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Herpes Genital: Causas, recidiva e tratamento

Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 417 milhões de pessoas no mundo têm herpes genital. Esses números foram observados na população com idades entre 15 e 49 anos.

 

Essa é uma das infecções sexualmente transmissíveis (IST) mais comuns e, às vezes, não apresenta sintomas. Porém, em alguns casos, resulta em feridas na pele, que podem espalhar-se e ressurgir de tempos em tempos, e afetam a autoestima. 

 

Então, já que estamos em dezembro vermelho, mês de combate às IST, trazemos hoje um texto sobre o herpes genital. Continue a leitura abaixo e conheça as causas e características dessa doença. Lembre-se, também, de cuidar da sua saúde em todos os meses do ano! 

 

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O QUE É HERPES GENITAL E QUAL É A CAUSA DA DOENÇA

 

O herpes genital é uma IST viral de alta prevalência. É causado pelo vírus do herpes simples (HSV). Existem oito variações do herpesvírus humano. A infecção genital corresponde ao tipo 2 (HSV-2), primordialmente. 

 

A principal forma de contágio é a relação sexual (vaginal, anal ou oral) desprotegida. Contudo, há também a transmissão vertical, quando a mãe contamina o filho durante a gestação, o parto ou a amamentação. 

 

Esse herpes pode deixar feridas nos órgãos anogenitais. A disseminação do vírus ocorre quando as lesões (e respectivas secreções) da pessoa infectada entram em contato com a pele do parceiro sexual. 

 

Mas, mesmo que não haja feridas, a contaminação ainda pode acontecer através dos fluidos dos órgãos genitais (durante o sexo ou parto normal). É a chamada transmissão assintomática, possível porque o herpes genital não tem cura e, uma vez infectado, o organismo não consegue expelir o HSV de seu interior. Ainda assim, é uma doença tratável e controlável.

 

SINTOMAS DE HERPES GENITAL

 

Os principais sintomas de herpes genital são as feridas. Estas são encontradas na pele e nas mucosas da região anogenital. Podem estar localizadas no prepúcio, glande, saco escrotal, uretra, clitóris, lábios da vulva, vagina e colo do útero. Também, podem surgir nas coxas, embora mais raramente.

 

Nas contaminações por sexo anal desprotegido, é possível que as lesões aparecem no reto, períneo ou ao redor do ânus. 

 

Já no sexo oral desprotegido, pode ocorrer infecção cruzada de duas variantes do vírus: HSV-1 (herpes labial) e HSV-2 (herpes genital). Ou seja, é possível contrair herpes tipo 1 nos órgãos genitais se estes tiverem contato com a variante. Por sua vez, também pode haver contaminação na boca e nos lábios por herpes tipo 2.

 

As feridas de herpes genital possuem um ciclo de desenvolvimento que funciona da seguinte maneira:

 

  1. No início, são manchas vermelhas;
  2. Depois, transformam-se em bolhas pequenas, com líquido dentro. Ficam agrupadas em forma de buquê na região anogenital e podem se disseminar;
  3. As vesículas estouram, há sangramento e formação de úlceras arredondadas;
  4. O líquido interno das bolhas rompidas cria uma crosta na pele;
  5. As lesões cicatrizam. 

 

Essas erupções cutâneas podem surgir em uma ou duas semanas após a infecção e demoram em torno de 20 dias para desaparecerem. Costumam ser doloridas e, ainda, provocam outros desconfortos na pele, como ardor, coceira e formigamento. 

 

Além disso, podem resultar em dor na micção e retenção urinária (lesões próximas à uretra) ou dor na evacuação e constipação (lesões anais). Feridas nas partes internas dos órgãos também podem causar incômodo e sangramento nas relações sexuais.

 

O herpes genital possui outros sintomas, como:

 

  • Febre e calafrio; 
  • Dores no corpo e dor de cabeça; 
  • Cansaço;
  • Perda de apetite;
  • Corrimento vaginal ou uretral; 
  • Surgimento de ínguas na virilha (aumento dos gânglios linfáticos).

 

Entretanto, é importante dizer que nem todas as pessoas que contraem o vírus apresentam algum sintoma (incluindo as feridas). Ainda assim, podem disseminar o HSV por meio da transmissão assintomática, porém é mais raro.

 

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INFECÇÃO PRIMÁRIA, REMISSÃO E RECIDIVA

 

Como mencionado anteriormente, o herpes genital não tem cura porque o HSV tipo 2 não é eliminado do organismo. Então, quem é infectado passa a conviver com o vírus para o resto da vida

 

Contudo, a doença não está sempre ativa, após a infecção primária e a cicatrização das lesões. Existem os momentos de remissão (quando o herpes está inativo) e recidiva (quando os sintomas reaparecem), que podem ser recorrentes ou não. 

 

As fases da infecção de herpes genital acontecem da seguinte maneira (em organismos imunocompetentes e que apresentam sintomas): 

 

  1. O indivíduo contrai o HSV, esta é a infecção primária;
  2. O vírus fica encubado por uma ou duas semanas, até aparecerem os sintomas;
  3. Surgem erupções cutâneas que viram bolhas, sofrem rompimento e cicatrizam;
  4. Depois disso, vem a etapa da remissão, quando os sintomas desaparecem e as chances de transmissão diminuem; 
  5. Por último, há a fase da recidiva, que pode acontecer a qualquer momento. É nela que as feridas ressurgem e os riscos de disseminação do HSV aumentam.

 

A primeira infecção é mais longa e agressiva do que as recidivas porque o organismo ainda não tem anticorpos para lidar com a doença. Mesmo assim, as lesões podem regredir espontaneamente (sem tratamento) nas pessoas sem doenças crônicas. Todavia, disseminam-se com facilidade no corpo de indivíduos com o sistema imunológico debilitado.

 

Apesar de o risco de transmissão diminuir quando as feridas estão cicatrizadas, ele não é nulo. Isso acontece porque HSV-2 e HSV-1 conseguem fazer suas próprias réplicas com o material celular fornecido pelo organismo contaminado.

 

Além do mais, depois da cicatrização das erupções, o vírus migra para as raízes nervosas e chega até um gânglio neural. Dessa forma, o sistema imunológico não consegue alcançá-lo e combatê-lo.

 

Mas, lembre-se, com o tratamento correto, o contágio passa a ser cada vez mais raro

 

PREVENÇÃO E TRATAMENTO DE HERPES GENITAL 

 

A melhor forma de prevenção do herpes genital é usar camisinhas (masculinas ou femininas) nas relações sexuais. Contudo, mesmo usando o preservativo corretamente, os riscos de transmissão do HSV-2 ainda existem

 

Isso ocorre porque algumas pessoas têm lesões onde a camisinha não consegue cobrir (coxas ou saco escrotal, por exemplo). Portanto, outros cuidados são imprescindíveis para diminuir o contágio do vírus. 

 

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Enquanto a pessoa estiver com feridas (infecção primária ou recidivas), é recomendado que evite ter relações íntimas de qualquer forma. Também, é importante não tocar nem tentar estourar as lesões, pois o líquido no interior carrega grade quantidade de vírus. Caso haja contato com essa secreção, é necessário lavar bem as mãos com água e sabão imediatamente.

 

Outro modo de diminuir a disseminação do HSV-2 é, assim que surgirem os sintomas, procurar um ginecologista ou urologista. Primeiramente, o médico fará o diagnóstico da IST (por meio de avaliação clínica, exame de cultura, PCR e sorologia). Depois, começará o tratamento medicamentoso com antivirais. 

 

Mesmo que o herpes genital não tenha cura, os remédios antivirais conseguem deixar o vírus adormecido, diminuindo as recidivas. Também, reduzem a intensidade dos sintomas e a capacidade de transmissão viral consideravelmente. 

 

O tratamento com medicamentos é indicado para grávidas, inclusive, desde que com prescrição e acompanhamento do ginecologista. É extremamente necessário que a gestante esteja atenta ao surgimento de quaisquer lesões no corpo. 

 

O herpes genital é tão perigoso na gravidez que pode causar aborto espontâneo e prematuridade. Por isso, se a mãe tiver recidiva do vírus até 6 semanas antes do parto, a cesariana é a opção mais segura. A razão disso é que, no parto normal, o neonatal tem contato com as secreções vaginais infectadas pelo HSV. Então, a cesárea reduz drasticamente os riscos de contágio que, embora não sejam nulos, tornam-se bastante raros.  

 

De qualquer modo, os cuidados com as feridas no dia a dia devem ser redobrados. Como, por exemplo, manter a região anogenital higienizada e as roupas íntimas e calças limpas e secas. Também é importante evitar o uso de sabão e bucha de banho diretamente nas erupções. Para aliviar a dor, podem ser feitos banhos de assento com água fria. 

 

O QUE PROVOCA A RECIDIVA

 

Existem alguns gatilhos para a recidiva de herpes genital, tais como:

 

  • Baixa imunidade;
  • Alterações hormonais;
  • Problemas emocionais;
  • Estresse;
  • Uso de medicamentos com corticoide;
  • Batidas e machucados nas regiões das feridas cicatrizadas;
  • Exposição ao sol das cicatrizes;
  • Febre;
  • Fadiga e cansaço.

 

A melhor maneira de manter a doença adormecida é procurar ajuda médica e iniciar o tratamento com medicações. As feridas são divididas em três categorias: erupções primárias (primeira infecção), erupções recorrentes (menos de 6 recidivas por ano) e erupções frequentes (6 ou mais recidivas anuais). O ginecologista ou urologista é quem irá determinar qual é o antiviral, a dose e a duração do tratamento necessários para cada paciente. 

 

Além disso, é importante conhecer os gatilhos que fazem os sintomas da doença ressurgirem e evitá-los.  

 

Agora que você já sabe mais sobre o herpes genital, o melhor a fazer é adotar hábitos de prevenção. Lembre-se, também, que é necessário estar sempre atento ao aparecimento de feridas ou qualquer alteração na região anogenital. 

 

Assim que surgir algum sintoma, procure um ginecologista ou urologista. Na Central de Consultas, você faz o agendamento com um profissional dessas especialidades quando for necessário. 

 

Além disso, não esqueça de investir na proteção contra outras infecções sexualmente transmissíveis, além do herpes genital. Nessa clínica popular, você pode realizar o seu Check-Up DST, um pacote promocional com 7 exames laboratoriais

 

Uma das melhores formas de proteger a sua saúde e a de outras pessoas contra as IST, é fazer testes sempre após a exposição ao risco. Ligue para (51) 3227-1515 ou acesse o site centraldeconsultas.med.br para agendar os seus exames. Cuide-se nesse dezembro vermelho e, também, no resto do ano! 

 

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