O DIU (dispositivo intrauterino) é um método contraceptivo com mais de 99% de eficácia. Trata-se de uma haste flexível em formato de “T” ou “Y”, que deve ser posicionada dentro do útero da mulher. O anticoncepcional pode ser hormonal (levonorgestrel) ou não-hormonal (cobre ou prata). É através da liberação de hormônios ou substâncias químicas […]
O DIU (dispositivo intrauterino) é um método contraceptivo com mais de 99% de eficácia. Trata-se de uma haste flexível em formato de “T” ou “Y”, que deve ser posicionada dentro do útero da mulher.
O anticoncepcional pode ser hormonal (levonorgestrel) ou não-hormonal (cobre ou prata). É através da liberação de hormônios ou substâncias químicas que o dispositivo altera a região uterina e impede a fecundação.
A eficiência do DIU é semelhante à da laqueadura tubária e do implante contraceptivo (Implanon). Ainda, é superior à da injeção (97%), pílula (94-97%), anel vaginal (91%), adesivo (91%), diafragma (88%), camisinha (79-85%) e esponja contraceptiva (76-88%).
Leia mais: Métodos contraceptivos além da pílula
No artigo de hoje, vamos falar um pouco mais sobre as características do dispositivo intrauterino. Também, explicaremos cada um dos 4 tipos de DIU:
Continue a leitura para saber mais.
Aproveite para cuidar da sua saúde íntima e agende uma consulta ginecológica. Na Central de Consultas, você escolhe o melhor dia e horário para o seu atendimento. Também, pode realizar exames como citopatológico, mamografia, ecografia transvaginal e vaginoscopia. Faça o agendamento de consultas e exames pelo site centraldeconsultas.med.br ou telefone (51) 3227-1515.
Mulheres de qualquer faixa etária (desde que estejam em idade reprodutiva) podem usar o dispositivo intrauterino, incluindo adolescentes. A primeira colocação do DIU deve ser realizada de 5 a 10 dias após o primeiro dia da menstruação, preferencialmente.
O DIU também é seguro depois da gestação, contudo, é necessário concluir o período de quarentena neste caso. Isso porque o útero leva 42 dias, em média, para voltar ao tamanho normal. Lactantes também podem utilizar esse método contraceptivo, sem problemas, pois ele não afeta o leite materno.
Porém, o DIU não é recomendado a todas as mulheres em idade reprodutiva. Há casos em que esse anticoncepcional não deve ser usado, como, por exemplo:
Há, ainda, contraindicações específicas para DIU hormonal e DIU não-hormonal, como as seguintes:
Leia mais: Câncer de mama: sintomas, tipos, tratamento e prevenção
Infecções sexualmente transmissíveis por vírus
Infecções sexualmente transmissíveis por bactérias
Todo o processo para colocar o dispositivo intrauterino é feito por um ginecologista. Primeiramente, o médico fará alguns exames na paciente para certificar-se de que é seguro optar por esse método contraceptivo.
O profissional pode realizar análise clínica em consultório, exame citopatológico (Papanicolau) ou ecografia transvaginal. Inclusive, a colocação do DIU é guiada por ultrassom em tempo real. Isso evita lesões no útero (perfurações) e mau posicionamento do dispositivo (que pode sair do lugar e perder a eficácia).
O processo para colocar o DIU leva poucos minutos e é feito em consultório, geralmente. Pode haver um pouco de desconforto e dor (semelhante a cólicas). Então, em alguns casos, é possível que o ginecologista recomende algum analgésico horas antes do procedimento ou use anestesia local.
No dia do procedimento, é recomendado repouso e pausa em atividades físicas extenuantes ou de carregamento de peso. Não manter relações sexuais também é indicado. Já no dia seguinte, é possível retornar às atividades de rotina, sem problemas.
Depois de colocar o DIU no útero, é possível que haja pequenos sangramentos irregulares (sangramento de escape). Isso ocorre entre os 3 e 6 primeiros meses de uso do contraceptivo. Passado esse período, é necessário procurar ajuda médica.
Após a colocação do dispositivo, a mulher deve continuar fazendo consultas ginecológicas e exames regularmente. Isso é necessário para verificar se há algum problema com o anticoncepcional e se é preciso ajustá-lo.
O DIU é reversível, pode ser retirado do útero quando a mulher quiser engravidar ou optar por outro método anticoncepcional. O dispositivo também precisa ser trocado a cada 5 (DIU de prata ou DIU hormonal) ou 10 anos (DIU de cobre).
Assim como outros métodos contraceptivos, o DIU não é abortivo. O dispositivo também não protege contra as infecções sexualmente transmissíveis, portanto deve ser utilizado junto com a camisinha (masculina ou feminina). O DIU é imperceptível nas relações sexuais e não causa desconforto na mulher ou na parceria.
Leia mais: Saúde da Mulher: como manter os cuidados?
Há 4 tipos de DIU e eles podem ser divididos em hormonais e não-hormonais da seguinte forma:
As chances de engravidar com DIU não-hormonal estão em torno de 0,6%. O número cai ainda mais com o DIU hormonal, que tem 0,2% de probabilidade de falha, aproximadamente.
Agora, vamos falar mais sobre as características dos 4 tipos de dispositivos intrauterinos. Continue a leitura abaixo.
É formado por um fio de prata revestido com cobre em formato de “T” ou “Y”. O DIU de cobre é o que tem maior durabilidade. O dispositivo é trocado a cada 10 anos, o que faz com que o custo-benefício seja uma das suas principais vantagens.
O funcionamento desse contraceptivo é bastante simples. Através do processo de ionização, pequenas quantidades de cobre são liberadas no útero. A presença do metal causa modificações na morfologia e revestimento do órgão, que dificultam a fertilização e desenvolvimento gestacional. Essas mudanças são:
As alterações citadas não causam prejuízos à saúde da mulher. Na verdade, elas apenas inibem a sobrevivência e mobilidade do espermatozoide, que não consegue fecundar o óvulo.
Por não conter hormônios, o DIU de cobre é seguro para mulheres que tem ou já tiveram câncer de mama. Apenas não é recomendado para quem tem alergia ao cobre ou acúmulo dessa substância química nos órgãos (doença de Wilson).
Usar esse método contraceptivo também não é a melhor opção para mulheres com fluxo menstrual intenso. Isso porque os poucos efeitos colaterais do DIU de cobre são aumento do sangramento menstrual e das cólicas. O DIU de cobre não costuma causar alterações no humor, na libido ou no peso.
Tipo de DIU que também possui cobre, mas combina-o com a prata. É uma alternativa para as mulheres alérgicas ao outro DIU não-hormonal.
A união com a prata também diminui os riscos de oxidação e fragmentação do cobre no organismo. Essa característica aumenta a eficácia do dispositivo e diminui as reações adversas.
O DIU de prata também tem outras particularidades, em relação ao modelo de cobre. Por exemplo, o tamanho um pouco menor e o fato de estar disponível apenas em formato de “Y”. São atributos que facilitam a inserção e remoção do contraceptivo no útero e reduzem as dores e desconforto desses procedimentos.
O funcionamento do dispositivo intrauterino de prata é semelhante ao de cobre. Ou seja, a liberação da substância química causa inflamações e alterações no endométrio e deixa o muco cervical mais espesso.
Como dito anteriormente, os efeitos colaterais são menores do que os provocados pelo DIU de cobre. Ainda assim, o DIU de prata pode causar leves cólicas menstruais e um ligeiro aumento no fluxo da menstruação.
Por não possuir hormônios na sua composição, é um anticoncepcional que não causa alterações no humor ou no desejo sexual. O DIU de prata também não costuma fazer a mulher engordar ou emagrecer.
Apesar de apresentar algumas semelhanças em relação ao dispositivo intrauterino de cobre, o DIU de prata tem durabilidade de 5 anos. Após esse período, o dispositivo deve ser trocado pois perdeu a eficiência.
O DIU Mirena, também chamado de SIU (sistema intrauterino) e DIU medicado, é um tipo de dispositivo intrauterino hormonal. Ele é feito de plástico, tem formato de “T” e é revestido por um hormônio sintético da progesterona, o levonorgestrel.
A liberação do hormônio no útero acontece aos poucos e serve para afinar e dificultar o crescimento do endométrio. O DIU Mirena também dificulta a mobilidade dos espermatozoides quando altera o muco cervical e o muco das tubas uterinas.
Além disso, o levonorgestrel tem uma outra função, diferentemente dos dispositivos não-hormonais. O sistema intrauterino também impede a ovulação da mulher. Por esse motivo, em alguns casos, a menstruação pode ser interrompida após 6 meses de uso do contraceptivo.
O DIU Mirena ainda causa outras alterações no clico menstrual, como diminuição do fluxo e das cólicas. Sendo assim, é uma alternativa para quem sofre com alguns problemas associados à menstruação, como: endometriose, adenomiose e miomas uterinos.
Inclusive, é possível que o ginecologista indique o contraceptivo como parte do tratamento de tais condições. Ademais, o DIU hormonal ajuda a prevenir contra o câncer de endométrio, devido à atuação do levonorgestrel na região uterina.
Apesar dos benefícios, o DIU Mirena pode ter alguns efeitos colaterais, como:
Entretanto, isso não quer dizer que uma mesma mulher terá todas essas reações adversas de uma vez. Apenas significa que são efeitos possíveis no uso do SIU.
Também, é importante dizer que a absorção de progesterona pelo organismo é menor com o DIU Mirena, comparado a outros anticoncepcionais. Essa é uma vantagem importante do dispositivo em relação aos demais métodos hormonais, como a pílula, por exemplo. Por isso, as reações adversas e os riscos de trombose são menores com o DIU hormonal.
O DIU Mirena também pode ser usado por até 5 anos, até necessitar de troca.
Também é um dispositivo hormonal, mas com o diferencial de ser em tamanho menor. Essa característica faz com que o DIU Kyleena tenha menor quantidade de levonorgestrel na sua composição.
A redução do hormônio resulta em diminuição dos efeitos colaterais. Além disso, o mini DIU hormonal não costuma interromper a menstruação. Por isso, a função dele é impedir a fertilização do óvulo, somente. Isto é, esse anticoncepcional não é utilizado para tratar endometriose, adenomiose ou miomas uterinos.
A aparência do DIU Kyleena é semelhante à do DIU Mirena (com exceção do tamanho): dispositivo de plástico, em formato “T”. Mas, também há algumas características específicas do mini dispositivo.
Algo que difere na composição do mini DIU hormonal é a presença de sulfato de bário. Isso permite que o contraceptivo seja detectado em ultrassom e raio X. Outra diferença é que o mini DIU possui um anel de prata na parte superior, algo que o Mirena não tem.
O DIU Kyleena é recomendado para adolescentes ou mulheres com o útero reduzido. O tempo de uso desse dispositivo também é de 5 anos, até precisar ser trocado.
Leia mais: 3 motivos para você realizar o seu Check-up mulher
Para decidir qual o melhor tipo de DIU para você, primeiramente, é necessário fazer uma consulta com ginecologista. Você pode agendar um atendimento ginecológico na Central de Consultas pelo site centraldeconsultas.med.br ou pelo telefone e Whatsapp (51) 3227-1515.
Além disso, você sempre pode fazer seus exames na Central de Consultas, mesmo quando o pedido médico foi gerado em outra clínica ou hospital. Ainda, é possível realizar o Check-up Mulher, pacote com 8 exames laboratoriais, citopatológico e consulta ginecológica por um preço promocional.
Para agendar exames e Check-ups também basta ligar para (51) 3227-1515 ou acessar centraldeconsultas.med.br.
Você ainda pode fazer uma assinatura Dr. Central e ganhar descontos em consultas presenciais, telemedicina, exames e compra de medicamentos. Tudo por apenas R$30,00 mensais com pagamento por cartão de crédito. Saiba mais sobre essa rede de benefícios pelo telefone (51) 3092-6060 ou Whatsapp (51) 99333-7860