Problemas de pele no verão: Insolação, queimadura e pele seca

Com o verão, passamos mais tempo expostos ao sol intenso. Os raios solares trazem benefícios para o organismo, como a absorção de vitamina D, essencial para ossos, dentes, músculos, órgãos e sistemas. Mas, o excesso de radiação ultravioleta também sensibiliza e inflama a pele.

 

Assim, surgem problemas dermatológicos como o ressecamento, além de condições mais graves como queimaduras e insolação. Além da exposição excessiva ao sol, calor intenso e desidratação corporal, comuns no verão, também danificam a barreira cutânea.

 

No artigo de hoje, falaremos um pouco mais sobre pele seca, queimadura de sol e insolação. Continue a leitura para conhecer causas, sintomas e tratamento dessas três condições.

 

Leia mais: Dicas de cuidados com a pele no verão 

 

PELE SECA

 

Por que acontece?

 

O ressecamento da pele no verão ocorre por vários motivos. O primeiro deles é que, no calor, a transpiração corporal é mais intensa. Quanto mais o corpo perde água, mais a pele fica desidratada. Ademais, junto com o suor são perdidos nutrientes que mantêm a proteção cutânea do rosto e do corpo.

 

A radiação solar mais intensa também é responsável por danificar a pele nesta estação. Além do ressecamento, os raios ultravioletas causam manchas, linhas de expressão e rugas.

 

A pele também fica seca no verão porque entra em contato com agentes externos irritativos com mais frequência. Como, por exemplo, cloro (e outros produtos químicos) na piscina, sal do mar e areia da praia. O uso de ar-condicionado contínuo por várias horas é outro fator que contribui para a desidratação cutânea

 

Algumas pessoas são mais vulneráveis a essa condição. É o caso de indivíduos com diabetes, hipotireoidismo e doenças dermatológicas crônicas (como psoríase). 

 

Ainda, alguns hábitos podem facilitar o aparecimento do problema, como tabagismo e consumo excessivo de álcool, cafeína e açúcar. O contato frequente com fumaças tóxicas (poluição, por exemplo) também reduz a hidratação facial e corporal.

 

Quais são as características da pele seca?

 

  • Aspereza;
  • Descamação;
  • Rachaduras;
  • Coceira;
  • Fragilidade e sensibilidade;
  • Falta de brilho e viço;
  • Perda de elasticidade;
  • Envelhecimento precoce;
  • Sensação de repuxamento;
  • Pode haver sensação de ardência.

 

Se a coceira for intensa, podem surgir feridas (o que é perigoso, pois são portas de entrada para infecções cutâneas). A pele ressecada também é mais vulnerável às queimaduras solares

 

Pessoas que têm a pele seca naturalmente podem ter a condição agravada no verão.

 

Como prevenir e tratar?

 

Redobrar os cuidados com a hidratação é o passo principal para combater o ressecamento cutâneo. Use creme hidratante para pele seca (preferencialmente a base de óleo e água), diariamente, no rosto e no corpo. Se o ressecamento for intenso, aplique várias vezes ao dia. 

 

É preciso ter cautela com a radiação UV também. Aplique protetor solar com, no mínimo, FPS 30, 30 minutos antes da exposição ao sol. Se você passar tempo prolongado no mar e na piscina ou se suar muito, reutilize o produto a cada duas horas

 

Use roupas leves, de algodão, além de chapéu e óculos escuros sempre que possível.  Lembre-se, também, de não pegar sol das 10h às 16h, faixa horária de raios solares intensos. 

 

Outros produtos importantes para esta época do ano são hidratantes pós-sol e sabonetes neutros, com o mesmo pH da pele. Não use cosméticos adstringentes, pois são muito agressivos em peles sensibilizadas pelo ressecamento. 

 

Para não danificar a barreira cutânea ainda mais, evite banhos quentes e demorados. Também, fique atento ao uso excessivo de sabonetes e lave o rosto apenas duas vezes ao dia. Para diminuir a irritação da pele (facial, principalmente), é possível usar água termal. 

 

A alimentação é outro fator importante para melhorar a hidratação e proteção cutânea. Prefira alimentos leves, como frutas, verduras e legumes. Para recuperar a nutrição da pele, coloque mais vitaminas (A, C, E e complexo B) e proteínas na sua dieta

 

E, claro, não esqueça de ingerir bastante líquido. Beba, no mínimo, 2L de água por dia. É possível consumir chás sem cafeína e sucos naturais também.

 

QUEIMADURA DE SOL

 

Por que acontece?

 

Os raios UVA e UVB são os principais responsáveis pelas queimaduras de sol no verão. A exposição solar sem proteção, em dias muito quentes e horários inadequados causa danos na pele a curto e longo prazo. 

 

A queimadura, de 1º ou 2º grau, é uma consequência mais imediata (pode ocorrer com apenas 15 minutos de radiação intensa). Mas, existem riscos de outros problemas sérios, como insolação e câncer de pele

 

Além dos raios de sol, algumas luzes artificiais podem queimar a pele. É o caso das câmaras de bronzeamento que, inclusive, aumentam as chances de tumores melanoma e não-melanoma surgirem. Equipamentos com lâmpadas solares também são perigosos, principalmente, se a exposição a eles for contínua. 

 

Há alguns fatores que facilitam o aparecimento de queimaduras solares. Como, por exemplo, ter pele muito clara (baixa produção de melanina), olhos claros, cabelos louros ou ruivos. Ter a pele sensível, ressecada ou muito fina (comum em crianças e idosos) são outras características de risco. 

 

A intensidade dos raios ultravioleta também acelera o aparecimento dessas lesões. Ela é medida com o índice UV, que, a partir do grau 11, é considerado extremo. No Brasil, é comum que a radiação solar atinja e ultrapasse esse nível no verão.

 

Quais são os sintomas?

 

  • Pele vermelha, quente e sensível ao toque;
  • Dor e sensação de ardor na região;
  • Descamação seguida de coceira intensa;
  • Pessoas de pele muito clara podem ter manchas amarronzadas ou pretas (manchas senis).

 

Os primeiros sintomas de queimaduras de sol podem surgir já 1h após a exposição. Porém, em algumas pessoas, as lesões levam até 3 dias para se manifestarem. O mais comum, entretanto, é que sinais de pele queimada surjam entre 12h e 24h após contato com radiação solar.  

 

Já a descamação, especificamente, ocorre no período de 4 a 7 dias depois de aparecer a queimadura. 

 

Quando a queimadura é de 2º grau, surgem sintomas mais graves, como:

 

  • Bolhas (podem ter líquido dentro e romperem sozinhas);
  • Feridas e úlceras;
  • Inchaço e dor intensa na área queimada;
  • Descamação de várias camadas da pele;
  • Desidratação;
  • Dor de cabeça;
  • Febre e calafrios;
  • Tontura;
  • Náusea, vômito e diarreia;
  • Cansaço e fraqueza;

 

Em casos raros, quando a região queimada é extensa, pode haver hipotensão severa (choque). Ainda, se a queimadura for muito grave, é possível que a condição evolua para insolação e necessite atendimento médico emergencial. Por isso, fique atento aos sinais como confusão mental, febre e dor de cabeça.

 

Em crianças, a pele queimada de sol traz consequências para o futuro (especialmente, se bolhas estiverem entre os sintomas). A exposição à radiação solar sem proteção na infância é uma das principais causas do câncer de pele melanoma. 

 

Leia mais: Como identificar e prevenir o câncer de pele?

 

Quando procurar um médico?

 

A queimadura solar tem cura e, se for leve, pode ser tratada em casa, dentro de 3 a 6 dias. Porém, ao surgirem bolhas na pele, é preciso buscar atendimento com dermatologista ou clínico geral

 

Não estoure as bolhas por conta própria, de maneira alguma, pois aumenta as chances de infecções cutâneas. Também, não puxe ou arranque a pele que está descamando. Tenha cuidado ao coçar a área queimada para não ferir e sangrar.  

 

Bebês, crianças e idosos são as populações mais vulneráveis às complicações de queimaduras, por terem pele mais frágil. Nesses casos, acompanhamento médico também é importante, mesmo que as lesões não sejam tão graves. 

 

Inclusive, atendimento médico é necessário quando a região afetada é muito extensa, ainda que a queimadura seja de 1º grau. Um dermatologista ou clínico geral também deve ser consultado se doenças de pele pré-existentes piorarem com a queimadura de sol. 

 

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Como tratar queimadura?

 

Para tratar a pele queimada, o médico pode prescrever medicamentos de uso oral (analgésicos e anti-inflamatórios) ou tópico (pomadas e cremes). 

 

Além disso, o paciente deve adotar alguns cuidados no dia a dia. Como, por exemplo, usar roupas de algodão (evitar peças de tecido sintético), repousar, ingerir muita água e tomar banhos frios. Na hora de secar o corpo, tenha cautela para não esfregar a pele sensibilizada com a toalha.

 

Outra medida essencial é usar hidratantes pós-sol com propriedades calmantes e naturais (camomila, aloe vera, calamina). Pasta d’água também é uma opção para aliviar o desconforto e ardência na pele sem bolhas. Contudo, somente passe algum produto no corpo frio. Caso a pele ainda estiver quente, faça compressas com água gelada nas lesões

 

Por fim, é necessário redobrar os cuidados com o sol para não piorar as queimaduras e cicatrizá-las logo. Use filtro solar diariamente, mesmo se estiver nublado. Também, utilize chapéus e óculos escuros. Prefira ficar em locais com sombra e não se exponha aos raios solares das 10h às 16h. Mesmo pessoas com pele escura devem adotar essas medidas de proteção.   

 

INSOLAÇÃO

 

O que é? 

 

A insolação é uma doença grave causada pelo calor e pode ser fatal. Por isso, necessita de atendimento hospitalar emergencial. 

 

O que acontece na insolação é um processo inflamatório intenso do corpo. A temperatura interna corporal fica muito elevada (40° ou mais), de forma súbita. Nessas condições, o organismo não consegue transpirar suficientemente e o corpo não perde calor na velocidade necessária. 

 

Assim, órgãos vitais como cérebro, pulmões, rins, fígado e coração sofrem disfunção. Além disso, também pode haver distrofia muscular e perda excessiva de água, nutrientes e sais minerais do corpo. Se a temperatura corporal for muito alta (acima de 41°C), é possível que sequelas nos órgãos e tecidos sejam permanentes. 

 

A insolação é provocada por excesso de exposição solar sem proteção, condições climáticas extremas (calor intenso e tempo muito seco) e desidratação, principalmente. Também, pode ser resultado de atividades físicas extenuantes em locais quentes, sem ventilação. Uso de muitas roupas ou vestimenta pesada em dias de alta temperatura é outra causa possível. 

 

Pessoas de qualquer idade e histórico clínico podem ter insolação. Entretanto, existe um grupo de risco para a doença. Crianças, idosos (principalmente, os sedentários e com problemas em órgãos vitais), pessoas com doenças crônicas (câncer, diabetes, hipertensão), pessoas com gastroenterites e imunocomprometidos (soropositivos ou transplantados) são mais vulneráveis.

 

Além disso, é uma condição que afeta atletas frequentemente. Isso ocorre porque esportistas fazem exercícios intensos, que podem levar a exaustão. Profissionais como bombeiros e metalúrgicos, por exemplo, também estão suscetíveis a insolação por usarem roupas muito pesadas em ambientes abafados. Ainda, trabalhadores em construções e ambulantes na praia também são grupos vulneráveis por ficarem muitas horas em exposição ao sol.

 

Existem alguns fatores de risco para a insolação, como uso de medicamentos anti-hipertensivos, diuréticos, antipsicóticos e antidepressivos. Ademais, o baixo consumo diário de água e excesso de cafeína e bebidas alcoólicas também facilitam o aparecimento da doença.  

 

Além de sequelas, a insolação pode provocar convulsões, coma e morte.

 

Quais são os sintomas de insolação?

 

  • Fortes dores de cabeça;
  • Tontura;
  • Febre alta;
  • Náusea, vômito e diarreia;
  • Confusão mental;
  • Visão embaçada;
  • Dor muscular;
  • Mal-estar;
  • Frequência cardíaca e respiratória aceleradas;
  • Sede intensa;
  • Temperatura de 40°C ou mais;
  • Pele quente e seca;
  • Queimadura e descamação;
  • Pode haver ausência total de suor.

 

A queimadura de insolação é mais severa que a queimadura solar comum, podendo ser de 2º ou 3º grau. Essas lesões atingem camadas profundas da pele e podem deixar marcas permanentes após a cicatrização. Também, facilitam o desenvolvimento de infecções e inflamações cutâneas.

 

Os sintomas usuais de insolação já são bastante sérios, devido a esta ser uma condição de saúde grave. Contudo, existem outros sinais que servem de alerta para possíveis complicações da doença. São eles: 

 

  • Dificuldades para respirar ou respiração rápida;
  • Palidez;
  • Lábios, mãos e pés arroxeados;
  • Fraqueza muscular;
  • Coordenação motora comprometida;
  • Desmaio ou sensação de desmaio iminente;
  • Convulsão;
  • Temperatura acima de 41°C.

 

O que fazer em caso de insolação?

 

Quando uma pessoa sofre insolação, é necessário chamar uma ambulância. Paralelo a isso, cuidados de primeiros socorros devem ser administrados:

 

  1. Leve a pessoa com insolação para um local à sombra, bem ventilado e sem aglomerações;
  2. Remova o máximo possível de peças de roupas do corpo do indivíduo;
  3. Deite a pessoa confortavelmente, mantendo a cabeça elevada;
  4. Ofereça líquidos frios ou gelados para beber (água, água de coco, sucos naturais, chás sem cafeína);
  5. Resfrie o corpo do indivíduo. Faça isso com:
  1. Banho de imersão frio (banheira, rio, lago etc.);
  2. Compressas de panos ou roupas encharcadas com água fria. Se possível, envolva o corpo inteiro da pessoa na compressa. Caso não seja, dê preferência a áreas como testa, pescoço, axilas e virilha;
  3. Borrifação de água fria, suavemente;
  4. Resfriamento evaporativo (borrifar água levemente morna e soprar ar com ventilador).

 

No hospital, o resfriamento corporal também é realizado, até a temperatura chegar a 39°C. Em alguns casos, o paciente recebe hidratação venosa com líquidos resfriados. O tratamento hospitalar da insolação é feito em unidade de tratamento intensivo (UTI).

 

Os sintomas de insolação duram de 2 a 4 dias. Mesmo após a recuperação, a temperatura corporal pode continuar oscilando por semanas até voltar ao normal.

 

O diagnóstico, geralmente, é feito apenas com a avaliação dos sintomas. Porém, às vezes, o médico pode solicitar exames para verificar possíveis sequelas. Alguns testes que podem ser realizadas são: hemograma, exame qualitativo de urina, raio X e teste de função muscular.

 

Lembrando que a doença precisa ser tratada imediatamente, pois pode causar danos irreversíveis aos órgãos vitais, coma e morte. 

 

A prevenção da insolação é feita com proteção solar (filtro FPS 30 ou maior, chapéus, roupas de algodão) e hidratação, principalmente. Evite ficar em carro fechado em dias muito quentes e não se exponha ao sol das 10h às 16h. Só faça exercícios físicos em ambientes bem ventilados ou ao ar livre e beba bastante água antes, durante e depois das atividades. 

 

Agora que você já conhece as causas e sintomas de ressecamento da pele, queimadura de sol e insolação, fique atento. Ao aparecerem os primeiros sinais de lesões cutâneas provocadas pelo sol, procure um médico. 

 

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