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O que é febre maculosa e quais são os seus sintomas?

Pessoas que vivem em área rural e têm contato com animais silvestres podem contrair febre maculosa, que é transmissível através do carrapato. A doença é perigosa e causa sequelas em diferentes órgãos, em alguns casos.

 

Por isso, indivíduos que estão expostos à patologia devem adotar uma série de cuidados para evitarem infecções e surtos da doença. No artigo de hoje, citaremos quais são os sintomas de febre maculosa em humanos, além de outras características da infecção.

 

Continue a leitura para saber mais sobre:

  • O que é febre maculosa?
  • Como é transmitida a febre maculosa?
  • Ciclo da febre maculosa;
  • Sintomas de febre maculosa;
  • Febre maculosa pode matar?
  • Prevenção da febre maculosa;
  • Diagnóstico de febre maculosa;
  • Como tratar a febre maculosa?

 

Fique atento a sinais como febre alta, dores pelo corpo, mal-estar generalizado e erupções vermelhas na pele. Caso você tenha algum desses sintomas, procure um médico rapidamente. Na Central de Consultas, você pode agendar atendimento de Infectologia e Clínico Geral.

 

Se você preferir, pode marcar uma consulta de telemedicina com Clínico Geral pelo site centraldeconsultas.med.br ou telefone (51) 3227-1515. O atendimento é feito por videochamada no Whatsapp, sem você precisar sair de casa.

 

O QUE É FEBRE MACULOSA?

 

Também chamada de febre do carrapato ou doença do carrapato, a febre maculosa é uma das doenças causadas por bactérias. É uma infecção bacteriana transmitida pela picada do carrapato-estrela, principalmente. Abaixo, citamos com mais detalhes como isso acontece.

 

COMO É TRANSMITIDA A FEBRE MACULOSA?

 

A transmissão de febre maculosa ocorre no contato com bactérias do gênero Rickettsia (riquétsia), principalmente Rickettsia rickettsii e Rickettsia parkeri. O vetor de transmissão da doença é o carrapato da febre maculosa, que é o carrapato-estrela (espécie Amblyomma), especificamente.

 

Os animais que podem hospedar o carrapato-estrela são capivaras (principais hospedeiros), cavalos, gambás, bois, coelhos e aves domésticas. Cachorros também podem transmitir a febre maculosa. Mas, isso é mais comum quando os cães são criados em contato com animais silvestres.

 

Como dito, o carrapato-estrela é o vetor principal da febre maculosa. Contudo, potencialmente, o carrapato comum (encontrado em cachorros criados em ambiente doméstico) também pode ser contaminado pela bactéria Rickettsia. Porém, a transmissão da febre maculosa pelo carrapato comum é bem mais rara.

 

Além da picada do carrapato, a febre maculosa pode ser transmitida de outras formas. Pessoas podem contrair a doença ao retirarem esses aracnídeos dos hospedeiros com as mãos desprotegidas. Além disso, os indivíduos podem ser contaminados no contato com a hemolinfa do carrapato-estrela ao esmagá-lo com as unhas.

 

É importante dizer também que a febre maculosa não passa de pessoa para pessoa. Portanto, não há perigo em conviver com indivíduos com a doença e não é necessário isolamento social durante o tratamento. Os riscos estão na convivência com animais que hospedam os carrapatos.

 

CICLO DA FEBRE MACULOSA

 

O ciclo da febre maculosa funciona da seguinte forma:

 

  1. Carrapato infectado pela bactéria Rickettsia pica o animal hospedeiro (capivara, boi, gambá, cavalo, coelho, ave doméstica ou cão);
  2. Carrapato fêmea deposita milhares de ovos no animal hospedeiro e há proliferação da bactéria Rickettsia;
  3. Carrapatos infectados picam humanos que entram em contato com o animal hospedeiro, assim transmitindo a febre maculosa.

 

SINTOMAS DE FEBRE MACULOSA

 

Depois da infecção, a bactéria Rickettsia tem um período de encubação de 2 a 14 dias. Após isso, os primeiros sintomas da febre maculosa surgem de forma repentina e são semelhantes aos sinais de outras doenças infecciosas.

 

A febre alta e súbita é o sinal principal de febre maculosa e vem acompanhada de:

  • Fortes dores de cabeça;
  • Dor nos olhos;
  • Dor muscular e articular constante e intensa;
  • Mal-estar generalizado;
  • Desânimo;
  • Falta de apetite;
  • Náusea, vômito e diarreia;
  • Insônia.

 

Depois disso, surgem manchas vermelhas na pele, que crescem e se tornam salientes, chamadas de exantema. As manchas podem ser do tipo petéquia (pinta hemorrágica), semelhante a picadas de pulgas. As lesões não coçam, mas podem causar leves sangramentos.

 

A diferença em relação a outras doenças que causam erupções na pele, é que, na febre maculosa, as lesões surgem em todo o corpo. Isso inclui as palmas das mãos e as solas dos pés.

 

FEBRE MACULOSA PODE MATAR?

 

A gravidade da doença é variável. Ou seja, algumas pessoas podem apresentar sintomas leves, enquanto outras têm quadros mais severos da patologia. Mas, sem tratamento imediato, a febre maculosa é perigosa e tem altas chances de causar morte.

 

Além disso, a patologia pode comprometer órgãos como pulmão, fígado, rins, dentre outros. As principais complicações da febre maculosa são:

  • Edema pulmonar;
  • Pneumonia intersticial;
  • Derrame pleural;
  • Insuficiência respiratória;
  • Insuficiência renal aguda;
  • Oligúria;
  • Déficit neurológico;
  • Confusão mental;
  • Convulsões;
  • Alterações psicomotoras;
  • Paralisia nas pernas;
  • Meningite;
  • Meningoencefalite;
  • Miocardites;
  • Hemorragias pulmonares ou digestivas;
  • Lesões vasculares;
  • Icterícia;
  • Aumento do volume do baço;
  • Gangrena nos dedos, lóbulo das orelhas e nariz;
  • Surdez;
  • Anasarca;
  • Sepse;

 

Leia mais: Você conhece as doenças do trato respiratório inferior?

 

PREVENÇÃO DA FEBRE MACULOSA

 

Se possível, evite frequentar áreas de risco (locais com vegetação alta) e conviver com animais hospedeiros do carrapato-estrela.

 

Contudo, se você vive em área rural e tem contato com animais silvestres e cães, é necessário adotar alguns cuidados. Isso porque o carrapato-estrela pode ser difícil de ser encontrado, principalmente se ele for de tamanho pequeno (micuim).

 

Por isso, é recomendado utilizar calças e camisas de mangas compridas, de cores claras, além de botas. Para impedir que o carrapato se esconda embaixo da roupa, é necessário colocar as calças para dentro das botas. Também é possível passar um elástico ou fita adesiva na barra da calça para aumentar a proteção. Além disso, alguns repelentes específicos podem ser utilizados.

 

Ao passar por áreas de risco também é importante inspecionar as roupas e o corpo. Isso deve ser feito a cada duas horas, aproximadamente. Já que o carrapato-estrela transmite a febre maculosa quando em contato com a pele por 4 horas, em média.

 

Ao encontrar um carrapato-estrela, remova-o imediatamente do corpo com uma pinça, por meio de uma leve torção. Esse movimento deve ser feito com firmeza, mas cuidadosamente. Não é recomendado apertar ou espremer o carrapato nem tocar nele com as mãos desprotegidas ou com objetos como agulha ou palito de fósforo.

 

Depois da remoção, é necessário jogar o carrapato no vaso sanitário ou mergulhá-lo no álcool. A área da pele que teve contato com o aracnídeo deve ser limpa com antisséptico. Em seguida, é preciso lavar bem as mãos com água e sabão. As roupas também devem ser lavadas com água fervente imediatamente.

 

DIAGNÓSTICO DE FEBRE MACULOSA

 

O diagnóstico é feito com testes laboratoriais. O objetivo é detectar a bactéria da febre maculosa em amostras sanguíneas ou com biópsia das lesões na pele (exantema) e órgãos comprometidos. O carrapato-estrela retirado do paciente também pode ser analisado.

 

Os principais exames para confirmar o diagnóstico de febre maculosa são:

  • Reação de imunofluorescência indireta (RIFI);
  • Exame de Imunohistoquímica;
  • PCR (reação em cadeia da polimerase);
  • Isolamento da bactéria;
  • Hemograma completo;
  • Exame de enzimas;

 

Os exames são importantes, pois a febre maculosa tem sintomas semelhantes a outras doenças infecciosas bacterianas. O diagnóstico da doença do carrapato deve ser feito o mais rápido possível, para evitar complicações decorrentes da doença.

 

COMO TRATAR A FEBRE MACULOSA?

 

O tratamento da febre maculosa é feito com antibióticos. O uso de medicamentos deve iniciar ainda na fase de suspeita da doença (até 5 dias após o surgimento dos sintomas).

 

Isso porque o resultado dos exames pode demorar e, nesse tempo, é possível que a patologia evolua. Dessa forma, os riscos de a febre maculosa levar o paciente ao óbito são maiores. Além disso, os medicamentos podem não surtir mais efeito muitos dias após a infecção bacteriana.

 

Quando o tratamento é iniciado até os primeiros 5 dias, a febre pode diminuir em um período de 24 a 72 horas. O tempo de uso dos antibióticos é de 7 a 14 dias, geralmente.

 

Todo o caso de febre maculosa deve ser notificado às autoridades. O registro é feito no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) do Ministério da Saúde. Para isso, é necessário preencher a ficha de Investigação de Febre Maculosa.

 

Depois da notificação, é realizada uma investigação epidemiológica. O objetivo desta é verificar quais medidas de controle devem ser adotadas para evitar um surto da doença. Essa inspeção precisa ser feita em até 48 horas após o caso de febre maculosa ser notificado.

 

Se você apresenta sintomas de febre maculosa ou esteve exposto aos riscos da doença, procure um médico. Como já citado, o tratamento já nos primeiros dias de infecção é essencial para evitar agravamento da patologia e morte. Ademais, fazer os exames necessários também é importante para descartar outros diagnósticos e ajudar no controle da febre do carrapato.

 

Agende um atendimento de Infectologia ou Clínico Geral na Central de Consultas pelo site centraldeconsultas.med.br ou telefone (51) 3227-1515. Você também pode fazer consultas com Clínico Geral sem sair de casa, por telemedicina. O atendimento é realizado via chamada de vídeo do Whatsapp.

 

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