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O que causa coceira vaginal e como tratar o problema

A coceira vaginal (prurido vaginal) pode ser de dois tipos: externa ou interna. 

 

Quando a coceira é na área externa (vulva), geralmente, é resultado de alergias a substâncias químicas. Porém, pode estar relacionada a doenças de pele e até câncer. 

 

Já a coceira na parte interna (canal vaginal) pode ser decorrente de contaminação por fungos, bactérias, vírus e parasitas, incluindo IST. Alterações nos hormônios também são outras razões possíveis. 

 

As causas da coceira vaginal são variadas, mas, as principais são:

  • Candidíase vaginal;
  • Alergias e irritações;
  • Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST);
  • Vaginose;
  • Atrofia vaginal (vaginite atrófica);
  • Alterações hormonais (menstruação, gravidez, amamentação);
  • Câncer de vulva.

 

Mais abaixo, explicamos cada uma das causas citadas detalhadamente.

O tratamento da coceira na vulva ou na vagina é feito por um ginecologista, na maioria das vezes. Contudo, em alguns casos, pode ser necessário consultar médicos de outras especialidades.

 

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CAUSAS DA COCEIRA VAGINAL

 

Candidíase vaginal

 

Ocorre quando há crescimento exagerado do fungo Candida albicans na flora da vagina. Em condições normais, esse fungo vive em equilíbrio com bactérias benéficas (lactobacilos) na região. 

 

Porém, algumas alterações no organismo fazem com que o número de bactérias diminua. Isso permite que os fungos se proliferem sem impedimentos e ultrapassem a quantidade de lactobacilos na vagina. 

 

As principais causas da candidíase feminina são:

  • Alteração no pH vaginal;
  • Enfraquecimento do sistema imunológico;
  • Remédios antibióticos;
  • Uso excessivo de absorventes descartáveis;
  • Anticoncepcionais orais ou uso de hormônios;
  • Tabagismo;
  • Diabetes sem tratamento;
  • Fatores emocionais, como estresse.

 

Além de coceira, os sintomas de candidíase são inchaço, secreção, ardência e dor ao redor da abertura da vagina. O corrimento é branco, leitoso, volumoso e sem cheiro. Já as dores costumam ocorrer na micção e nas relações sexuais. 

 

O tratamento da candidíase é feito com remédios antifúngicos, na forma de comprimidos orais ou pomadas. Também é recomendado que a paciente adote alguns hábitos para combater e prevenir a doença. Como, por exemplo, dormir sem roupa íntima, lavar a região apenas com água e sabão neutro e parar de fumar. 

 

Além disso, é bom evitar o uso de absorventes descartáveis diários, fora da menstruação, pois deixam a região íntima abafada. É necessário ter cuidado com calças e shorts muito apertados também, que causam suor e facilitam a proliferação de fungos.  

 

Caso o desequilíbrio na microbiota vaginal seja causado por medicamentos, converse com o médico responsável pela prescrição do fármaco. Talvez uma substituição do remédio seja possível. Por fim, se o problema for estresse, inclua momentos de descanso e lazer na sua rotina. Se necessário, busque ajuda profissional e cuide de sua saúde mental com psicoterapia. 

 

Alergias e irritações

 

Existem vários tipos de produtos e substâncias que podem causar alergia na vulva (dermatite de contato). Alguns exemplos são:

  • Sabonetes perfumados;
  • Absorventes;
  • Amaciantes e sabão em pó;
  • Tecidos sintéticos;
  • Papel higiênico;
  • Látex da camisinha;
  • Géis lubrificantes com corante e perfume;
  • Produtos para depilação;
  • Cloro e produtos químicos semelhantes (piscina ou banheira);
  • Falta de higiene íntima;
  • Sêmen.

 

Geralmente, os sintomas de alergias surgem na vulva e não no canal vaginal. A coceira é um sinal dessas inflamações e costuma vir acompanhada de vermelhidão, inchaço e ardor. Além disso, como em outros processos alérgicos, podem surgir sintomas como lacrimejamento ocular, congestão nasal, dor de garganta e erupções cutâneas. 

 

O tratamento depende do agente causador do problema. O ginecologista pode prescrever remédios antialérgicos e corticoides, mas também é necessário fazer mudanças na rotina. Após descobrir a substância alérgena, evite o contato com ela. 

 

Utilize roupas íntimas de algodão e lave as peças apenas com água e sabão neutro (líquido ou em barra). A higiene da vulva também deve ser feita só com água e sabonete neutro (não use sabonete na área interna da vagina). 

 

É importante lavar a região externa diariamente e após o sexo. Evite banhos muito quentes para não irritar ainda mais a pele sensibilizada, principalmente se ela estiver ressecada ou descamando.

 

Caso você tenha alergia ao absorvente descartável comum, saiba que já existem outras opções no mercado prontas para uso. Por exemplo, coletores menstruais, absorventes de algodão ou calcinhas absorventes. 

 

Se não causar algum incômodo, o absorvente interno também é uma alternativa. Mas, lembre-se de trocá-lo a cada 4 horas, independentemente da intensidade do fluxo menstrual.  

 

Também, não esqueça de usar preservativos nas relações sexuais, mesmo que você tenha alergia à camisinha de látex. Atualmente, existem camisinhas feitas de materiais como poliuretano ou poliisopreno, que são seguros. Lembre-se que, no sexo desprotegido, é possível contrair infecções sexualmente transmissíveis, algumas delas doenças crônicas. 

 

O mesmo cuidado vale para os lubrificantes, que também são importantes para evitar IST. Esses produtos impedem fissuras na pele e rompimento dos preservativos durante a penetração, por isso devem ser usados sempre. Para evitar irritações, a recomendação é escolher camisinhas e gel lubrificante sem perfume e corante. 

 

Caso você tenha alergia a esperma e planeje engravidar, procure um ginecologista. Essa é uma condição rara, mas tratável. O médico pode prescrever medicamentos ou realizar tratamento de dessensibilização. 

 

Infecções sexualmente transmissíveis (IST)

 

A coceira vaginal pode ser sintoma de IST, como: 

  • HPV;
  • Herpes genital;
  • Clamídia;
  • Gonorreia;
  • Tricomoníase.

 

As formas de contágio são variadas, podendo ser virais, bacterianas ou parasitárias. Portanto, essas condições têm manifestação e tratamento diferentes. 

 

É possível que surjam verrugas (HPV) ou feridas e pequenas bolhas (herpes genital) na área genital e nas mucosas. Também, pode haver corrimento claro (clamídia, gonorreia), amarelado (clamídia, gonorreia, tricomoníase) ou amarelo-esverdeado (gonorreia, tricomoníase) com odor forte e desagradável. 

 

As IST também causam dor no baixo ventre, na pélvis e na vagina, especialmente ao urinar ou no ato sexual. Ainda, clamídia e gonorreia podem provocar sangramento fora da menstruação (na micção, principalmente) e desregulação do ciclo menstrual. 

 

Caso você tenha mantido relações sexuais desprotegidas, faça um teste de IST imediatamente. Algumas infecções são assintomáticas e, às vezes, a única forma de descobri-las é realizando a testagem. Ademais, com diagnóstico precoce fica mais fácil impedir complicações, como câncer do colo do útero, doença inflamatória pélvica e infertilidade

 

O tratamento é feito com remédios específicos para combater o agente infeccioso (antivirais, antiparasitários ou antibióticos). Além disso, é recomendado evitar relações íntimas enquanto durarem os sintomas e o período de transmissibilidade das infecções. 

 

Para a prevenção, é essencial usar preservativos (masculinos ou femininos) e lubrificante a base de água. Além disso, manter hábitos de higiene íntima é imprescindível para evitar proliferação de bactérias. O HPV também pode ser prevenido com vacinação, distribuída pelo SUS para grupos prioritários (pré-adolescentes, adolescentes e pessoas com HIV). 

 

Leia mais: Câncer do colo do útero: HPV, exames preventivos e tratamento

Herpes genital: causas, recidiva e tratamento

 

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Vaginose

 

É uma inflamação vaginal dividida em dois tipos: bacteriana e citolítica. Existem semelhanças entre a vaginose e a candidíase, pois ambas ocorrem quando há desequilíbrio na flora vaginal. O que muda é que, agora, são as bactérias que se multiplicam exageradamente.

 

Na vaginose bacteriana (VB), são várias bactérias que têm crescimento exacerbado, sendo predominante a Gardnerella vaginalis. Entre as causas dessa condição estão alterações hormonais, gravidez, sexo desprotegido, uso de DIU, ducha íntima frequente e uso de antibióticos.

 

Já na vaginose citolítica (VC), os lactobacilos é que proliferam em quantidade exagerada e aceleradamente. Isso provoca alteração no pH da vagina, que fica mais ácido do que o normal. 

 

Além de coceira, os dois tipos de vaginose causam corrimento abundante, contudo há diferenças nas secreções. Na vaginose bacteriana, o corrimento pode ser cinza, branco, amarelo ou amarelo-esverdeado, fino, aquoso e com odor intenso e desagradável. 

 

Por sua vez, na vaginose citolítica, o fluido é acinzentado, esbranquiçado ou amarelado, volumoso, com consistência leitosa e sem cheiro. Nesta inflamação, a secreção pode ser semelhante à da candidíase. 

 

Outros sintomas, como vermelhidão e ardor ao urinar também podem ocorrer nas vaginoses, mas são menos recorrentes. Inclusive, a ardência na micção é mais rara na inflamação bacteriana do que na citolítica.

 

Para o tratamento da vaginose bacteriana, o ginecologista indica antibióticos. Estes podem ser remédios em comprimido. Mas, também é possível usar creme e pomada para vaginose, para acabar com a coceira vaginal e o corrimento com odor.

 

Porém, para vaginose citolítica são recomendados banhos de assento com bicarbonato de sódio ou cremes vaginais com borato de sódio. O objetivo do tratamento é recuperar o equilíbrio do pH vaginal.

 

Atrofia vaginal (vaginite atrófica)

 

A vaginite atrófica é uma inflamação causada pela redução do hormônio estrogênio no organismo, comum na menopausa. Também, pode ocorrer no período pós-parto ou após uso de medicamentos para tratar câncer. 

 

A coceira na atrofia vaginal é consequência da secura da vagina causada pela redução dos níveis de estrogênio. Outros sintomas são vermelhidão e corrimento amarelado, fino, aquoso e com cheiro forte. A falta de lubrificação natural também pode causar dor e sangramento nas relações sexuais. 

 

É possível que surjam problemas urinários nas pacientes com vaginite atrófica. Como, por exemplo, dor e ardência ao urinar, incontinência urinária, micção urgente e frequente e hematúria (sangue na urina). 

 

Para o tratamento da atrofia vaginal, é necessário reposição hormonal de estrogênio no organismo. Isso pode ser feito através de cremes ou comprimidos. Ainda, é recomendado o uso de lubrificantes (para diminuir a secura vaginal) e podem ser prescritos analgésicos para aliviar dores. 

 

Alterações hormonais (menstruação, gravidez, amamentação)

 

As alterações dos hormônios progesterona e estrogênio durante o ciclo menstrual, gestação ou lactação também podem causar coceira vaginal. É que quando esses hormônios estão em baixa pode haver ressecamento na região, o que causa prurido. 

 

Essa condição desaparece em poucos dias e não traz graves problemas, portanto é diferente da vaginite atrófica. O médico pode recomendar o uso de lubrificantes. 

 

Câncer de vulva

 

O câncer de vulva é uma causa mais rara de coceira vaginal, mas, mesmo assim, é importante ficar de olho. O prurido é persistente e acompanha outros sintomas, como:

  • Feridas, caroços ou verrugas de superfície áspera (podem ser secretivas) na região externa da vagina. A cor dos nódulos é branca, rosa, vermelha, marrom escura ou preta;
  • Alteração na coloração e espessamento da pele da vulva;
  • Sangramento fora do período menstrual;
  • Dor (especialmente ao urinar) e sensação de queimação;
  • Sintomas que correspondem a regra “ABCDE”: nódulos assimétricos, com bordas irregulares, coloração disforme, diâmetro maior que 6mm e que evoluem de tamanho e aparência. 

 

O tipo de câncer de vulva com maior incidência é o carcinoma epidermoide, também chamado de carcinoma de células escamosas. Ele corresponde a, aproximadamente, 90% dos diagnósticos da doença. Outros tipos de cancro vulvar são adenocarcinoma, melanoma e sarcoma.

 

Os fatores de risco do câncer de vulva são idade acima de 70 anos, HPV (e complicações), HIV, líquen escleroso, doença granulomatosa crônica e tabagismo. Ter histórico de outros cânceres (principalmente, câncer do colo do útero e câncer de vagina) também aumentam as chances da neoplasia. O mesmo ocorre com o histórico de cancro na família. 

 

O tratamento é feito com oncologista, através de cirurgia para a retirada de nódulos. Também, podem ser realizadas quimioterapia e radioterapia. Quanto mais cedo for descoberto o diagnóstico, mais chances existem de cura. Assim, metástases são evitadas.

 

Leia mais: A importância dos exames preventivos para a saúde das mulheres

 

Depois de conhecer as causas e tratamentos para a coceira vaginal, é hora de cuidar da sua saúde íntima. Agende uma consulta ginecológica para fazer exames de rotina ou caso observe alguns dos sintomas mencionados no texto. 

 

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