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Hemorroida: o que é, quais os sintomas e como tratar

Hemorroidas são veias inflamadas e dilatadas no ânus e no reto. É um problema que atinge muitas pessoas e, dependendo do grau da doença, até demora para ser percebido. 

 

Além disso, pode causar constrangimento. Mas, não é preciso ter vergonha nem sofrer com o desconforto da patologia. A hemorroida é curada facilmente com remédios, procedimentos médicos em consultórios ou cirurgias. Basta procurar um proctologista. 

 

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Continuando a leitura, você vai saber mais sobre as causas, sintomas, tratamento e prevenção da hemorroida. Confira!

 

O QUE É HEMORROIDA?

 

A hemorroida, também chamada de doença hemorroidária ou variz anal, é uma patologia comum em adultos de meia-idade e idosos. 

 

Na porção final do sistema digestório, estão localizados reto e ânus. A região anorretal é bastante vascularizada, com pequenos vasos sanguíneos chamados de veias hemorroidais. Em condições normais, essas estruturas vasculares dilatam e retraem naturalmente para a passagem das fezes. 

 

Mas, quando há pressão excessiva nas veias durante a evacuação, a drenagem de sangue da região fica comprometida. Assim, os vasos sanguíneos não conseguem voltar ao normal após dilatarem e surge uma hemorroida. 

 

CARACTERÍSTICAS DAS HEMORROIDAS EXTERNAS E INTERNAS 

 

As hemorroidas são veias dilatadas, inchadas, inflamadas e tortuosas. Elas têm o aspecto de pequenas bexigas, que podem ser flácidas. Esses vasos sanguíneos doentes podem ser comparados às varizes, pois também impedem a circulação sanguínea. Portanto, assim como nas varizes comuns, existe o risco de uma hemorroida sofrer trombose.  

 

A doença hemorroidária pode ser externa ou interna.

 

A hemorroida externa surge na parte de fora do ânus ou na abertura anal e é recoberta por epitélio escamoso. É um caroço no ânus facilmente visível que pode ser sentido no toque. 

 

Já a hemorroida interna é recoberta por mucosa e localiza-se dentro do canal anal ou no início do reto. Por esse motivo, pode ser identificada apenas em estágios mais avançados. 

 

As hemorroidas internas são divididas em 4 graus:

 

Grau I: Não existe prolapso. Isto é, nenhum nódulo sai do interior do canal anal. Podem não haver outros sintomas também ou apenas sintomas leves de doença hemorroidária;

Grau II: Acontece prolapso durante a evacuação, mas depois a hemorroida retorna para o interior do ânus naturalmente. Outros sintomas começam a aparecer, mas pode não haver dor ainda;

Grau III: Os nódulos não retornam ao interior do canal anal naturalmente, mas é possível empurrá-los com os dedos. Os sintomas mais comuns de doença hemorroidária já estão presentes;

Grau IV: As hemorroidas estão permanentemente prolapsadas e expostas. Os nódulos não retornam para a parte interna do ânus quando são empurrados manualmente. Os sintomas da doença são mais intensos e é possível que surjam hemorroidas externas também.

 

As hemorroidas externas e hemorroidas internas de grau III e IV são as mais dolorosas e desconfortáveis. 

 

O QUE CAUSA HEMORROIDA?

 

  • Constipação, esforço intenso para evacuar e fezes endurecidas;
  • Diarreia crônica;
  • Infecções anais;
  • Dieta pobre em fibras e pouca ingestão de água;
  • Ignorar a vontade de evacuar;
  • Predisposição genética.

 

A principal causa da hemorroida é a constipação. O indivíduo com prisão de ventre faz mais esforço para evacuar, aumentando a pressão das veias hemorroidais. Além disso, nessa situação, as fezes costumam ser duras e secas, o que também implica em maior esforço na defecação. 

 

A constipação é multifatorial e pode estar relacionada ao uso de medicamentos, fatores emocionais ou doenças colorretais. Porém, a razão mais comum desse distúrbio intestinal é a baixa ingestão de fibras e de água. Uma pessoa também pode ficar constipada por, frequentemente, deixar de evacuar quando sente vontade.

 

Além da constipação, outra causa comum das hemorroidas é a diarreia crônica. Ou seja, fezes líquidas ou evacuação constante (várias vezes ao dia), por mais de 4 semanas. É uma condição que irrita a mucosa anal e, consequentemente, pode inflamar e dilatar os vasos da região.

 

A doença hemorroidária também pode ser motivada por predisposição genética. Contudo, mesmo pessoas que não tenham casos dessa patologia em parentes próximos podem desenvolvê-la. 

 

Existem, ainda, fatores de risco para hemorroida, como:

 

  • Obesidade;
  • Sedentarismo;
  • Tabagismo;
  • Gravidez;
  • Cirrose hepática;
  • Idade avançada;
  • Carregar muito peso com frequência.

 

Algumas situações pressionam intensamente as veias do abdome ou da pelve, aumentando as chances de desenvolver ou piorar hemorroidas.

 

É o caso da obesidade (pressão do peso corporal) e gravidez (pressão do peso corporal e do feto em crescimento). Levantar objetos pesados, seja no trabalho ou academia, é outra razão para a pressão dos vasos sanguíneos (incluindo os anorretais). 

 

Hábitos prejudiciais à saúde, como tabagismo e sedentarismo, também estão entre os fatores de risco, pois prejudicam a circulação sanguínea. Ser sedentário ainda dificulta a digestão dos alimentos e pode causar constipação. 

 

Outra característica que contribui para a formação de hemorroidas é a idade avançada. Isso acontece porque o intestino dos idosos funciona mais lentamente, também resultando em prisão de ventre.   

 

SINTOMAS DE HEMORROIDA INTERNA E EXTERNA

 

A hemorroida pode ser assintomática, principalmente quando é do tipo interna grau I. Mas, quando a doença apresenta sintomas, os mais comuns são:

 

  • Coceira (prurido);
  • Sangramento;
  • Dor ou ardor durante ou após a evacuação;
  • Dor ao andar ou se sentar;
  • Inchaço;
  • Nódulo sensível e doloroso fora do ânus ou na abertura anal; 
  • Sensação de evacuação incompleta;
  • Incontinência fecal;
  • Secreção esbranquiçada viscosa nas fezes;

 

Sintomas como ardor, dor e prurido anal ocorrem devido ao inchaço das veias hemorroidais, que deixam a região mais sensível. Esses sinais são mais recorrentes nas hemorroidas externas e nos nódulos grandes, prolapsados ou com trombose

 

A hemorroida coça e dói porque as fezes irritam as veias dilatadas quando passam por elas. E o sangramento ocorre quando esses vasos sanguíneos doentes se rompem durante a evacuação. 

 

O sangue da hemorroida é aguado, de cor viva e pode ser observado nas fezes, papel higiênico ou roupas íntimas. Na maioria dos casos, é em pequena quantidade. Outro sangramento que pode acontecer é a fissura anal, pequeno ferimento que é provocado por fezes endurecidas da constipação. 

 

Nas hemorroidas internas de grau III e IV, pode haver corrimento mucoso na defecação e sensação de evacuação incompleta. Também, nos quadros mais sérios de doença hemorroidária interna, é possível ter incontinência fecal. Isto é, quando não é possível controlar os gases e a evacuação por um período de 3 meses, no mínimo.

 

DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DE HEMORROIDA

 

A hemorroida tem cura. Alguns sintomas até desaparecem naturalmente em casos leves e não causam grandes complicações. Mas, é sempre bom procurar um médico proctologista

 

Existem outras patologias que afetam a região do ânus e do reto e causam inchaço (plicoma), dor (IST) e corrimento (IST). 

 

O sangramento anal e nas fezes também pode ser sinal de alerta para várias enfermidades. Como, por exemplo, fístula perianal, fissura, abcesso, IST, diverticulite, úlcera gástrica, colite e doença de Crohn

 

O câncer colorretal é outra patologia que, além de sangue nas fezes e sensação de evacuação incompleta, está relacionada à diarreia crônica e constipação. A hemorroida não causa câncer, mas é possível ter as duas doenças simultaneamente sem perceber, pois, alguns sintomas são semelhantes. Por isso, o acompanhamento médico é essencial. 

 

Para ter certeza do diagnóstico de hemorroida, o proctologista faz a avaliação dos sintomas e observa a região anorretal do paciente. 

 

Para a doença hemorroidária interna, pode ser necessário realizar o toque retal. Ou, ainda, exames mais específicos, como anuscopia e retossigmoidoscopia. O primeiro avalia o canal anal, enquanto o segundo examina ânus e parte inferior do intestino grosso (reto e cólon sigmoide). 

 

Feito o diagnóstico, é preciso iniciar o tratamento. Em casos mais leves, o médico pode prescrever cremes e pomadas para hemorroida. Os produtos devem ser vasoconstritores, anti-inflamatórios e analgésicos

 

Comprimidos vasoprotetores sistêmicos e supositórios também podem ser indicados. Já os emolientes fecais são alternativas para tratar a constipação.

 

Entretanto, é preciso lembrar que qualquer remédio para hemorroida só deve ser usado com recomendação e acompanhamento profissional. Não se automedique. Também, não faça receitas caseiras para tratar a doença sem antes perguntar ao médico se é seguro

 

O coloproctologista ainda pode recomendar algumas mudanças na rotina do paciente. A principal é incluir mais fibras na dieta e consumir, pelo menos, 2L de água diariamente. Outra dica é fazer banhos de assento com água morna. Grávidas podem usar compressas de água morna.

 

Existem também alguns procedimentos feitos em consultório, como escleroterapia e coagulação infravermelha

 

A escleroterapia consistem em injeção de solução química que seca a hemorroida (de grau I ou II). Já a coagulação infravermelha é feita com aplicação de ondas de luz infravermelha nas veias doentes, que queimam e retraem. 

 

Em casos mais graves, hemorroidas internas a partir do grau II ou quando há muito sangramento, procedimentos cirúrgicos são realizados. A cirurgia de hemorroida é rápida, utiliza anestesia geral (na maioria das vezes) e o paciente costuma ter alta dentro de 2 dias. O médico é quem irá escolher a melhor técnica para cada paciente.

 

Alguns dos procedimentos cirúrgicos mais comuns são ligadura elástica, hemorroidectomia e enteropexia

 

A ligadura elástica é feita com a amarração dos nódulos, que, em torno de 5 dias, necrosam e caem. É uma técnica eficaz para doença hemorroidária grau I, II e III. 

 

Na hemorroidectomia, os vasos dilatados são retirados através de um corte feito com bisturis elétricos. Ela é mais indicada para casos graves (grau IV). 

 

Já na enteropexia, as veias doentes são fixadas no seu lugar original com grampos de titânio. Esta técnica é utilizada para hemorroidas internas de grau II e III.

 

Depois que o paciente completa o tratamento medicamentoso ou cirúrgico, o caroço da hemorroida desaparece.

 

COMO IMPEDIR O SURGIMENTO OU RETORNO DA HEMORROIDA? 

 

  • Consuma alimentos ricos em fibras e probióticos, frutas frescas, vegetais e grãos;
  • Beba 2L de água diariamente, no mínimo;
  • Evacue sempre que sentir vontade;
  • Não force a evacuação;
  • Pratique exercícios físicos com frequência;
  • Não exagere no levantamento de peso ou musculação. Faça essas atividades sempre com acompanhamento profissional.

 

Para não piorar um quadro de doença hemorroidária ou para evitar o reaparecimento de hemorroidas recém tratadas, siga algumas dicas:

 

  • Evite usar papel higiênico. Após a evacuação, lave a região anal e seque-a com toalha de algodão, suavemente;
  • Não consuma bebida alcoólica ou pimenta e alimentos condimentados. Nada disso causa hemorroidas diretamente, mas pode irritar ainda mais as veias dilatadas de quem já tem a doença;
  • Deixe de pedalar por enquanto. O selim da bicicleta não provoca hemorroida, porém pode machucar a pele já sensibilizada. A mesma recomendação vale para pessoas que andam a cavalo: melhor esperar um pouco para praticar a atividade.

 

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