As infecções sexualmente transmissíveis (IST) são disseminadas por micro-organismos como vírus, bactérias, protozoários e artrópodes. O meio de contaminação principal é no sexo (vaginal, anal ou oral) sem camisinha. Mas, também há outras formas de contágio, como o contato sanguíneo e o parto normal.
As IST ainda são popularmente chamadas de doenças sexualmente transmissíveis (DST). Mas, o termo infecção é mais utilizado na medicina, pois nem sempre há sintomas nas pessoas contaminadas.
No artigo de hoje, vamos falar um pouco mais sobre as IST causadas por bactérias mais recorrentes:
- Sífilis;
- Clamídia;
- Gonorreia.
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Sífilis
A sífilis é uma IST bacteriana, causada por Treponema pallidum. Essa infecção possui 3 fases diferentes: primária, secundária e terciária. Há também um período quando a infecção é latente, isto é, assintomática.
A transmissão de sífilis ocorre nas relações sexuais desprotegidas e de mãe para filho, na gestação ou parto (sífilis congênita). A transmissibilidade é maior nas fases primária e secundária dessa IST.
As características da infecção variam de acordo com a fase em que ela se encontra.
O principal sintoma da sífilis primária é o surgimento de ferida no local contaminado (região anogenital ou boca, principalmente). Essa lesão é chamada de cancro duro, geralmente é unitária e não costuma apresentar pus, coceira, dor ou ardor. Se estiver localizada nos órgãos genitais, pode vir acompanhada de ínguas na virilha, que também não doem, coçam ou ardem.
O cancro duro surge entre 10 e 90 dias após a contaminação e desaparece sozinho. Mesmo assim, é altamente contagioso. Inclusive, a cicatrização da ferida não significa cura da sífilis. Depois que a erupção cutânea some, começa o segundo estágio da doença.
A sífilis secundária inicia entre 6 semanas e 6 meses após o cancro duro cicatrizar. Nessa fase, podem surgir sintomas como:
- Manchas (na mucosa bucal e na pele);
- Ínguas (axila e pescoço);
- Febre;
- Dor de cabeça, na garganta e nos músculos;
- Coceira;
- Vermelhidão na pele;
- Mal-estar;
- Aumento do fígado e do baço.
As manchas não costumam coçar e somem dentro de algumas semanas, mas são contagiosas.
Assim como na infecção primária, o desaparecimento dos sintomas não significa cura da sífilis. Pelo contrário, quando a IST está inativa, é chamada de sífilis latente. Isso quer dizer que mesmo assintomática, continua presente no organismo e pode ter recidiva.
A sífilis causa complicações sérias, que podem levar de 1 a 40 anos após o contágio para aparecer. Essa é a fase final, conhecida como sífilis terciária, com sintomas como dor de cabeça e epilepsia. O último estágio da infecção provoca:
- Lesões na pele;
- Complicações no sistema nervoso e no sistema cardiovascular;
- Cegueira;
- Meningite;
- AVC;
- Aneurisma;
- Paralisia.
A sífilis congênita causa aborto espontâneo e morte fetal. Ainda, provoca sequelas ao recém-nascido como má-formação, feridas corporais, pneumonia, cegueira, surdez, problemas nos ossos, deficiência mental e morte.
O diagnóstico da patologia é feito com exames laboratoriais, como VDRL. A sífilis tem cura e é tratada com antibióticos (principalmente com injeção, mas comprimidos orais podem ser utilizados também). A parceria sexual também deve realizar o tratamento completo, para evitar reinfecções.
Mulheres que já tiveram sífilis e estão completamente curadas podem engravidar sem problemas. Caso o diagnóstico seja descoberto durante a gestação, é necessário iniciar o tratamento o mais rápido possível.
É essencial fazer testes de IST antes e durante o pré-natal para impedir a transmissão vertical dessa e de outras patologias. Isso porque a sífilis aumenta os riscos de outras contaminações, como o HIV.
Quem tem sífilis pode amamentar porque a transmissão não acontece no leite materno.
Clamídia
Clamídia é uma IST causada pela bactéria Chlamydia trachomatis. O contágio também ocorre de mãe para o filho, durante a gestação e o parto.
A infecção atinge os órgãos genitais e a uretra, principalmente. Mas, pode afetar olhos, garganta e ânus e provocar doenças pulmonares.
O período de incubação da clamídia é de 15 dias, geralmente. Na maioria das pessoas (cerca de 70 a 80%), a infecção é assintomática. Os casos sintomáticos apresentam diferenças para mulheres e homens.
Os principais sintomas de clamídia feminina são:
- Corrimento vaginal claro ou amarelado;
- Coceira vaginal;
- Sangramento fora da menstruação (principalmente nas relações sexuais);
- Dor pélvica (ao urinar e/ou durante o sexo).
Já os sintomas de clamídia masculina podem ser:
- Corrimento uretral claro, esbranquiçado ou com pus;
- Dor e ardor ao urinar;
- Dor e inchaço nos testículos.
Nos dois sexos pode haver aumento da frequência urinária. A bactéria também causa irritação na garganta, em alguns casos.
Nas infecções na região anorretal, os sinais são sensibilidade, coceira, dor, secreção amarelada com pus e muco e sangramento anal.
A principal complicação da clamídia é a infertilidade. Nos homens, isso acontece quando a infecção atinge epidídimos e testículos.
Já nas mulheres, o risco é a doença inflamatória pélvica (DIP), também causada pela clamídia não tratada. A patologia é perigosa porque pode lesionar as tubas uterinas e o colo do útero, assim resultando em infertilidade.
Outro risco da infecção feminina é a gravidez tubária ectópica. Essa gestação acontece fora do útero (nas tubas uterinas), pode danificar órgãos e levar a mulher ao óbito.
Se não tratada, a clamídia ainda causa:
- Prostatite aguda (homens);
- Infecções nas tubas uterinas, ao redor do fígado e do peritônio (mulheres);
- Conjuntivite (homens e mulheres);
- Artrite reativa (homens e mulheres).
Assim como a sífilis, a clamídia também pode aumentar os riscos de infecção por HIV.
Na gestação, é possível que essa IST resulte em abortos espontâneos, endometrite e partos prematuros. Em recém-nascidos, a infecção pode provocar pneumonia e conjuntivite neonatal (que tem chances de causar cegueira).
Para diagnosticar a infecção bacteriana, exames ginecológicos ou urológicos são solicitados. Os médicos avaliam a secreção do corrimento e as células epiteliais do colo uterino, canal uretral ou canal retal. Exames de urina ou de sangue (como o IgM) também são necessários.
A clamídia tem cura. O tratamento é feito com antibióticos e, assim como na sífilis, deve incluir a parceria sexual. A razão disso é impedir a recidiva, principalmente durante a gestação.
Os testes de IST precisam ser refeitos ao fim do tratamento e em períodos como pré-natal, por exemplo. A clamídia pode estar associada a outras patologias, como a gonorreia. Por isso, é bom manter os cuidados preventivos mesmo depois de curar a infecção.
Leia mais: O que causa coceira vaginal e como tratar o problema
Gonorreia
É causada pela bactéria Neisseria gonorrhoeae, também chamada de gonococo. As formas de contágio pela gonorreia também são por via sexual e vertical, na gravidez ou parto. A amamentação não traz riscos. O tempo de incubação da bactéria é de uma semana, geralmente.
Essa IST pode afetar o colo do útero, uretra, reto, ânus, garganta e olhos.
Os sinais da patologia são diferentes na infecção masculina e feminina. Os sintomas de gonorreia nos homens são:
- Corrimento uretral com pus (amarelado ou amarelo-esverdeado);
- Ardor ao urinar;
- Dor e inchaço nos testículos.
Já nas mulheres, a infecção costuma ser assintomática. Quando há sintomas de gonorreia feminina, os principais são os seguintes:
- Corrimento vaginal purulento, amarelado ou amarelo-esverdeado;
- Dor pélvica, principalmente nas relações sexuais e na micção;
- Sangramento fora da menstruação.
Quando a infecção afeta a garganta (faringite gonocócica), dor e dificuldade para engolir são observadas. Já quando a bactéria atinge a região anorretal surge coceira, corrimento com muco e pus e sangramento anal.
Por sua vez, nos olhos pode haver conjuntivite gonocócica, caracterizada por secreção purulenta e inchaço nas pálpebras. Nos adultos, geralmente, apenas um olho é afetado. Já nos recém-nascidos, o problema atinge os dois olhos e pode causar cegueira.
Algumas complicações de gonorreia são semelhantes às de clamídia, mas também há diferenças. Sem tratamento, a infecção evolui para:
- Infertilidade;
- Doença inflamatória pélvica;
- Gravidez tubária ectópica;
- Prostatite;
- Artrite infeciosa (artrite séptica gonocócica) nos cotovelos, joelhos e tornozelos;
- Lesões com pus nas mãos e pés;
- Aborto espontâneo;
- Inflamação na próstata (prostatite), testículos (orquite), glande (balanopostite) e epidídimo (epididimite);
- Proctite (inflamação da mucosa retal);
- Meningite;
- Endocardite (inflamação das válvulas do coração);
- Osteomielite (inflamação dos ossos);
- Conjuntivite neonatal.
A gonorreia também aumenta os riscos de infecção por HIV.
O diagnóstico é feito com análise clínica dos sintomas e exames de urina e coleta de secreção.
A gonorreia tem cura e o tratamento é feito com antibióticos (comprimidos orais ou injeção). Contudo, existe o risco de reinfecção, além de contaminação por outras bactérias (como a clamídia, frequentemente associada ao gonococo). Por isso, fazer testes de IST regularmente é necessário. A parceria sexual também deve realizar a testagem.
COMO PREVENIR AS INFECÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS POR BACTÉRIAS
As IST são prevenidas com o uso de preservativos (masculinos ou femininos) durante todas as relações sexuais. Fazer testes de IST também é necessário sempre que surgirem sintomas ou que a pessoa estiver exposta ao risco. Outras razões para realizar os exames são:
- Evitar reinfecções após o tratamento de uma IST;
- Impedir a transmissão vertical (por isso, a testagem é importante antes e durante o pré-natal);
- Impedir a coinfecção por mais de uma IST (principalmente, clamídia e gonorreia que costumam estar associadas).
A parceria sexual também deve fazer a testagem, inclusive antes e durante a gestação.
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- Clamídia IgM;
- Sífilis/VDRL;
- Hepatite B/HBSAG;
- Hepatite C/Anti HCV;
- HIV.
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Lembre-se que é necessário procurar um médico ao surgirem sintomas de IST ou após o resultado positivo para uma infecção. O tratamento das infecções é muito importante para evitar recidivas, reinfecções, complicações e morte.
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