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Câncer de mama: quais são os principais tipos desse tumor?

 

O câncer de mama é um dos tumores malignos que mais atingem mulheres no mundo. No Brasil, ele é o número dois em diagnósticos (atrás do câncer de pele não melanoma) e o número um em mortes.

 

Existem diferentes variações de cancro da mama, sendo os mais comuns o carcinoma ductal e o carcinoma lobular. Há ainda tumores raros, que podem ser mais difíceis de diagnosticar.

 

Portanto, a melhor forma de prevenir, identificar e tratar o câncer de mama com sucesso é realizando consultas e exames ginecológicos. É recomendado que as mulheres consultem com ginecologista anualmente, no mínimo. Também é importante fazer testes preventivos como a mamografia, destinada a pacientes com mais de 40 anos, geralmente.

 

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Fique atenta também a qualquer alteração nas mamas, como surgimento de caroços, inversão dos mamilos, saída espontânea de secreção ou sangue etc. Caso você note algum desses sintomas, procure um ginecologista o mais rápido possível. Afinal, o tratamento precoce aumenta as chances de cura da doença.

 

No artigo de hoje, falaremos mais sobre os principais tipos de câncer de mama, como você pode conferir abaixo:

  • Carcinoma ductal;
  • Carcinoma lobular;
  • Angiossarcoma da mama;
  • Câncer de mama inflamatório;
  • Doença de Paget da mama.

 

Continue a leitura para saber mais.

 

CARCINOMA DUCTAL

 

É o tipo mais comum de câncer de mama (chega a até 75% dos casos). A doença inicia nos ductos mamários, tubos presentes no interior da mama por onde o leite materno é transportado.

 

Os médicos dividem o carcinoma ductal em diferentes estágios (do 0 ao 4) de acordo com sua evolução. O tumor no estágio 0 também é considerado uma lesão pré-cancerosa e é chamado de carcinoma ductal in situ. Isto é, nessa fase inicial, as células cancerígenas ainda estão dentro dos ductos mamários (carcinoma intraductal), sem metástase.

 

Contudo, o carcinoma ductal in situ pode se tornar carcinoma ductal invasivo (carcinoma ductal infiltrante). Ou seja, quando o câncer de mama invade as paredes dos ductos e se espalha para outras partes do corpo.

 

Nesse caso, as células cancerosas se disseminam gradualmente: tecido mamário (estágio 1), linfonodos próximos (estágio 2), pele e músculos (estágio 3). Por fim, O câncer de mama pode se espalhar para outros órgãos e tecidos do corpo, causando metástase (estágio 4)

 

Se descoberto em fase inicial, o câncer de mama carcinoma ductal tem mais de 95% de chances de cura. Porém, sem diagnóstico e tratamento precoce, o tumor pode evoluir e os riscos aumentam. O carcinoma ductal pré-invasivo ou in situ tem melhor prognóstico (chega a até 98% de chances de cura).

Diagnóstico e tratamento

 

A mamografia é um exame que pode diagnosticar o câncer de mama, inclusive no estágio 0, antes do surgimento de nódulo. O caroço na mama geralmente aparece a partir do estágio 1, quando o câncer também pode ser identificado em raio-X.

 

O tratamento do câncer de mama depende da evolução da patologia. O carcinoma ductal in situ é tratado com cirurgia de retirada do tumor e de uma parte do tecido saudável ao redor. Esse tipo de cirurgia conservadora é chamada de quadrantectomia e preserva a maior parte do seio. Contudo, o tratamento para lesões extensas pode precisar de mastectomia (retirada total da mama) e remoção do linfonodo sentinela.

 

Já lesões cancerosas do estágio 1 ao 3 são tratadas com cirurgia (quadrantectomia ou mastectomia) associada a outros procedimentos. Por exemplo, radioterapia, quimioterapia ou hormonioterapia. No estágio 4 (câncer de mama metastático), quando o tumor atingiu outros órgãos, é realizado hormonioterapia ou quimioterapia.

 

É possível que o carcinoma ductal sofra recidivas (reaparecimento do câncer após o tratamento). Portanto, é necessário continuar o acompanhamento médico e monitoramento da doença mesmo após a remoção do tumor.

 

CARCINOMA LOBULAR

 

Câncer que se forma nos lóbulos mamários, as glândulas que produzem leite. É o segundo tipo mais comum de cancro da mama, chegando a até 15% dos casos.

 

Ao contrário do carcinoma ductal, o carcinoma lobular pode ser difícil de detectar na mamografia. Isso porque, neste câncer, as células cancerosas crescem em linhas, com vários focos espalhados pela mama (multicentricidade). Assim, as células só se interligam quando o cancro está em estágio mais avançado e formam um tumor com estrutura mal delimitada.

 

Então, como o nódulo demora a surgir, o carcinoma lobular pode passar despercebido. Portanto, é muito importante ter atenção a outros sinais como retração do mamilo e espessamento da mama. Ainda assim, o carcinoma lobular costuma causar menos sintomas do que o carcinoma ductal.

 

O câncer de mama lobular também é divido em graus (I, II e III). Quando descoberto precocemente, o tumor é curável em mais de 95% dos casos. Mas, com a evolução da doença, as chances de cura podem cair para até 50%. Há também o risco de metástase (carcinoma lobular invasivo), que pode atingir o aparelho urinário e digestivo.

Diagnóstico e tratamento

 

O tratamento do carcinoma lobular invasivo é feito com cirurgia. Esta pode ser quadrantectomia ou mastectomia, dependendo do tamanho da lesão. Em alguns casos, também é necessário realizar biópsia do linfonodo sentinela e, até mesmo, retirada total dos linfonodos axilares.

 

A radioterapia e a hormonioterapia são outros procedimentos que podem ser combinados à cirurgia. No entanto, a quimioterapia geralmente não é realizada no carcinoma lobular, pois o tumor é resistente ao tratamento.

 

Os médicos podem usar a mamografia para diagnosticar a doença, mas a ressonância magnética da mama é mais eficaz para identificar carcinomas lobulares.

 

ANGIOSSARCOMA DA MAMA

 

O angiossarcoma é um tipo raro de câncer de mama, chegando a menos de 1% dos casos da doença. O cancro tem origem nas células que revestem os vasos sanguíneos ou vasos linfáticos mamários. Esse tipo de tumor pode surgir em outros órgãos também, mas são mais frequentes nas mamas (cerca de 8% de todos os angiossarcomas).

 

Apesar de o câncer de mama geralmente atingir mulheres acima dos 50 anos, o angiossarcoma afeta mulheres mais jovens. Contudo, também é possível ter a doença na pós-menopausa ou durante a gravidez, com menos frequência.

 

Além disso, o angiossarcoma pode surgir como consequência de tratamento prévio de câncer mamário com radioterapia ou, menos recorrentemente, cirurgias. Nessas circunstâncias, os médicos diagnosticam angiossarcoma secundário, que pode surgir de 8 a 10 anos após tratamento oncológico.

Diagnóstico e tratamento

 

O médico pode diagnosticar um tumor com exames de imagem, como mamografia, ecografia ou ressonância magnética, acompanhados de biópsia.

 

Como o angiossarcoma é agressivo e tem rápido crescimento, o diagnóstico precoce é de extrema importância. É um tipo grave de câncer e, como também é raro, o tratamento e prognóstico são bem específicos para cada pessoa. Porém, assim como em outros tumores, a cirurgia pode ser realizada para remover o câncer de mama (quadrantectomia ou mastectomia). As chances de cura são maiores quando o diagnóstico e tratamento são realizados no estágio inicial da doença.

 

CÂNCER DE MAMA INFLAMATÓRIO

 

Outro tipo raro (de 1 a 5% dos casos da doença), que também atinge os vasos linfáticos. No câncer de mama inflamatório, as células cancerosas obstruem os vasos linfáticos da camada subcutânea da pele da mama. Assim, as células de defesa do organismo não conseguem circular. Como resposta ao problema, o corpo inicia um processo inflamatório. Portanto, surgem sintomas como calor, vermelhidão, inchaço e dor na mama.

 

É um tipo de câncer ductal invasivo, em estágio 3 (quando atinge a pele) ou 4 (quando disseminado para outros órgãos). Por essa razão, o câncer de mama inflamatório é agressivo, de crescimento acelerado e alta gravidade.

 

Além disso, como seus sintomas são mais específicos, o câncer de mama inflamatório pode não causar nódulo. Assim, essa característica atrapalha o diagnóstico, o que aumenta os riscos de metástase e dificulta o tratamento. Portanto, o prognóstico da doença pode ser pior, se comparado aos outros tipos de cancro da mama.

 

Outra particularidade é que o câncer de mama inflamatório atinge com mais frequência mulheres jovens, obesas e negras. Ademais, é um tumor que pode surgir em homens também, embora isso seja mais raro. Como dito anteriormente, a inflamação tem alto risco de disseminação. Isso ocorre primeiro na axila (gânglios axilares) e pode atingir órgãos distantes também (metástase à distância).

Diagnóstico e tratamento

Para diagnosticar câncer de mama inflamatório, os médicos devem realizar mamografia e outros exames de imagem, seguidos de biópsia. Esta é importante para avaliar se há metástase e quais são as características do tumor. Já o tratamento precisa ser agressivo e, na maioria das vezes, combina quimioterapia, mastectomia radical e radioterapia.

 

DOENÇA DE PAGET DA MAMA

 

Também chamada de Doença de Paget do mamilo, é um tipo de carcinoma ductal. Ou seja, as células cancerosas saem dos ductos mamários e infiltram o tecido do mamilo e seus arredores (aréola).

 

A Doença de Paget é um tipo raro de câncer de mama (corresponde a 1 a 4% dos casos, aproximadamente). Geralmente, trata-se de um carcinoma ductal in situ, que atinge apenas um mamilo e aréola. Entretanto, em alguns casos, pode estar associado ao carcinoma ductal invasivo. Inclusive, a maioria das mulheres com Doença de Paget apresenta um segundo tumor, que pode ser localizado ou infiltrante. Em alguns casos, o segundo tumor está localizado na mesma mama.

 

Como é um câncer que afeta mamilos e aréolas, os sintomas ficam concentrados nessas regiões. Alguns sinais da Doença de Paget são inversão mamilar e saída de secreção amarela ou sanguinolenta. Além disso, pode haver coceira, ardor, vermelhidão e descamação da pele do mamilo e de seu entorno.

 

Como a Doença de Paget costuma surgir simultaneamente a outro tumor, o diagnóstico precoce é muito importante. O diagnóstico precoce do câncer de mama permite o tratamento adequado, que pode resultar em cura em mais de 95% dos casos. A mamografia é um exame eficaz para identificar a doença, mas a biópsia é necessária para verificar a disseminação do câncer.

Diagnóstico e tratamento

 

O tratamento da Doença de Paget depende da quantidade de tumores. Em casos de câncer na mama sem outro tumor, o médico remove o mamilo e a aréola. Em casos de câncer com outro tumor, o médico realiza os procedimentos necessários de acordo com o tipo de tumor (in situ ou invasivo). Alguns tratamentos possíveis são cirurgias, quimioterapia, radioterapia e hormonioterapia.

 

Leia mais: Outubro Rosa: como prevenir o câncer de mama?

 

AGENDE UMA CONSULTA DE GINECOLOGIA

 

Caso você observe qualquer alteração em uma ou duas mamas, mamilos ou aréolas, procure um médico ginecologista. Alguns sinais que merecem precaução são:

  • Caroço na pele do seio, região do mamilo ou axila;
  • Vermelhidão, queimação, descamação, coceira e aumento da sensibilidade da mama;
  • Enrugamento, espessamento e alteração no contorno e tamanho da mama;
  • Inversão dos mamilos;
  • Saída espontânea de secreção branca, amarela ou vermelha dos mamilos.

 

Essas são características que merecem atenção de mulheres e homens. Afinal, também existe o câncer de mama masculino, ainda que seja uma condição rara. Fique atento ainda aos fatores de risco da doença, como:

  • Idade avançada (mais de 50 anos);
  • Histórico familiar de câncer de mama em parentes de primeiro grau (mãe, irmã ou filha);
  • Histórico familiar de câncer de mama masculino;
  • Histórico familiar de câncer de ovário;
  • Histórico pessoal de câncer de ovário ou de outro câncer de mama;
  • Histórico pessoal de tratamento oncológico com radioterapia;
  • Exposição prolongada à radiação ionizante no tórax;
  • Alcoolismo, tabagismo, sedentarismo e obesidade;
  • Doença de Klinefelter (para o câncer de mama masculino).

 

Lembre-se ainda de fazer consultas ginecológicas e exames de rotina. Na Central de Consultas, você marca um atendimento de Ginecologia pelo site centraldeconsultas.med.br ou telefone e WhatsApp (51) 3227-1515.

 

Aproveite também para fazer sua mamografia bilateral ou mamografia digital. O exame é bienal para mulheres de 40 a 69 anos, sem fatores de risco para a doença. Mulheres do grupo de risco devem realizar o teste anualmente desde os 35 anos de idade. Saiba mais sobre esses e outros exames em centraldeconsultas.med.br/exames/saude-da-mulher.

 

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