição de crescimento fetal e descolamento prematuro da placenta. Além disso, após o nascimento do bebê, algumas mulheres continuam apresentando pressão alta por semanas ou meses, o que exige monitoramento contínuo para, assim, evitar complicações cardiovasculares a longo prazo.
Além disso, mulheres que tiveram o diagnóstico possuem um risco aumentado de desenvolver hipertensão crônica e doenças cardiovasculares no futuro, tornando os cuidados médicos essenciais mesmo após o término da gestação.
Deixa Sequelas?
Em casos mais graves, pode deixar sequelas tanto para a mãe quanto para o bebê. Entre os principais riscos estão:
- Para a mãe: aumento do risco de doenças cardiovasculares, insuficiência renal, problemas hepáticos e maior probabilidade de desenvolver pré-eclâmpsia em futuras gestações.
- Para o bebê: prematuridade, baixo peso ao nascer, dificuldades respiratórias e maior predisposição a problemas neurológicos.
Por isso, o acompanhamento médico regular é indispensável para garantir uma recuperação completa e minimizar as consequências a longo prazo.
A pré-eclâmpsia é, portanto, uma condição grave que exige vigilância constante durante a gestação e no período pós-parto. Além disso, com diagnóstico precoce e acompanhamento adequado, é possível reduzir significativamente os riscos, promovendo, assim, a saúde e o bem-estar da mãe e do bebê. Por isso, se você está grávida ou planeja engravidar, é essencial contar com o acompanhamento de um ginecologista especializado para, dessa forma, garantir uma gestação tranquila e segura.
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