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Infecção Intestinal no Verão: Saiba como prevenir e tratar

Chegou o verão, estação para aproveitar férias, calor, sol, praia, piscina e muito mais! 

 

Nessa época do ano, é comum reunir os amigos e a família, principalmente, em almoços e jantares. Com certeza, todos desejam que esses encontros resultem em ótimos momentos, que serão lembrados no futuro. 

 

Por isso, é importante ter muito cuidado na hora de preparar e compartilhar as refeições. Caso o contrário, a sua saúde e a de seus convidados podem ser colocadas em risco. 

 

A infecção intestinal, ou gastroenterite, é um problema que acontece em qualquer época do ano. Mas, é recorrente no verão porque, no calor, a proliferação de microrganismos nos alimentos é acelerada

 

No texto de hoje, vamos falar um pouco mais sobre essa patologia. Continue a leitura abaixo para saber mais sobre causas, sintomas, prevenção e tratamento da infecção gastrointestinal no verão.

 

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O QUE É GASTROENTERITE

 

A gastroenterite é uma doença do aparelho digestivo que atinge o revestimento do estômago e dos intestinos delgado e grosso. Essa enfermidade pode ser provocada por vírus, bactérias, fungos, parasitas e agentes químicos. A contaminação de alimentos e da água, além do contato com pessoas infectadas ou alguns animais, são os meios de transmissão. 

 

Os primeiros sintomas podem aparecer já 30 minutos após a entrada dos microrganismos ou toxinas no trato digestivo. Porém, em alguns casos, a doença demora para se manifestar, podendo levar até 3 dias para o surgimento da inflamação.

 

As pessoas mais vulneráveis à gastroenterite são aquelas com o sistema imunológico fragilizado ou pouco desenvolvido. Por isso, crianças, idosos, gestantes, pessoas com doenças crônicas (câncer e HIV/AIDS) ou com distúrbios digestivos (gastrite) são mais suscetíveis aos riscos e consequências graves da doença.

 

Inclusive, essa é uma das principais causas de mortalidade infantil, pois causa diarreia aguda, o que, consequentemente, provoca desidratação. A fase dos 6 meses aos 2 anos de idade corresponde ao momento de maior incidência de gastroenterite infantil. Crianças da faixa etária podem ter, em média, até 2 infecções por ano. 

 

Para cuidar da saúde de bebês e crianças regularmente, é imprescindível fazer um acompanhamento com pediatra. Na Central de Consultas, você agenda um atendimento em pediatria pelo site centraldeconsultas.med.br ou pelo telefone (51) 3227-1515 (para ligações e Whatsapp). 

 

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Além das pessoas com baixa imunidade, a infecção intestinal é comum em indivíduos em situação de pobreza e precariedade sanitária. 

 

O QUE CAUSA GASTROENTERITE

 

Vírus

 

  • Rotavírus;
  • Norovírus;
  • Adenovírus;
  • Sapovírus;
  • Astrovírus;
  • Vírus da hepatite A (HAV).

 

Bactérias

 

  • Escherichia Coli (E. Coli);
  • Salmonella;
  • Shigella;
  • Estafilococos (Staphylococcus aureus);
  • Bacillos cereus;
  • Clostridium difficile (C. difficile) e Clostridium perfringens (C. perfringens);
  • Listeria spp;
  • Campylobacter jejuni;
  • Yersinia enterocolitica.

 

Fungos

 

  • Candida albicans.

 

Parasitas

 

  • Giardia lamblia;
  • Toxoplasma gondii;
  • Entamoeba histolytica;
  • Cryptosporidium;
  • Isosopora.

 

Agentes químicos

 

  • Metal.

 

COMO PREVENIR A INFECÇÃO INTESTINAL

 

A transmissão de gastroenterite ocorre via fecal-oral, primordialmente. Ou seja, quando o indivíduo é exposto aos microrganismos que causam a infecção, leva-os à boca e ingere-os. Esses agentes etiológicos chegam ao sistema digestório e atingem os intestinos (aderindo ou invadindo a mucosa intestinal) e o estômago. 

 

Os microrganismos ingeridos podem estar presentes nos alimentos, na água ou nas mãos de uma pessoa. Este último caso pode ser resultado de contato com fezes. Por isso, é essencial adotar e manter hábitos de higiene. Veja algumas medidas de prevenção abaixo:

 

  • Lave bem as mãos com sabonete após usar o banheiro, antes de preparar os alimentos e antes de fazer as refeições;

 

  • Higienize os utensílios domésticos sempre depois de usar e guarde-os em local limpo;

 

  • Lave frutas, legumes e verduras antes de consumi-los. Primeiro, higienize os vegetais com água corrente e um pouco de detergente. Depois, deixe-os em uma bacia com 1L de água e água sanitária, alvejante (hipoclorito) ou bicarbonato de sódio. No fim, enxágue as frutas, verduras e legumes em água corrente;

 

  • Cozinhe bem carnes e ovos;

 

  • Mantenha refrigerados os alimentos de origem animal (carnes, ovos, lacticínios, frios, embutidos etc.), refeições prontas e semiprontas, vegetais (legumes, verduras e algumas frutas), molhos, sucos e refrescos;

 

  • Antes de colocar algo na geladeira, higienize a embalagem ou troque-a por um recipiente limpo. Mantenha as embalagens fechadas e organizadas, permitindo a circulação do ar no interior do eletrodoméstico;

 

  • Não deixe os alimentos em locais com alta temperatura e exposição ao sol;

 

  • Não consuma alimentos fora do prazo de validade ou com embalagens violadas;

 

  • Não misture carnes cruas com vegetais crus nos mesmos recipientes. Também, não utilize os mesmos utensílios (como facas e colheres) para preparar esses alimentos;

 

  • Prenda o cabelo antes de cozinhar;

 

  • Beba água filtrada e evite contato com água suja;

 

  • Caso você tenha filhos que usem mamadeira ou chupetas, higienize esses objetos muito bem e troque-os regularmente; 

 

  • Evite levar as mãos aos lábios e boca a todo o momento; 

 

  • Não roa as unhas nem morda objetos (como lápis e caneta, por exemplo);

 

  • Lave as mãos depois de tocar em animais e mantenha-os longe da cozinha. Também, use luvas para lidar com fezes, urina, ferimentos etc.

 

Além de alimentos contaminados, a gastroenterite bacteriana por Salmonella pode ocorrer quando o indivíduo leva a mão à boca após tocar em répteis. Já na gastroenterite viral, a contaminação ocorre também no contato próximo com pessoas infectadas, muitas vezes aglomeradas no mesmo ambiente. 

 

Existe, também, a infecção intestinal provocada pelo consumo de alimentos ou água contaminados por agentes químicos (ao invés de microrganismos). 

 

De todo modo, a melhor maneira de combater as contaminações de diferentes origens é sendo rigoroso com a higiene. Principalmente para evitar a infecção intestinal no verão, quando os microrganismos se multiplicam rapidamente.

 

No caso de recém-nascidos e bebês, o aleitamento materno também pode fazer diferença para evitar a infecção intestinal infantil. Isso ocorre porque as crianças muito pequenas apresentam um sistema imunológico pouco desenvolvido, que é porta de entrada para doenças. 

 

Então, o leite materno é o alimento que fortalece a imunidade do bebê. Além disso, não transmite microrganismos (que podem ser encontrados em fórmulas e em leite animal) que causam contaminação. A amamentação deve ser feita, pelo menos, até os 6 meses iniciais de vida. 

 

Leia mais: Benefícios da amamentação para a saúde do bebê e da mãe

 

SINTOMAS DE INFECÇÃO INTESTINAL

 

  • Diarreia (às vezes, mucosanguinolenta);
  • Fezes esverdeadas;
  • Dor de estômago (cólicas);
  • Náusea e vômito;
  • Excesso de gases (flatulência) e arroto;
  • Distensão abdominal (inchaço);
  • Indigestão;
  • Perda de peso;
  • Desidratação e sede excessiva;
  • Suor;
  • Redução na quantidade de urina;
  • Boca seca;
  • Tontura;
  • Prisão de ventre;
  • Perda de apetite;
  • Aceleração cardíaca;
  • Fadiga e cansaço;
  • Febre e calafrios;
  • Dor de cabeça;
  • Dor no reto.

 

Os sintomas de gastroenterite variam para cada pessoa, mas, os mais habituais são diarreia, dor de estômago, vômito e desidratação. É considerado diarreia quando, em um período de 24h, acontecem 3 episódios ou mais de evacuação com fezes em consistência diminuída, aquosa ou líquida. 

 

TRATAMENTO DA GASTROENTERITE

 

Se a infecção intestinal tiver sintomas de leve intensidade, é recomendado repouso, ingestão de líquido e alimentação de fácil digestão. 

 

A dieta pode conter arroz branco cozido, carnes brancas e magras, tubérculos (batata, aipim), frutas sem casca e vegetais cozidos sem casca. Para beber, além de água filtrada, podem ser consumidos sucos naturais coados e chás sem cafeína. Devem ser evitados ultra processados, embutidos, carne vermelha, condimentos muito fortes (como pimenta) e café.

 

Um gastroenterologista precisa ser consultado se os sintomas permanecerem por um tempo. O prazo para crianças é de 2 dias. Já para adultos, 3 dias de infecção intestinal é o bastante para buscar atendimento médico.

 

Nesses casos, o profissional pode prescrever algumas medicações para aliviar a dor de estômago. Se for um caso de gastroenterite bacteriana, antibióticos também são usados no tratamento. Contudo, é importante mencionar que remédios para prender o intestino não devem ser utilizados, pois impedem que o agente infeccioso seja expelido pelo organismo. 

 

Para evitar a desidratação, o médico pode recomendar o uso de isotônicos ou soro de reidratação. Inclusive, este último também é vendido em garrafa com sabores variados para facilitar o consumo por crianças e bebês. Porém, em situações mais graves, quando a pessoa infectada não consegue se alimentar e beber líquidos, o soro intravenoso é necessário.

 

A infecção gastrointestinal costuma ser breve, durando até 5 dias. Mas, se após esse período os sintomas não cessarem, volte ao consultório médico o mais rápido possível.

 

Depois dessas informações, agora é o momento de você fazer a sua parte para combater a infecção intestinal no verão. Capriche na higiene e no cuidado com a preparação e conservação dos alimentos. 

 

Se você tem alguns sintomas da doença, marque um atendimento com um profissional de gastroenterologia na Central de Consultas. Agende pelo site centraldeconsultas.med.br ou pelo número de telefone e Whatsapp (51) 3227-1515.

 

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