Pílula do dia seguinte: Como funciona e quando usar

A pílula do dia seguinte (PDS), também chamada de Anticoncepção de Emergência (AE), é um tipo diferente de método contraceptivo. O medicamento deve ser utilizado depois de uma relação sexual desprotegida apenas. 



A pílula do dia seguinte não substitui o uso regular de anticoncepcionais. Pelo contrário, ela é uma medida de exceção. Portanto, procure um ginecologista antes de tomar a anticoncepção de emergência e informe-se sobre modo de uso e possíveis reações adversas. Lembre-se que seguir todas as orientações médicas é um passo importante para que o medicamento funcione corretamente. 

 

Segundo dados do Ministério da Saúde, a eficácia da pílula do dia seguinte é de 75%, em média. Ou seja, ela impede três de cada quatro gestações indesejadas, geralmente. 

 

No artigo de hoje, vamos responder algumas das principais dúvidas sobre o medicamento:

  • Como a pílula do dia seguinte funciona?
  • Como usar a pílula do dia seguinte?
  • Quando tomar a pílula do dia seguinte?
  • A pílula do dia seguinte causa efeitos colaterais?
  • Quando não pode tomar a pílula do dia seguinte?

 

Continue a leitura abaixo para saber mais. 

 

COMO A PÍLULA DO DIA SEGUINTE FUNCIONA? 

 

A pílula do dia seguinte serve para impedir a fecundação do óvulo após uma relação sexual sem proteção. O fármaco faz isso de duas maneiras, de acordo com a etapa do ciclo menstrual.

 

Se a pílula for usada no início do ciclo (fase folicular, logo depois da menstruação), a ovulação será bloqueada ou adiada.

 

Mas, quando o medicamento é utilizado depois da fase ovulatória, sua ação é dificultar a mobilidade dos espermatozoides, deixando-os lentos. A pílula do dia seguinte também altera a capacitação espermática e torna o muco cervical mais espesso. Isso dificulta a migração do espermatozoide até o óvulo e, consequentemente, impede a fertilização.

 

A pílula do dia seguinte não é abortiva. Afinal, o medicamento age para que a fecundação não aconteça. Ou seja, depois que a gestação começa, ele não tem mais efeito. Portanto, se a mulher estiver grávida sem saber e tomar a pílula do dia seguinte, não há risco de aborto.

 

COMO USAR A PÍLULA DO DIA SEGUINTE?

 

Primeiramente, é necessário consultar um ginecologista para ter orientações básicas sobre a anticoncepção de emergência. O médico pode indicar a pílula do dia seguinte mais adequada para a paciente e explicar como e quando deve ser utilizada

 

O efeito do medicamento não dura por muitos dias. Então, até quantas horas depois da relação sexual a mulher pode tomar a pílula do dia seguinte? Bom, a resposta é variável, de acordo com as propriedades do fármaco.

 

Existem várias marcas de pílula do dia seguinte no mercado e há algumas particularidades dependendo da fórmula. Por isso, a orientação profissional é necessária para evitar erros e perda de eficácia do contraceptivo. 

 

Medicamentos com levonorgestrel devem ser usados até 72 horas (3 dias) após o sexo desprotegido. Já as pílulas com acetato de ulipristal podem ser utilizadas até 120 horas (5 dias) depois. 

 

Porém, é importante dizer que a eficácia da anticoncepção de emergência diminui com o passar do tempo. Então, o mais recomendado é tomar a pílula do dia seguinte até 12 horas após a relação sexual sem proteção

 

É possível tomar o medicamento com água ou alimentos. Dependendo da marca, a pílula do dia seguinte pode vir em dose única ou em cartela de dois comprimidos. Nesta última, as duas doses são necessárias. 

 

O recomendado é que a mulher tome um comprimido primeiro e, depois, aguarde 12 horas para tomar o outro. Mas, também é possível tomar as duas doses de uma vez só, para evitar o esquecimento da medicação.

 

QUANDO TOMAR A PÍLULA DO DIA SEGUINTE?

 

  • Casos de violência sexual;
  • Problemas com a camisinha masculina ou feminina (preservativo mal colocado ou furado);
  • Atraso ou uso irregular de injeção, adesivo, minipílula ou pílula anticoncepcional;
  • Diafragma mal colocado ou rompido;
  • DIU expulso do útero acidentalmente.

 

Para mulheres que utilizam anticoncepcionais de uso contínuo, pequenos atrasos já apresentam riscos de gravidez indesejada. O tempo de tolerância varia conforme o contraceptivo. 

 

Por exemplo, minipílulas (anticoncepcional oral com progesterona) devem ser tomadas diariamente em um horário específico. Como o uso do medicamento é regrado, se ocorrer atraso de 3 horas, é necessário utilizar a anticoncepção de emergência. Mas, lembre-se de que isso não deve ser feito com frequência e sem orientação médica. Afinal, a pílula do dia seguinte não substitui nenhum anticoncepcional de uso rotineiro e é tomada somente em situações excepcionais.  

 

Mulheres que usam diafragma ou camisinha podem precisar da anticoncepção de emergência em algumas situações. Por exemplo, quando o contraceptivo é mal colocado e sai do lugar durante a relação. Ou, então, quando o produto fura ou estoura. Por isso a importância do atendimento médico para orientação correta.

 

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Fazer testes de IST também é recomendado para mulheres que tomaram a pílula do dia seguinte porque a camisinha falhou ou não foi usada. Esse cuidado deve ser estendido ao parceiro sexual, inclusive. Lembre-se que os métodos anticoncepcionais impedem gravidez indesejada, mas, com exceção dos preservativos, não previnem infecções. 

 

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A PÍLULA DO DIA SEGUINTE CAUSA EFEITOS COLATERAIS?

 

O medicamento pode causar algumas reações adversas. Mas, estas são leves e não costumam trazer perigos à saúde quando a anticoncepção de emergência é usada adequadamente. Os possíveis efeitos da pílula do dia seguinte são:

  • Dor de cabeça;
  • Dores na barriga;
  • Cólicas menstruais;
  • Sensibilidade nos seios;
  • Cansaço;
  • Irritabilidade;
  • Tontura;
  • Náusea;
  • Vômito;
  • Diarreia;
  • Alterações no ciclo menstrual;
  • Pequenos sangramentos fora da menstruação.

 

Quando usado no início do ciclo, o contraceptivo pode causar sangramento escurecido, fora do período menstrual, ao longo do mês. A pílula do dia seguinte pode adiantar ou atrasar a menstruação em 5 a 10 dias também. Essas alterações são temporárias e, no mês seguinte ao uso do medicamento, o ciclo volta ao normal. 

 

É importante dizer que nem todas as mulheres que tomam pílula do dia seguinte têm algum efeito colateral. Também, é bom lembrar que o uso inadequado desse anticoncepcional pode aumentar as reações adversas.

 

QUANDO NÃO PODE TOMAR A PÍLULA DO DIA SEGUINTE?

 

Se a menstruação já está atrasada e há suspeitas de gravidez, a pílula do dia seguinte não deve ser tomada. Primeiramente, é preciso confirmar ou não a gestação, o que pode ser feito com o exame de sangue beta-Hcg e consulta médica. Caso o resultado do exame seja positivo, a anticoncepção de emergência já não tem mais efeito.

 

Quando a gravidez é confirmada, é necessário procurar um ginecologista e iniciar o pré-natal. Essa é a melhor forma de evitar complicações para a mãe e o bebê durante a gestação e o parto. Na Central de Consultas, é possível realizar todo o acompanhamento médico recomendado com consultas ginecológicas, obstétricas e pediátricas. Você também pode fazer os exames necessários com o Check-up Pré-natal, pacote com 12 testes laboratoriais, ecografia obstétrica e atendimento ginecológico. Para agendar suas consultas e exames, basta ligar para (51) 3227-1515 ou acessar o site centraldeconsultas.med.br.

 

Leia mais: Exame de gravidez beta-hcg: quando fazer e como saber o resultado

 

A pílula também não é recomendada para mulheres nos primeiros dias de amamentação. É mais indicado esperar 6 semanas após o parto para usar o medicamento composto por levonorgestrel (progesterona sintética). Consulte um ginecologista para tomar a anticoncepção de emergência com segurança durante a lactação. 

 

Existem outras circunstâncias em que o uso de pílula do dia seguinte deve ser discutido com um médico. Por exemplo:

  • Histórico de trombose ou embolia pulmonar;
  • Histórico de doenças cardiovasculares ou de dor no peito;
  • Histórico de doenças circulatórias;
  • Histórico de doenças hepáticas;
  • Histórico de câncer de mama ou câncer cervical;
  • Acidente vascular cerebral (AVC);
  • Doença vascular diabética;
  • Enxaqueca;
  • Pressão alta;
  • Sangramento no útero não identificado.

 

Agora que você já sabe tudo sobre a pílula do dia seguinte, chegou a hora de cuidar da sua saúde íntima. Agende uma consulta ginecológica e faça exames para infecções sexualmente transmissíveis.

 

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É necessário lembrar que os cuidados com a saúde íntima não são restritos às mulheres. Homens que tiveram relações sexuais desprotegidas devem ficar atentos aos riscos de IST, pois estas trazem complicações como infertilidade e câncer. Agende uma consulta urológica pelo site centraldeconsultas.med.br ou telefone (51) 3227-1515 e marque o seu Check-up também.

 

Não se esqueça que é importante usar a proteção adequada em todas as relações sexuais. Inclusive, para evitar gravidez indesejada pode ser mais seguro combinar dois métodos contraceptivos de uma vez. Essa responsabilidade é do casal e deve ser mantida sempre. Afinal, a pílula do dia seguinte é emergencial e não substitui os anticoncepcionais femininos e masculinos regulares.

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