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Obesidade infantojuvenil: causas, complicações e prevenção

O QUE É OBESIDADE INFANTIL E OBESIDADE JUVENIL?

 

Obesidade é uma doença crônica caracterizada pelo acúmulo excessivo de gordura no organismo. É uma patologia que pode atingir pessoas de todas as idades. Isso inclui crianças e adolescentes, o que é chamado de obesidade infantil e obesidade juvenil, respectivamente.

 

O excesso de peso pode trazer diversos problemas de saúde para qualquer pessoa. Para crianças e adolescentes essa situação é especialmente crítica porque seus corpos ainda estão em processo de desenvolvimento.

 

Então, a doença pode provocar lesões permanentes na estrutura óssea, cartilagem, músculos, articulações, sistema cardiovascular, sistema respiratório, fígado etc. Além disso, é capaz de causar danos psicológicos e problemas na vida social, escolar e profissional do indivíduo.

 

A obesidade logo nos primeiros anos de vida é perigosa também porque é difícil de ser combatida. Crianças obesas têm, aproximadamente, 75% mais chances de permanecerem obesos na adolescência. Já adolescentes com obesidade possuem, em média, 89% mais riscos de se tornarem adultos obesos.

 

Portanto, a obesidade infantojuvenil é uma condição séria, que deve ser tratada com profissionais de diversas especialidades. Na Central de Consultas, você pode fazer acompanhamento com pediatra, nutricionista, psicólogo, endocrinologista, entre outros. Agende seu atendimento pelo site centraldeconsultas.med.br ou telefone e WhatsApp (51) 3227-1515.

 

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QUAIS RISCOS PARA A SAÚDE A OBESIDADE INFANTOJUVENIL PROVOCA?

 

A obesidade infantojuvenil aumenta os riscos para doenças crônicas na fase adulta. Ademais, prejudica o crescimento e desenvolvimento da criança ou jovem e causa distúrbios e disfunções em diferentes órgãos.

 

Alguns problemas de saúde que podem surgir como consequência da obesidade juvenil e infantil são:

  • Doenças ortopédicas;
  • Diabetes tipo 2;
  • Doenças cardíacas;
  • Dislipidemia (aumento de gordura no sangue) e colesterol total alto;
  • Hipertensão;
  • Distúrbios do sono;
  • Doenças respiratórias;
  • Doenças gastrointestinais;
  • Acúmulo de gordura no fígado;
  • Complicações metabólicas;
  • Problemas dermatológicos;
  • Enxaqueca;
  • Distúrbios psicológicos;
  • Distúrbios alimentares.

 

Abaixo, explicaremos melhor alguns dos principais riscos para a saúde causados pela obesidade.

 

Doenças nos ossos

 

Entre os problemas que a obesidade em crianças e adolescentes pode causar estão a má formação do esqueleto. Afinal, o excesso de peso sobrecarrega os ossos, articulações, tendões e músculos. Essa pressão pode resultar em lesões nos joelhos, quadris, tornozelos, tendões e ligamentos. Além disso, é capaz de provocar desgaste precoce na cartilagem, o que pode resultar em artrose (osteoartrite) no futuro.

 

A doença também provoca problemas posturais, como hiperlordose lombar e hipercifose dorsal. Estes são desvios na coluna vertebral que ocorrem quando o corpo tenta se adaptar ao excesso de peso. As deformações no esqueleto podem permanecer na fase adulta, se não receberem tratamento adequado.

 

A obesidade infantojuvenil também dificulta a mobilidade, flexibilidade e contração muscular. Isso também pode causar alterações na forma como o corpo distribui o peso sobre os ossos e articulações.

 

Além do mais, adolescentes e crianças obesas têm maiores riscos de desenvolverem diabetes tipo 2 precocemente, condição que também afeta os ossos. Todos os problemas descritos acima ainda facilitam o surgimento de fraturas e lesões após quedas.

 

Doenças cardiovasculares

 

Os níveis elevados de colesterol total e o excesso de gordura no sangue (dislipidemia), podem causar aterosclerose. Esta é uma inflamação na parede dos vasos sanguíneos. As placas de gordura e colesterol acumulam nas artérias e obstruem a passagem do sangue, dificultando a oxigenação dos tecidos.

 

Esse problema, somado a elevação da pressão arterial, aumentam os riscos para doenças cardíacas e vasculares. Por exemplo, doença coronariana, infarto do miocárdio e acidente vascular cerebral (AVC).

 

Além disso, o excesso de peso corporal sobrecarrega o coração. Assim, o órgão precisa de mais esforço para bombear sangue para o resto do corpo, o que pode resultar em insuficiência cardíaca.

 

Doenças respiratórias

 

A obesidade em crianças e adolescentes ainda pode causar distúrbios do sono, incluindo a apneia. Nessa condição, ocorre a interrupção da respiração enquanto a pessoa dorme. O acúmulo de gordura corporal é um fator de risco pois pode atingir as vias aéreas superiores, obstruindo a passagem de ar. É um problema que também aumenta os riscos de doenças cardíacas.

 

A obstrução das vias respiratórias decorrente da obesidade também piora a asma e causa disfunções pulmonares. Isso porque o excesso de peso no tórax e no abdômen dificultam a ventilação e expansão dos pulmões durante a respiração.

 

Doenças gastrointestinais

 

O excesso de peso também aumenta a pressão intra-abdominal e causa distúrbios gastrointestinais, como o refluxo. Ainda, pode provocar pancreatite, esteatose hepática (gordura no fígado) e cálculos biliares.

 

Doenças dermatológicas

 

A obesidade infantojuvenil também traz doenças dermatológicas. Isso causa incômodos à aparência, mas também pode provocar consequências mais graves, como inflamações e infecções.

 

Alguns exemplos de problemas de pele muito comuns em crianças e adolescentes obesos são dermatites e assaduras. A razão para isso, é que o excesso de peso forma dobras na pele, que sofrem atrito constante. O atrito também é capaz de causar abscessos e infecções fúngicas.

 

Além disso, o excesso de dobras pode acumular suor e dificultar a higienização correta. Nessa situação, surgem infecções por bactérias ou fungos.

 

Outra doença de pele que pode ocorrer é a acne, devido ao acúmulo de gordura que entope os poros da pele. Isso acontece com mais frequência no rosto e nas costas, mas atinge outras partes do corpo também. Ademais, problemas como estrias e celulites também são comuns.

 

Doenças psicológicas

 

Crianças e adolescentes obesos ainda podem desenvolver distúrbios psicológicos. Por exemplo, depressão, ansiedade e transtorno da compulsão alimentar periódica. Também, problemas como bullying podem afetar os jovens e causar sérias consequências a longo prazo. Afinal, é uma condição que leva ao isolamento social e prejudica as relações interpessoais, acadêmicas e profissionais do indivíduo.

 

Ademais, a compulsão alimentar e o excesso de peso podem levar o jovem a tentar medidas extremas para emagrecer. Por exemplo, fazer dietas muito restritivas, utilizar remédios para perder peso e laxantes, provocar vômito, fazer exercícios exaustivamente etc.

 

Isso desencadeia outros distúrbios alimentares graves, como bulimia e anorexia. Essas condições causam enfraquecimento dos dentes, cabelos e unhas, disfunções gastrointestinais, desidratação, inflamações na garganta, arritmia cardíaca etc. Além disso, são capazes de levar à morte.

 

QUAIS SÃO AS CAUSAS DA OBESIDADE INFANTOJUVENIL?

 

A obesidade infantil e juvenil tem diversas explicações. Inclusive, a doença pode ser decorrente de uma combinação de diferentes fatores, entre eles:

 

  • Hábitos alimentares inadequados (alimentos ricos em gorduras e calorias, carboidratos, ultraprocessados e industrializados, excesso de açúcar e sódio, gordura saturada);
  • Genética (principalmente quando um ou os dois pais já são obesos);
  • Sedentarismo;
  • Distúrbios psicológicos (ansiedade, depressão, transtorno da compulsão alimentar periódica);
  • Distúrbios hormonais;
  • Colesterol total alto;
  • Falta ou interrupção do aleitamento materno antes do tempo adequado;
  • Falta de acompanhamento médico regular;
  • Problemas na família ou na escola.

 

A má alimentação é a principal causa da obesidade na infância e na adolescência. Existem muitas razões para crianças e adolescentes não se alimentarem corretamente, incluindo, influência da própria família. Afinal, é difícil que os jovens mantenham uma dieta correta quando os pais e familiares também não cumprem essa medida.

 

O consumo frequente de alimentos industrializados, ultraprocessados e com excesso de gordura, sódio e açúcar causa inúmeros problemas. Além do excesso de peso, aumenta o colesterol total, os triglicerídeos e a pressão arterial. Esse tipo de refeição também não possui as vitaminas e nutrientes necessários para o funcionamento do organismo. Portanto, o corpo fica mais vulnerável a infecções, lesões e complicações de doenças.

 

O sedentarismo é outra explicação bastante comum para quadros de obesidade na infância e adolescência. A falta de atividade física não permite que o corpo gaste as calorias diárias necessárias. Ainda, pode deixar a digestão de alimentos mais lenta, o que também causa distúrbios gastrointestinais.

 

A alimentação inadequada está aliada ao sedentarismo

 

Em alguns casos, as pessoas passam horas à frente da televisão, computador, celular ou videogame acompanhadas de salgadinhos, biscoitos, refrigerante etc. Manter essa atitude com frequência tem impacto no aumento de peso e piora da saúde em geral.

 

Contudo, comer muito e não praticar exercícios não são as únicas explicações para a obesidade juvenil e a obesidade infantil. Outras circunstâncias podem contribuir para o surgimento dessa doença, como os distúrbios hormonais. Por exemplo, a desregulação de hormônios como grelina e leptina causa impactos no estímulo do apetite e na sensação de saciedade.

 

Além disso, algumas pessoas podem ter resistência à insulina. Isso causa acúmulo de açúcar no sangue (que pode levar à diabetes tipo 2), dificulta a queima de gordura e aumenta o apetite. Outros problemas hormonais que podem aumentar os riscos de obesidade são hipotireoidismo (desaceleração do metabolismo) e excesso de cortisol (aumento do apetite).

 

Por sua vez, a predisposição genética é outro fator de risco para a obesidade em crianças e adolescentes. De acordo com a hereditariedade, cada corpo armazena e distribui gordura diferentemente. Além disso, alguns indivíduos têm o metabolismo mais lento também devido a fatores genéticos. É importante dizer que filhos de pais obesos têm mais chances de desenvolver a doença ainda na infância.

 

Ademais, falta de acompanhamento médico é um problema, principalmente quando a criança ou jovem tem algum distúrbio que impacta no peso. Nesse caso, é necessário realizar consultas e exames de rotina para acompanhar o ganho de gordura corporal. Além disso, é importante avaliar com frequência indicadores como colesterol, triglicerídeos e pressão arterial.

 

COMO A OBESIDADE É AVALIADA EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES?

 

O IMC (Índice de Massa Corporal) pode ser utilizado, mas não deve ser a única referência para um diagnóstico de obesidade. É necessário avaliar outros fatores para determinar se a criança ou adolescente está obesa ou com sobrepeso. Por exemplo:

 

  • Peso em relação à altura;
  • Peso em relação à idade;
  • Peso em relação ao sexo;
  • Altura em relação à idade.

 

Circunferência abdominal também pode ser um fator de referência. Contudo, a medicina ainda não tem um consenso sobre a média desse indicador no caso de crianças e adolescentes.

 

Quando a criança ou jovem está 15% acima do peso de referência para sua idade (considerando sua altura), já é considerado sobrepeso. Isso já deve ser analisado como um sinal de alerta, que requer acompanhamento médico.

 

COMO PREVENIR A OBESIDADE INFANTOJUVENIL?

 

  • Manter uma alimentação saudável, com os nutrientes necessários para o funcionamento do organismo;
  • Reduzir o consumo de gordura, sal e açúcar;
  • Evitar o consumo de alimentos ultraprocessados e industrializados;
  • Comer em pequenas porções;
  • Fazer as refeições nos horários corretos;
  • Praticar exercícios físicos;
  • Dormir mais de 8 horas por dia;
  • Reservar tempo para o lazer e o descanso;
  • Fazer consultas e exames médicos de rotina.

 

Apesar de ser um problema de extrema gravidade, a obesidade infantojuvenil pode ser prevenida. É apenas necessário que a família adote medidas simples no dia a dia.

 

Manter uma alimentação saudável, rica em nutrientes necessários para o funcionamento do organismo, é o primeiro passo.

 

Como crianças e adolescentes estão em fase de crescimento, é importante priorizar refeições completas, com ingestão de vitaminas, proteínas, cereais. É necessário ficar atento ao tamanho das porções, para não exagerar, e dar prioridade a alimentos integrais e com pouca gordura.

 

Lembre-se que toda a família deve ter uma boa educação alimentar. Isso estimula os filhos a manterem uma dieta saudável desde os primeiros anos de vida. Ademais, é bom que as refeições sejam feitas à mesa, nos horários corretos. Um problema que pode levar à compulsão é o hábito de comer petiscos constantemente à frente da televisão, computador, videogame.

 

Praticar atividades físicas também é essencial

 

Pois o sedentarismo é uma das principais causas da obesidade infantojuvenil. É preciso dedicar algumas horas do dia, em torno de 3 vezes na semana, para fazer algum tipo de exercício.

 

As atividades devem ser realizadas com acompanhamento profissional. Além disso, é importante que sejam esportes e exercícios que a criança ou adolescente gostem. Assim, os jovens são estimulados a não desistirem e têm resultados melhores na saúde.

 

Por sua vez, reservar um tempo para descanso é de extrema importância para o crescimento saudável. Ter boas noites de sono melhora o funcionamento do metabolismo, além de impactar no desempenho escolar. Ainda, ter momentos de lazer reduz o estresse e melhora a saúde mental.

 

Em caso de ansiedade, compulsão e outros distúrbios alimentares, o acompanhamento psicológico se faz necessário. Com a ajuda da psicoterapia, a criança ou adolescente pode superar essas condições e evitar problemas mais graves na vida adulta.

 

Por fim, a obesidade juvenil e infantil é combatida com o trabalho conjunto de médicos de diversas especialidades e nutricionistas. Consultas e exames de rotina impedem complicações no coração, fígado, ossos, músculos, pulmões etc.

 

Na Central de Consultas, você pode tratar a obesidade infantojuvenil com diferentes especialidades. Agende seu atendimento de Pediatria, Endocrinologia, Nutrição, Cardiologia e Psicologia pelo site centraldeconsultas.med.br ou telefone e WhatsApp (51) 3227-1515.

 

Lembre-se que dietas restritivas não devem ser feitas sem acompanhamento médico, pois podem piorar casos de compulsão alimentar. Isso também vale para remédios, que não devem ser utilizados sem prescrição de um médico.

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