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O que é adenomiose uterina?

Sintomas menstruais como dores fortes e fluxo intenso e irregular podem estar associados a diversas patologias ginecológicas. A adenomiose uterina, uma doença benigna, é uma delas. 

 

Hoje, falaremos um pouco mais sobre essa condição que pode ser silenciosa, mas também causar problemas na fertilidade da mulher. Continue a leitura para saber sobre:

  • O que é adenomiose no útero?
  • Tipos de adenomiose uterina;
  • Diferença entre adenomiose e endometriose;
  • Sintomas de adenomiose;
  • Fatores de risco para adenomiose uterina;
  • Diagnóstico de adenomiose no útero;
  • Tratamento para adenomiose uterina;
  • Complicações de adenomiose uterina.

 

Caso você tenha sintomas como sangramento menstrual excessivo e dor pélvica intensa e recorrente, procure um ginecologista. Na Central de Consultas, você agenda atendimento de Ginecologia e exames laboratoriais e de imagem pelo site centraldeconsultas.med.br ou pelo telefone e Whatsapp (51) 3227-1515.

 

O QUE É ADENOMIOSE NO ÚTERO?

 

A adenomiose uterina é uma doença ginecológica caracterizada pelo crescimento de tecido endometrial no miométrio

 

O endométrio reveste a camada interna do útero. Todo o mês, quando o óvulo não é fecundado, esse tecido descama e é expelido na menstruação. Contudo, em algumas mulheres, o tecido endometrial pode crescer fora da camada interna uterina (endométrio ectópico). No caso da adenomiose, esse crescimento anormal ocorre na musculatura do útero (camada intermediária do órgão).

 

Porém, mesmo infiltrado em outra região do útero, o tecido endometrial continua reagindo ao aumento de estrogênio durante a menstruação. Isso causa uma inflamação no miométrio, que intensifica o fluxo e as cólicas menstruais. 

 

Além disso, a adenomiose causa aumento do útero. Geralmente, o tamanho fica semelhante ao observado em úteros de mulheres com 3 meses de gestação. Mas, há casos em que o útero pode chegar até ao triplo do volume normal.

 

TIPOS DE ADENOMIOSE UTERINA

 

A adenomiose uterina atinge a parede posterior do útero, na maioria das vezes. Em algumas mulheres, o endométrio ectópico cresce espalhado por essa região (adenomiose difusa). Mas, em outras, o tecido fica concentrado em uma parte específica do miométrio (adenomiose focal). 

 

Neste último caso, surgem nódulos localizados na musculatura uterina. Chamados de adenomiomas, são semelhantes aos miomas uterinos comuns, mas com aspecto amolecido e revestidos de células endometriais. Portanto, adenomiose não é o mesmo que mioma, mas também pode provocar o crescimento de nódulos semelhantes no útero.

 

Também é possível classificar a adenomiose de acordo com o tamanho da porção uterina inflamada. Quando a doença atinge até um terço do miométrio, é considerada adenomiose superficial. Já quando afeta mais de um terço do miométrio, é chamada de adenomiose profunda.

 

Leia mais: Mioma uterino: tipos, sintomas e tratamentos

 

DIFERENÇA ENTRE ADENOMIOSE E ENDOMETRIOSE

 

Tanto a adenomiose uterina quanto a endometriose são caracterizadas pelo crescimento anormal do tecido endometrial (endométrio ectópico). Nas duas doenças, o endométrio continua reagindo aos hormônios ovarianos (mesmo crescendo locais atípicos).  

 

Porém, a diferença é que, na adenomiose, o endométrio ectópico ainda fica restrito ao útero, invadindo apenas a musculatura do órgão (miométrio). Já na endometriose, o tecido endometrial pode crescer em diferentes partes do abdômen e sistema reprodutor

 

As duas doenças são independentes entre si. Contudo, as patologias podem coexistir também (algo que ocorre em cerca de 12% das mulheres). Inclusive, a adenomiose pode aumentar os riscos de endometriose profunda.

 

A endometriose também provoca dor pélvica e fluxo menstrual irregular e intenso. Porém, seus sintomas podem ser mais intensos e diversos, afinal, a patologia atinge mais órgãos do que a adenomiose. Inclusive, além da infertilidade, a endometriose pode causar sequelas nos intestinos, ovários, pulmões, coração, bexiga etc. 

 

Leia mais: O que é endometriose e quais são os seus sintomas?

 

SINTOMAS DE ADENOMIOSE

 

A adenomiose uterina pode ser assintomática para um terço das mulheres que sofrem com a doença, aproximadamente. Entretanto, os sinais mais comuns da patologia são:

  • Sangramento menstrual intenso e irregular (podendo formar coágulos);
  • Cólicas menstruais intensas;
  • Dor pélvica crônica;
  • Dor nas reações sexuais;
  • Alargamento do volume do útero;
  • Espessamento das paredes do útero;
  • Inchaço abdominal, principalmente durante a menstruação (decorrência do aumento do volume uterino);
  • Constipação;
  • Dor na evacuação.

 

Como mencionado anteriormente, o alargamento do útero é semelhante ao que ocorre em mulheres grávidas (de, aproximadamente, 12 semanas). Contudo, algumas mulheres com adenomiose podem ter aumento uterino correspondente ao dobro ou triplo do normal. 

 

o sangramento menstrual é, por vezes, tão intenso e duradouro, que pode resultar em anemia e hemorragia uterina. Por sua vez, a dor pélvica é mais forte em diagnósticos de adenomiose profunda e pode ocorrer, inclusive, nas relações sexuais. 

 

A adenomiose uterina não provoca mudanças no peso, mas, inchaço abdominal pode ser observado. Isso é uma consequência do aumento de tamanho e espessamento do útero.

 

FATORES DE RISCO PARA ADENOMIOSE UTERINA

 

As causas para a adenomiose uterina não são totalmente conhecidas pela ciência ainda. Porém, há alguns fatores de risco relacionados a produção de estrogênio e lesões no revestimento uterino (decorrentes de gestação, parto ou cirurgias).

 

Algumas características que podem aumentar as chances de desenvolvimento da doença são:

  • Multiparidade (mais de uma gestação, parto ou aborto);
  • Predisposição genética (parentes de primeiro grau com histórico da doença);
  • Idade entre 30 e 45 anos;
  • Cirurgias anteriores no útero (como curetagem uterina, retirada de miomas, cesariana);
  • Obesidade;
  • Primeira menstruação precoce;
  • Má formação uterina.

 

DIAGNÓSTICO DE ADENOMIOSE NO ÚTERO

 

A adenomiose uterina é diagnosticada através de exames como ecografia transvaginal e ressonância magnética pélvica. Também pode ser realizada uma histeroscopia. Ou seja, a retirada de uma parte do tecido do útero (cirurgia feita com auxílio de uma câmera) para análise posterior. 

 

Nos exames, o ginecologista analisa aspectos como tamanho do útero e presença de miomas no miométrio. Os exames de imagem também podem indicar aumento da zona juncional, região que separa o endométrio do miométrio. Normalmente, essa linha tem espessura de 5mm, aproximadamente. Mas, em mulheres com adenomiose, ela pode ser superior a 8mm.  

 

Para ter certeza do diagnóstico também podem ser feitos alguns exames laboratoriais, como CA125 (avalia alterações no útero e ovários). Níveis elevados de CA125 no sangue podem indicar adenomiose uterina. Contudo, nem todas as mulheres com esse diagnóstico apresentam altos valores dessa proteína na corrente sanguínea. Além disso, o CA125 pode indicar outras doenças ginecológicas, como câncer de ovário e endometriose. 

 

De todo modo, realizar exames laboratoriais e de imagem é importante para descartar outros diagnósticos. Como a adenomiose tem sintomas semelhantes aos de outras patologias ginecológicas, muitas mulheres podem ter a doença sem perceber. 

 

Também é possível que uma mesma pessoa apresente adenomiose combinada com outra patologia. Por exemplo, endometriose, miomas, pólipos e hiperplasia endometrial. Essas doenças são todas independentes entre si, mas podem coexistir.

 

TRATAMENTO PARA ADENOMIOSE UTERINA

 

O tratamento para adenomiose uterina depende do tipo, quantidade e intensidade de sintomas. Inclusive, mulheres assintomáticas talvez não precisem tratar a doença

 

pacientes com sintomas leves podem realizar tratamentos com medicamentos hormonais, assim como em outras doenças uterinas. O ginecologista pode indicar: 

  • Pílulas anticoncepcionais (de progesterona e estrogênio); 
  • DIU hormonal (DIU Mirena, de levonorgestrel); 
  • Implanon (implante subcutâneo); 
  • Adesivos anticoncepcionais; 
  • Anéis vaginais.

 

Os contraceptivos são usados para controlar sintomas como dores e sangramento excessivo. Eles também podem interromper a menstruação e reduzir as chances de evolução da doença. 

 

Mas, os anticoncepcionais não são as únicas alternativas de fármacos para controlar sintomas de adenomiose. Outros medicamentos utilizados são anti-inflamatórios, antiestrogênios e análogos do hormônio liberador de gonadotrofina (análogo de GnRH)

 

Contudo, os remédios para tratar adenomiose uterina não curam a doença definitivamente. Mas, diminuem os sintomas e melhoram a qualidade de vida da mulher, caso a patologia não esteja em estágio avançado.

 

Em casos mais graves, pode ser necessário recorrer a procedimentos cirúrgicos, como videolaparoscopia, cirurgia robótica ou remoção do útero (histerectomia). A primeira é mais indicado em casos de adenomiose focal (concentrada na mesma parte do útero) e presença de nódulos (adenomiomas). 

 

Por sua vez, a cirurgia robótica é uma alternativa para diagnósticos de adenomiose difusa. Essa é uma opção para mulheres em idade reprodutiva e que desejam engravidar no futuro. É um procedimento que retira o tecido endometrial que cresceu no miométrio, mas preserva o útero e a fertilidade.

 

Contudo, há também procedimentos mais radicais, como a remoção total do útero e tubas uterinas (histerectomia). É uma cirurgia que costuma ser indicada em último caso. Por exemplo, para mulheres que já tem filhos, que não desejam engravidar e que não tiveram sucesso com outros tratamentos. 

 

Apesar da remoção do útero e tubas uterinas, os ovários são preservados na histerectomia para tratamento de adenomiose. Essa cirurgia é o único tratamento definitivo para a doença. Isso porque os medicamentos apenas controlam os sintomas e a evolução da patologia e as outras cirurgias são mais superficiais. Isto é, elas removem o tecido ectópico, mas não impedem que o endométrio volte a ter crescimento anormal no futuro.

 

Por estar relacionado à menstruação e produção de estrogênio, os sintomas de adenomiose uterina podem desaparecer naturalmente após a menopausa. Entretanto, mulheres com um quadro avançado da doença devem fazer tratamentos antes do desaparecimento natural da patologia para evitarem complicações. 

 

Leia mais: Tipos de DIU: quais são eles?

Implanon: Como funciona e quais são os benefícios do chip anticoncepcional?

 

COMPLICAÇÕES DE ADENOMIOSE UTERINA

 

A adenomiose não é câncer e não é fatal. Inclusive, os adenomiomas são tumores benignos, sem risco de evoluírem para câncer de útero. 

 

Mas, a adenomiose uterina pode ser grave, em alguns casos. Os maiores riscos da doença estão associados à infertilidade, além problemas na gravidez e no parto. Por exemplo, aumento das chances de prematuridade, gravidez ectópica, abortamento precoce ou tardio e ruptura do útero durante a gestação

 

Quem tem adenomiose pode engravidar, mas, em estágio avançado, a fertilização in vitro é a opção com maior chance de sucesso. Contudo, até as técnicas de reprodução assistida podem ser prejudicadas, pois a doença dificulta a implantação embrionária. 

 

Por isso, antes de realizar a fertilização in vitro, a mulher deve fazer um tratamento medicamentoso. Podem ser utilizados remédios hormonais e análogos de GnRH pelo período de 3 a 6 meses. Todavia, qualquer medicamento só deve ser utilizado com prescrição médica.

 

Leia mais: Câncer do colo do útero: HPV, sintomas e tratamento

 

Se você tem sintomas como fortes cólicas e fluxo menstrual intenso e irregular, consulte-se com um ginecologista. Além de adenomiose uterina, esses sintomas podem indicar outras doenças e até uma combinação de patologias diferentes.

 

Na Central de Consultas, você agenda um atendimento ginecológico pela telemedicina, pelo site centraldeconsultas.med.br , telefone ou Whatsapp (51) 3227-1515.

 

Além de consultas presenciais, você também pode marcar exames como ecografia transvaginal e ressonância magnética da pelve. É possível fazer seus exames ginecológicos na Central de Consultas, mesmo quando o pedido médico foi emitido em outra clínica ou hospital.

 

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