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Infecções sexualmente transmissíveis por vírus

As infecções sexualmente transmissíveis (IST) podem ser causadas por vírus, bactérias, protozoários e artrópodes. O contágio ocorre em qualquer tipo de relação sexual desprotegida (vaginal, anal ou oral), no contato com secreções dos órgãos genitais. 

 

Há também outros modos de contaminação como nas transmissões congênitas (de mãe para filho), por contato sanguíneo ou por objetos contaminados. Características como sintomas, tempo de incubação e evolução do quadro clínico diferem de acordo com a infecção. 

 

As IST também são chamadas de doenças sexualmente transmissíveis (DST) popularmente. Mas, a palavra infecção é mais utilizada por profissionais de saúde. A explicação para isso é que algumas pessoas não apresentam sintomas (isto é, não estão doentes), mas podem transmitir os micro-organismos.  

 

Hoje, vamos falar sobre as IST causadas por vírus mais comuns:

  • HIV;
  • Hepatite B;
  • Hepatite C;
  • Herpes genital;
  • HPV.

 

Continue a leitura abaixo para saber mais. Aproveite e conheça o Check-up DST da Central de Consultas, exames para detectar infecções diferentes, por um preço acessível. Agende pelo site centraldeconsultas.med.br ou telefone (51) 3227-1515.

 

HIV

 

O HIV (Vírus da Imunodeficiência Adquirida) é um retrovírus que enfraquece o sistema imunológico. A transmissão pode ocorrer por via sexual, sanguínea ou vertical (de mãe para filho, na gestação, parto ou amamentação). O vírus não é transmitido por beijo, toque ou saliva.

 

Ainda não existe cura do HIV. Mas, a pessoa contaminada (soropositiva) pode viver normalmente desde que faça o tratamento com remédios antirretrovirais (ARVs). O uso contínuo da medicação impede a transmissão e reduz a carga viral até torná-la indetectável. Os fármacos também evitam complicações.

 

Em muitos casos, o HIV positivo é assintomático. Em outras pessoas, o tempo para sentir os sintomas é de 5 a 30 dias após o contágio.

 

Os sintomas de HIV são: 

  • Febre;
  • Fadiga; 
  • Sudorese noturna; 
  • Dores (cabeça, garganta, abdome);
  • Tosse seca; 
  • Perda de apetite e de peso; 
  • Náusea, vômito e diarreia;
  • Ínguas; 
  • Erupções ou pústulas vermelhas na pele; 
  • Assaduras; 
  • Feridas na boca e aftas; 
  • Língua esbranquiçada.

 

Sem tratamento, o vírus HIV evolui para AIDS (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida). O tempo para que isso aconteça varia, podendo ser de 2 a 15 anos após a infecção viral. 

 

No estágio da AIDS, o sistema imunológico do soropositivo já está bastante debilitado. Assim, surgem as doenças oportunistas. Algumas delas podem ser:

  • Sarcoma de Kaposi;
  • Linfoma não Hodgkin;
  • Câncer do colo do útero (câncer cervical);
  • Câncer anal;
  • Câncer de testículo;
  • Balanite;
  • Tuberculose;
  • Pneumonia;
  • Insuficiência respiratória aguda;
  • Hepatites virais;
  • Histoplasmose;
  • Neurotoxoplasmose;
  • Meningite.

 

Pessoas que tiveram relações sexuais desprotegidas ou tem suspeitas de infecção, devem fazer o teste de HIV rapidamente. Quanto mais cedo a IST for diagnosticada e tratada, menores são os riscos de complicações futuras. 

 

Também, é possível adotar medidas preventivas de urgência para impedir a proliferação do vírus no organismo. É o caso da PEP (profilaxia pós-exposição), conjunto de medicamentos antirretrovirais distribuídos gratuitamente pelo SUS. 

 

A pessoa exposta ao risco de contaminação, deve tomar os remédios por um período de 28 dias. O tratamento precisa ser iniciado até 72 horas após a possível contaminação.

 

Grupos de risco para o HIV também têm acesso a PrEP (profilaxia pré-exposição) no SUS. Nesse caso, os medicamentos ARVs são de uso diário e contínuo e protegem o organismo antes do contato com o vírus. 

 

Homens que fazem sexo com homens, transgêneros e trabalhadores sexuais podem usar PrEP. Pessoas que têm relações com soropositivos sem tratamento, têm IST frequentes ou usam PEP também podem recorrer à medicação. Saiba mais sobre a profilaxia pré-exposição no site do Ministério da Saúde.

 

Leia mais: Dezembro vermelho: Saiba como prevenir o HIV e a AIDS

 

Hepatite B

 

A hepatite B é transmissível pelo sêmen, secreções vaginais ou sangue contaminado pelo vírus HBV. O órgão mais atingido pela infecção é o fígado.

 

As formas de contágio são relações sexuais sem camisinha e compartilhamento de objetos perfurocortantes. A contaminação também pode ser vertical, de mãe para filho, na gestação e parto (não há transmissão pelo leite materno). O tempo de encubação do vírus pode durar de 1 a 4 meses. 

 

O vírus HBV até é encontrado na saliva, mas os riscos de transmissão são muito baixos. Geralmente, não há problema em compartilhar copos e talheres com pessoas infectadas. O contágio pelo beijo tem mais chances de ocorrer quando o indivíduo contaminado tem feridas abertas na boca.

 

A infecção por HBV é aguda ou crônica. Na hepatite B aguda, o vírus é eliminado do organismo espontaneamente em até 6 meses. Porém, isso é mais comum em pessoas que foram contaminadas na fase adulta.

 

Indivíduos que contraíram o HBV na infância têm mais chances de desenvolver a forma crônica da patologia. Sem tratamento, a hepatite B crônica pode evoluir para cirrose hepática, insuficiência hepática e câncer de fígado.

 

Os sintomas de hepatite B aguda são: 

  • Febre;
  • Tontura;
  • Cansaço; 
  • Perda de apetite; 
  • Dores (articulações, músculos e abdome);
  • Náusea, vômito e diarreia;
  • Urina escura; 
  • Fezes claras; 
  • Icterícia (pele e olhos amarelados). 

 

Contudo, em muitos casos, essa contaminação viral é assintomática.

 

Quando o HBV não é eliminado do organismo e a infecção chega ao estágio crônico, outros sinais aparecem. Os sintomas de hepatite B crônica são:

  • Aumento do baço;
  • Ascite (barriga d’água);
  • Encefalopatia hepática (perda da função cerebral porque o fígado não consegue eliminar as toxinas do sangue).

 

O diagnóstico de hepatite B é feito com exame para detectar o antígeno HBSAG. Se o resultado for positivo, testes complementares podem ser solicitados para identificar o DNA do vírus HBV. Quando a infecção é crônica e está em estágio mais avançado, uma biópsia do fígado pode ser necessária.

 

Na fase crônica, a hepatite B não tem cura, mas pode ser tratada com remédios antivirais. Assim, reduzem-se os riscos de complicações mais sérias e o indivíduo pode ter uma vida normal mesmo com o vírus. 

 

O tratamento de hepatite B crônica deve ser feito por toda a vida do paciente. Quando há complicações como cirrose, insuficiência hepática ou câncer, o transplante de fígado é necessário.

 

Para prevenir a transmissão do vírus HBV, existe a vacina para hepatite B distribuída pelo SUS. O esquema vacinal é completo em 4 doses e deve ser realizado nos primeiros meses de vida, preferencialmente. 

 

A primeira dose é aplicada entre 12 e 72 horas após o nascimento. As demais aplicações devem ocorrer aos 2, 4 e 6 meses de idade. 

 

A vacina também está disponível para qualquer faixa etária. Adultos ainda não vacinados (incluindo gestantes) devem se vacinar em 3 doses. O intervalo recomendado entre as aplicações é de 1 mês entre a primeira e segunda e de 6 meses entre a segunda e terceira. 

 

Hepatite C

 

Também atinge o fígado, mas é causada pelo vírus HCV

 

Apesar de também ser uma IST, a transmissão da hepatite C ocorre principalmente pelo sangue (agulhas e objetos perfurocortantes). Mais raramente ela acontece de mãe para filho, na gestação ou no parto e nas relações sexuais sem camisinha. A hepatite C não é transmitida por beijo, abraço, leite materno, saliva, água ou comida.

 

Assim, como a hepatite B, a hepatite C pode ser aguda ou crônica. Segundo o Ministério da Saúde, aproximadamente 80% das infecções por HCV são assintomáticas. Mas, quando surgem sintomas da hepatite C aguda, os mais comuns são:

  • Mal-estar; 
  • Febre; 
  • Cansaço; 
  • Dor muscular e abdominal; 
  • Perda da concentração; 
  • Náusea e vômito; 
  • Icterícia. 

 

Os sintomas de hepatite C grave são mais intensos e alguns são semelhantes aos da hepatite B. Os principais sinais desse estágio da infecção são os seguintes:

  • Perda de peso;
  • Ascite; 
  • Confusão mental; 
  • Comichão corporal;
  • Urina escura; 
  • Fezes claras; 
  • Inflamação dos vasos sanguíneos (crioglobulinemia).

 

Como a infecção quase sempre é silenciosa no início, ela só é diagnosticada na fase crônica, muitas vezes. O diagnóstico é feito com exame para detectar anticorpos anti-HCV. Se o resultado for positivo, o paciente deve fazer testes complementares para identificar a carga viral do HCV (HCV-RNA).

 

A hepatite C tem cura em mais de 90% dos casos. O tratamento da infecção é realizado com medicamentos usados por 8 a 12 semanas, geralmente. Quando não tratada, essa hepatite viral evolui para cirrose hepática, câncer de fígado e descompensação hepática. As complicações aparecem entre 20 e 30 anos após a contaminação viral.

 

Não existe vacina para hepatite C ainda. 

 

Herpes genital

 

O herpes genital é causado pelo HSV (vírus do herpes simples), principalmente pela variante tipo 2 (HSV-2). A contaminação no sexo desprotegido é a mais comum, mas também há a transmissão vertical na gestação, parto ou amamentação

 

Algumas pessoas têm infecção assintomática, enquanto outras apresentam alguns sinais. Os principais sintomas de herpes genital são as feridas, que surgem em uma ou duas semanas após a infecção. Elas podem estar localizadas na pele ou mucosas da região genital masculina ou feminina, região anorretal, coxas e boca. 

 

Inclusive, um herpes labial pode virar genital e vice-versa. Isto é, pode haver infecção cruzada entre duas variantes do vírus (HSV-1, labial, e HSV-2, genital) no sexo oral desprotegido. 

 

As feridas de herpes genital possuem algumas características específicas, como:

  • Começam como manchas vermelhas e, depois, transformam-se em pequenas bolhas com líquido dentro;
  • São doloridas;
  • Coçam, ardem e causam sensação de formigamento;
  • Dependendo de onde estão localizadas, causar dor na micção, evacuação ou relação sexual;
  • Também podem provocar sangramento no ato sexual, constipação e retenção urinária.

 

Existem outros sintomas de herpes genital, além das lesões cutâneas, como:

  • Febre e calafrios;
  • Mal-estar;
  • Fadiga;
  • Dores na cabeça e nos músculos;
  • Perda de apetite;
  • Ínguas na virilha;
  • Corrimento vaginal ou uretral.

 

As feridas desaparecem em 5 dias ou mais. As bolhas estouram, sangram, criam crostas na pele e depois cicatrizam. 

 

Mas, isso não significa que o vírus foi eliminado do organismo. Pelo contrário, o herpes apenas está inativo (remissão) e pode retornar no futuro (recidiva). A recidiva ocorre por baixa imunidade, estresse, uso de medicamentos, alterações hormonais e lesões na região das feridas cicatrizadas.

 

A principal forma de contágio do herpes genital é o contato com as feridas e suas respectivas secreções. 

 

Contudo, existe a transmissão assintomática, que ocorre pelos fluidos genitais, no sexo e no parto normal. Esse é o modo de disseminação do HSV pelas pessoas que nunca tiveram feridas ou que estão no período de remissão. O leite materno também pode transmitir o vírus, mas os riscos são bem baixos.

 

O diagnóstico da IST é feito com avaliação ginecológica ou urológica e exames específicos. O herpes genital não tem cura, mas pode ser controlado. 

 

O tratamento é feito com antivirais. Os remédios reduzem os sintomas, a carga viral do HSV e as recidivas. Gestante devem usar os medicamentos com acompanhamento de um ginecologista.

 

Se não for tratado, o herpes genital pode resultar em complicações como meningite, proctite e obstrução uretral. Em indivíduos imunocomprometidos, há o risco de inflamações graves nos olhos, esôfago, fígado, pulmões e sistema nervoso central

 

Na gestação, o contágio por HSV-2 é responsável por aborto espontâneo ou parto prematuro, muitas vezes. Recém-nascidos infectados podem ter sequelas cerebrais e há risco de morte

 

Leia mais: Herpes genital: Causas, recidiva e tratamento

 

HPV

 

O HPV (Papilomavírus Humano) é uma IST que causa verrugas na pele. O contágio acontece na relação sexual, mesmo sem penetração. A transmissão vertical (na gestação e no parto) ou por compartilhamento de roupas íntimas e toalhas é rara. 

 

A maioria das infecções é assintomática. As verrugas de HPV são encontradas em apenas 1% das pessoas infectadas, aproximadamente. Essas lesões também são chamadas de condiloma acuminado e surgem na região anogenital, virilha, coxas, pés, mãos, boca ou garganta. 

 

As verrugas costumam apresentar uma pequena mancha branca ou acastanhada e podem coçar. Os sintomas aparecem entre 2 e 8 meses após o contágio, geralmente. Mas, às vezes, só são identificados em exames, não sendo vistos a olho nu.

 

Existem mais de 150 variações do vírus do HPV. Pelo menos 12 variantes apresentam riscos de evolução para câncer. 

 

O vírus pode ser eliminado do organismo naturalmente. Mas, em alguns casos, a infecção persiste e o HPV pode causar tumores malignos, como: 

  • Câncer do colo do útero;
  • Câncer de vulva;
  • Câncer de vagina;
  • Câncer de pênis;
  • Câncer anal;
  • Câncer de orofaringe.

 

Além de cancro, outras complicações possíveis do HPV são lesões no sistema respiratório (incluindo em recém-nascidos infectados) e infertilidade.

 

Por ser uma infecção silenciosa, na maior parte dos casos, o diagnóstico da IST costuma ser tardio. Em mulheres, o HPV pode ser detectado em exames ginecológicos como o Papanicolau (exame citopatológico ou exame preventivo). O Papanicolau também identifica outras infecções sexualmente transmissíveis, como clamídia, gonorreia, sífilis e tricomoníase.

 

O tratamento de HPV pode ser feito com medicamentos ou cirurgia (cauterização química, cauterização eletroquímica, crioterapia ou cirurgia para retirada de tumor).   

 

Uma medida de prevenção contra o vírus é a vacinação, disponível no SUS. 

 

A vacina do HPV é destinada a grupos prioritários na saúde pública. Meninas (dos 9 aos 14 anos), meninos (dos 11 aos 14 anos) e pessoas imunossuprimidas (dos 9 aos 45 anos) têm direito à imunização gratuita. Nas clínicas particulares, indivíduos acima dos 9 anos podem se vacinar. O esquema vacinal é completo em duas ou três doses.

 

Leia mais: Câncer do colo do útero: HPV, exames preventivos e tratamento

 

COMO PREVENIR AS INFECÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS POR VÍRUS

 

A melhor forma de prevenir as IST é usando camisinha (feminina ou masculina) em todas as relações sexuais. Não compartilhar seringas, agulhas, objetos de manicure e pedicure, lâminas de barbear e escovas de dente é outro cuidado necessário.

 

É recomendado evitar o contato com feridas e cortes de pessoas com hepatites virais. Também, é importante não tocar nas feridas e secreções de herpes genital e nas verrugas de HPV. Inclusive, é bom não manter relações sexuais enquanto a pele ainda está com essas lesões para diminuir os riscos de transmissão. 

 

As vacinas de HPV e hepatite B são outros métodos preventivos eficazes. 

 

Por fim, fazer exames de IST regularmente contribui para a prevenção e diagnóstico precoce de diferentes patologias. É essencial realizar a testagem nas seguintes circunstâncias:

  • Depois de exposição a situações de risco;
  • Ao surgirem sintomas de IST;
  • Após o fim do tratamento de alguma IST;
  • Após a parceria sexual ser diagnosticada com IST; 
  • Antes de tentar engravidar;
  • Durante o pré-natal.

 

Na Central de Consultas, você pode fazer o Check-up DST. Um pacote promocional que inclui os exames:

  • Clamídia IgM;
  • Sífilis/VDRL;
  • Hepatite B/HBSAG;
  • Hepatite C/Anti HCV;
  • HIV.

 

Agende os exames pelo telefone (51) 3227-1515 ou pelo site centraldeconsultas.med.br.

 

Buscar atendimento médico também é necessário ao surgirem sintomas de IST ou após o resultado dos testes. Você pode agendar uma consulta ginecológica ou urológica na Central de Consultas, também pelo telefone ou site. Cuide da sua saúde íntima agora mesmo e tenha mais qualidade de vida!

 

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